segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Tema de Redação : Ética nas relações humanas



Por outra ética
Praticar bons hábitos leva a perfeição moral. Dito por Aristóteles ou por nossos pais, a verdade universal entra em desuso na era da relatividade e liquidez.  Tal condição afeta a conduta dos indivíduos que não se baseiam mais na virtude e terminam por construir modos de ser sem entendimento de sensibilidade pela necessária construção de uma sociedade justa ou mesmo pela adoção de atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças sociais.
 O primeiro passo para uma ética fundada na virtude está na discussão da moral vigente tentando compreender os valores presentes na sociedade atual e em que medida eles devem ou podem ser mudados. Ação difícil em tempos de hedonismo e individualismo como valor absoluto - valores que contrariam a ideia aristotélica da busca pelo bem maior ou da riqueza para criar  condições de melhoria do intelecto.
Mesmo com um mundo ao contrário pensar na construção de outra ética é possível. Isso porque as instituições reformadoras da moral vigente podem, a qualquer tempo, construir novas  condutas. Assim, com Joaquins Barbosas estamos construindo uma outra moral política que  deve se estender a outras instanciais  sociais como a escola  e família - espaços  principais do ensino da conduta.
Machado de Assis em seu célebre Memórias Póstumas defendia que o menino é o pai do homem. Esse autor  mostrou em seu livro que os defeitos de Brás de uma educação familiar frouxa e escola de ensino superficial produziram um homem “das negativas”, que nada foi. Pensando em uma outra construção é preciso entender que os valores ensinados pelos pais e professores às crianças é que levam à formação de adultos mais humanos. Eles precisam dar exemplos de lideranças positivas para que a ética se torne um hábito e as  relações sejam pautadas no Bem Maior.

Redação O Papel da Mulher na Construção de um Mundo Possível


Stephanie dos Anjos
      
De coadjuvante à protagonista
       A pré-história moldou os princípios de uma ideologia patriarcalista que ficaria marcada pela desigualdade social com prejuízo para a figura feminina. Partindo dessa premissa, a atuação da mulher foi completamente apagada diante de uma sociedade submissa ao sexo masculino. Contudo, o perpassar histórico evidenciou a intensidade de uma força capaz de inverter papéis e promover o recomeço para a humanidade desencantada consigo mesma.
       Desde a primeira organização social proposta pelos hominídeos, o desnivelamento entre homens e mulheres esteve presente. Enquanto o gênero masculino preponderava soberanamente, ao feminino só restavam as tarefas do âmbito doméstico. Seguindo essa égide, denominavam-se de sexo frágil as mães e esposas que abrigavam a marca da inferioridade natural, subvertendo suas identidades em torno dos estereótipos estabelecidos. Com a iminência da Revolução Industrial e dos vorazes movimentos feministas, a desarticulação desses princípios possibilitou a proposta de um novo capítulo.
      Diante desses indícios, a capacidade de enfrentar séculos de repressão desmedida consagrou real o que parecia uma utopia. E, no limiar do século XXI, a presença feminina encontra-se acentuada nas mais variadas esferas da sociedade contemporânea. Dos cargos de comando antes redutos dos ternos e gravatas, às múltiplas prestações de serviço, evidenciam as contribuições da reviravolta conseguida por verdadeiras guerreiras. Assim como Joana d’Arc, as mulheres da era cibernética devem ser forças geradoras de transformações.
       A Revolução Sexual incendiou os paradigmas de uma sociedade machista. E, sob a cinza dessa fogueira, a mulher permitiu o alcance de novos caminhos, desfalecendo os valores impostos pelo grupo dominante. Hoje, as filhas de Eva configuram-se como personagens principais na revolução pós-moderna em busca de uma sociedade mais equitativa e menos desumana. 

Tema de Redação Políticas Afirmativas


Tema: Políticas afirmativas para o Brasil: do racismo as  cotas

Para  colher  amanhã
Sim para o não.  A designação das  cotas se  contextualiza como uma  ação afirmativa que  visa  preencher os abismos na educação pública, na história do negro no Brasil associado a escravidão e, ao genocídio indígena. Nesse sentido tais medidas ajudam o Brasil a avançar para uma democracia que garantirá, em certo tempo, igualdade de direitos com garantias de acesso.
Em sua obra “O homem que Calculava” Malba Tahan nos ensina que existe “o matematicamente  correto” e a matemática pautada em princípios éticos, essa segunda é que rege as divisões das cotas no Brasil.  As reservas de vaga aparecem para favorecer os que carregam deficiências escolares fruto de uma educação que durante séculos foi  sufocada por um processo colonizador e,  no século XX,  por  um regime ditatorial  que  impediu as escolas de  se transformarem  em espaço de conhecimento para todos em igual medida,  como almejamos.  O que não dizer dos dois séculos da descoberta e  colonização em que se  dizimou uma  população indígena  que contava entre 3 e 5 milhões de habitantes e hoje, segundo o IBGE, não ultrapassa 400 mil, quase todos marginais sociais sem nível quase algum de escolarização.
Os negros não são nesse processo um caso a parte,  talvez sejam, ao contrário, parte mais integrante e alvo de maior discussão para os que veem a medida afirmativa como designação de preconceito racial. Esses, seguramente tem seu ponto de  vista pautado numa visão estereotipada dos que enxergam, mas não querem deixar que outros vejam. Para os filhos da África e construtores do Brasil as  cotas aparecem para ser uma oportunidade na produção de  um novo Brasil  que não renega sua origens, sua formação, sua africanidade.
Se desconhecer e ignorar o passado, o brasileiro não se fará presente. Apesar  dos ecos dos que não entendem que a igualdade é socialmente  construída  vamos fazendo ensaios de um Brasil pautado na equidade  e com seus abismos  sociais perfeitamente preenchidos por politicas públicas que ensaiam um país melhor. Ação não fácil  já que contrariamos a lógica do individualismo  como valor absoluto e aplicamos a ideia do pensamento a longo prazo   Aristotélica -  numa sociedade desigual é preciso produzir desigualdades de oportunidades para, no futuro conseguir igualdade.

Estrutura para uma boa dissertação



Nessa reta final queríamos agradecer a confiança e o carinho de vocês com nossa equipe e, sobretudo comigo.
Há sim ainda chance de você tirar uma boa nota em sua redação do ENEM.  Comece não tentando escrever segundo sua inspiração, mas  seguindo uma estrutura.
Essa é a que utilizamos e segue o  barema do ENEM :
INTRODUÇÃO -  Frase chave. Elemento de ligação  +  verdade 1 . Elemento de ligação + verdade 2.
Sério a  questão dos pontos viu. Não escreva nenhum paragrafo do seu texto com um período só. Além de confuso e cheio de orações  subordinadas  você não facilita a  leitura do  corretor e não é o que você quer não é mesmo?
Desenvolvimento – Explicar a verdade 1 . Elemento de  ligação mais exemplos.
Explicar não quer dizer repetir o que foi dito na introdução, mas  ampliar. Depois dê muitos exemplos. Não é preciso explicá-los. Use no mínimo dois. Lembre-se que  você precisa utilizar em seus texto várias  áreas do conhecimento.

Desenvolvimento 2 – A mesma coisa
Conclusão – Frase de alguém ou síntese dos dois desenvolvimentos. Proposta de intervenção detalhada. Frase para ligar ao título.
Utilize  um título curto mesmo não pedindo a proposta. Dá identidade ao seu texto.
Um abraço. Estou na torcida.....

Reta Final ENEM - Tema Trânsito


Uma tragédia sobre rodas
A elevada densidade demográfica presente principalmente nas metrópoles brasileiras ocasionou o aumento do tráfego de veículos. Essa esfera caótica configura-se pela alta carga de agressividade e violação das leis, disseminando acidentes e mortes com frequência diária. A parte da responsabilidade do Estado, a eclosão dessa mazela tem em sua base a cultura do brasileiro em dispor do espaço público como propriedade privada.
O excedente populacional evidenciado nos centros urbanos demarcou a superlotação e desordem do trânsito brasileiro.  Diante da constante incidência de desastres, a atuação do governo consagra-se como ideal para manter e fiscalizar as estradas. Contudo, mais do que a carência de teorias e leis adequadas, o centro desse impasse encontra-se no próprio cidadão. Sobre esse pressuposto, o Código de Trânsito Brasileiro seria uma ferramenta efetiva para a melhoria desse sistema, mas sua existência é meramente teórica. Na prática, a população tem preferência na criação de um legislativo baseado na imprudência.
Partindo desses aspectos, percebe-se que o comportamento do brasileiro no transito reflete sua relação histórica e cultural com o espaço público. O automóvel é usado como instrumento de poder, dominação e divisão social, prática comum no Brasil de formação escravagista e aristocrática. Assim, o condutor age segundo suas próprias vontades, realizando apenas seus interesses, independentemente de violar as normas impostas ou inviabilizar os direitos dos outros cidadãos.
O trânsito caótico é uma guerra contemporânea em que o ser humano consagra-se como vítima de si próprio. A atuação exclusiva do Estado não promoverá as mudanças necessárias, já que há uma dependência mútua da participação ativa da sociedade brasileira. Para um futuro diferenciado, o espaço de convivência no Brasil precisa ser visto pelos cidadãos como pertencente a todos.
Tráfego aprimorado
A relação histórica e cultural do brasileiro com o espaço público reflete seu comportamento no trânsito. Como consequência dos processos de reformulação pelos quais as cidades passam para receber seus bilhões de habitantes, o modelo inadequado de transporte urbano do país traz diversos custos para a população brasileira.
A alta carga de agressividade e a violação das leis são uma das maiores causas do grande número de acidentes e mortes registrados no país em que o tráfego é cada vez mais caótico. Esses índices trágicos podem ser atribuídos principalmente à função da ineficiência das esferas políticas na manutenção do sistema e das esferas culturais da sociedade. O velho “jeitinho brasileiro” de “fechar”, “cortar” mostra que a disposição do espaço público para o brasileiro é visto como algo que pertence individualmente a cada um e não como um local de convivência coletiva que na prática deve ser respeitado.
Em justaposição, a procura por alternativas para o transporte é um dos desafios que as metrópoles brasileiras precisam enfrentar. O empreendimento de ações em torno de um projeto de desenvolvimento urbano, agregando à população e aos órgãos interessados traria maior eficiência urbana. Isso implica, no contexto brasileiro, atribuir prioridade a uma rede de transportes democrática integrada por modos complementares, a exemplo da cidade de Curitiba que tem um planejado sistema de tráfego.
A ineficácia do transporte e do trânsito brasileiro são consequências tanto histórico-sociais quanto da urbanização das cidades. Frente a essa conjuntura, a definição de normas gerais referentes aos mesmos, bem como os seus planejamentos e fiscalizações são essenciais, além do aprimoramento do exercício atribuído aos órgãos e entidades, principalmente nas atividades de formação do condutor responsável.

domingo, 14 de outubro de 2012

Redação Nota Mil de Sustentabilidade de Tiago Silveira


Por um futuro sustentável
Clarividência. É partindo do significado etimológico desse termo que o ser humano compreenderá a necessidade em preservar o meio em que se encontra para garantir o futuro da espécie. Dessa maneira, o conceito de sustentabilidade ambiental se encaixa no perfil pós-moderno do planeta como ferramenta de preservação e, ao mesmo tempo, garantia de acesso às atualizações tecnocientíficas.
Durante o perpassar histórico a humanidade utilizou das matérias primas disponíveis no meio natural para a construção de sua evolução. Além disso, desde a alocação das comunidades do Mesolítico, os recursos ambientais foram os principais fatores de sedentarização da espécie. Assim, era necessário a povos, como Maias e Celtas, condições favoráveis à práticas como agricultura, bem como a capacidade hídrica para suplantar a vitalidade local.
Contudo, a contemporaneidade dos bilhões gerou a saturação da natureza em diversos pontos densamente ocupados pelo homem. Das extrações petrolíferas às composições industriais, o intenso processo de utilização natural corroborou em cenários caóticos de destruição e devastação. Em virtude disso, entra em destaque a sustentabilidade ambiental como combustível moderno para a simbiose entre os avanços tecnológicos e a preservação da biota natural no planeta terra.
Para Leonardo Boff somente um processo generalizado de educação pode criar novas mentes e novos corações, como pedia a Carta da Terra, capazes de fazer a revolução paradigmática exigida pelo risco global sob o qual vivemos. Nessa égide, a manutenção dos ciclos que regem a vida no planeta retoma a máxima do olhar para além do presente, necessário à existência do Homo sapiens no terceiro e quarto milênios.
Tiago Silveira

sábado, 13 de outubro de 2012

Redação sobre Mudança - Futuro


Tema: entre mudanças lentas e rápidas, a humanidade vai construindo o futuro.
“ se  a gente quiser, ele vai pousar”
                Entre passos e voos o homem construiu um mundo de possibilidades. Tais construções garantem que as decisões do presente sejam produções de um amanhã pautado na melhor condição de vida ou fim da espécie humana. Decidir qual trilha seguir depois de tantas estradas é a condição de produção da aquarela do século XXI.
                Dos primeiros passos do Homo erectus  até a chegada do homem na lua, avançamos sem precedentes. Em alguns aspectos as lutas foram quase invisíveis – das mulheres em séculos de busca por igualdade de gênero, ou mesmo da transição do período feudal para o tecnológico. Ainda assim, foram passos-batalhas para que chegássemos ao tempo em que a geografia e as conjunturas socioeconômicas permitem o delineamento de futuros melhores.
                Na rapidez acelerada dos dois últimos séculos andamos em veículos automotores e descobrimos o poder de voar. No bojo desses desvendamentos também destruímos, em segundos, cidades japonesas e em um século utilizamos mais recursos naturais que outras gerações. Rápidos e mortais caminhamos para o mundo de pausa e reflexão ou avanço e destruição – decisão que produzirá “ nosso sol amarelo” e “ nossas  chuvas e guarda-chuvas” enquanto caminhamos para o muro onde “ o futuro está.” 
                Para Milton Santos, os futuros são muitos e são produzidos com armas do presente. Com esses instrumentos, entre acelerados passos podemos produzir “novas aquarelas de um futuro-astronave que tentamos pilotar” afinal, mesmo não podendo adivinhar o tempo que virá, temos ao menos o direito de imaginar como queremos que seja.  Preferencialmente  fácil  como o castelo de Vinicius. 





O que está por vir
 Anna Beatriz Alcântara

      O mundo é formado não apenas pelo que existe no presente, mas pelo que pode efetivamente existir. Durante o perpassar histórico o homem foi capaz de fazer das ferramentas vigentes instrumentos para projetar para o futuro um mundo que atenda às suas aspirações. Portanto, da Era medieval à pós-modernidade, as mudanças, sejam elas rápidas ou lentas, permitem sonhar com um futuro possível.
     A humanidade convive com a possibilidade de construção de muitos futuros. Os anseios franceses de liberdade, igualdade e fraternidade fizeram como que a clarividente sociedade, submissa ao desmonte do Estado de bem estar social, lutasse por mudanças que possibilitariam um futuro melhor. Partindo de tal égide, diante das mais diversas realidades, existem condições favoráveis para a realização de mudanças que planejem para o futuro o atendimento dos anseios da sociedade.
      A dinâmica das transformações sociais ao longo da história constrói o que está por vir. Da estagnação cultural e econômica presente da Idade Média ao Boom demográfico que modificou os centros urbanos, o homem provoca mudanças que constroem seu próprio futuro. Portanto, o mundo de hoje, é apenas um longo caminho do desenvolvimento histórico, uma vez que, diante da lógica do capitalismo globalizado, está sujeito a mudanças possivelmente mais rápidas e intensas.
      Fica claro que, o futuro é, para a humanidade, o resultado das mudanças em todas as esferas sociais ao longo a história. Portanto, atitudes novas de novos homens fazem, a partir do presente, projetar um futuro que garanta a manutenção do estado de bem estar social aos cidadãos e o atendimento de suas aspirações. 

Tema de Redação - Vivemos num mundo ser heróis?


       Pela retomada dos antigos valores
Stephanie  dos  Anjos  
       O Realismo literário abandonou a idealização romântica pela proposta de uma análise mais profunda da psique humana. Nesse contexto, o bem e o mal deixaram de ser elementos excludentes, demonstrando a dificuldade em defini-los com base no relativismo pós-moderno. Seguindo essa premissa, o conceito heroico do passado foi desmistificado por uma concepção baseada nos princípios da era contemporânea.
       No limiar do século XIX, já estava evidenciado que o ser humano abrigava uma complexidade muito maior do que o embate bem X mal. O ideal proposto por Nicolau Maquiavel -os fins justificam os meios- se faz completamente presente na sociedade que imprime importância apenas na conquista de seus interesses, independentemente de utilizar-se de atos bons ou ruins. Nessa perspectiva, a figura do herói medieval foi abandonada pela valorização dos novos parâmetros – relativismo, como base principal.
      Partindo desses aspectos, percebe-se que mesmo ocasionando na existência de opressores e oprimidos, o individualismo capitalista consagra herói aquele que acumula as riquezas e detém o sucesso pessoal típico desse modelo perverso. A Liga da Justiça está enfraquecida, já que o indivíduo fechou-se em um mundo que só permite a entrada de si próprio, incapacitando-o de agir em benefício do outro. Com base nessa égide, o egoísmo exacerbado desfaleceu os caminhos do heroísmo verdadeiro, arruinando o âmbito social.
      A contemporaneidade traz em seu bojo um heroísmo forjado. A carência do altruísmo torna fundamental a redescoberta dos antigos heróis que se esvaziavam de si em função do seu semelhante ou de uma causa. Para tanto, é preciso estabelecer como meta principal a conquista de um mundo não só melhor, como efetivamente possível. 


Tema  inspirador: 
Proposta de Redação

Super-homem
Jorge Vercilo
Eu adoro andar no abismo
Numa noite viril de perseguição
Saltando entre os edifícios
Vi você!...
Em poder de um fugitivo
Que cercado pela polícia
Te fez refém
Lá nos precipícios
Foi paixão à primeira vista...
Me joguei de onde o céu arranha
Te salvando com a minha teia
Prazer!
Me chamam de Homem-Aranha
Seu herói!...
Hoje o herói aguenta o peso
Das compras do mês
No telhado, ajeitando
A antena da tevê
Acordado a noite inteira
Pra ninar bebê...
Chega de bandido pra prender
De bala perdida pra deter
Eu tenho uma ideia:
Você na minha teia...
Chega de assalto pra impedir
Seja em Brasília ou aqui
Eu tive a grande ideia:
Você na minha teia...

Ideologia
Cazuza
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato
Que eu nem acredito
Ah! eu nem acredito...
Que aquele garoto
Que ia mudar o mundo
Mudar o mundo
Frequenta agora
As festas do "Grand Monde"...
Meus heróis
Morreram de overdose
Meus inimigos
Estão no poder
Ideologia!
Eu quero uma pra viver
Ideologia!
Eu quero uma pra viver...





Bem, as coisas mudam rapidamente, nossos heróis são meras lembranças esfarrapadas e mofadas, com o malvado tempo que passa ligeiro. Essa informação pode dar um nó na mente de muitos, pode trazer novos elementos e paradigmas para outros, mas pode também trazer em seu bojo uma conjuntura multifacetada que mobiliza ...para uma formulação plural...
A pós-modernidade gera uma gama de heróis que não tem clareza do que são, se são heróis ou não. A relativização é uma fome constante de se observar um ser não ser, um não ser o que não importa. Por isso os “nossos heróis morreram de overdose” (Cazuza).
Na TV era claro identificar quem era o mocinho e quem era o bandido. Hoje não se vê mais características afins do Brutus ou Lex Luthor, isso é realmente insano, pois os heróis caíram do cavalo e se mostram não como um pólo único positivo, eles não são mais capazes de morrer por sua missão, eles até dão um jeitinho para vencerem, mesmo que isso não seja correto.
Essa relativização é alienante, pois gera um grupo de pessoas que não teem uma formulação concreta de axiomas.
Mataram nossos heróis, mas pelo menos lembramo-nos deles. O que fazer com essa geração sem super-heróis?  O que pensar de alguém que não terá como paradigma o super-homem-de-aço que destrói o inimigo e tudo fica em paz? O que vivenciar em uma geração que não sabe que lado (bem ou mal) está o personagem central de seus quadrinhos? O que pode nascer? Desesperança? Caos? Pânico? Talvez ninguém queira saber mais do Capitão América ou do Lanterna Verde, mas nós sabemos e sabemos de que lado eles estão.
Proposta de Redação:  Considerando as reflexões acima e  seus conhecimentos acerca do tema produza um texto dissertativo-argumentativo sobre  o seguinte tema:
Vivemos num mundo sem heróis?
·         Seu texto deve conter aproximamente 30 linhas
·         Não é permitido cópia da coletânea
·         Dê título ao seu texto


Tema de  Redação – Vivemos em um mundo sem heróis
Barema simplificado
Discussões esperadas:
(     ) Tratou da pós-modernidade e da dificuldade em definir o bem e o mal
(    ) Fez alusão histórica a construção dos  heróis do passado e de eu o mundo hoje traz novos conceitos de heróis .
(     ) trabalhou o conceito da ausência de herói fazendo um recorte da geração de hoje que não tem envolvimento político e não se interessa por questões sociais.
(      )  Trabalhou a  ideia do capitalismo e individualismo que  cria homens preocupados  com seus próprios interesses e não abre espaço para o conceito de heroísmo.
(      ) escreveu sobre jovens que ao invés de mudar o mundo hoje desejam só conquistas materiais.
(        ) Produziu outra que poderia ser cabível para o tema.
Discussões não aceitas
(    ) Tratou da ideia de pai como herói  fazendo uma leitura de trechos do texto de  Jorge Vercilo.
(    ) Tratou apenas da questão do herói no âmbito do Brasil
(     ) Tratou dos heróis da infância sem uma relação com a resposta a pergunta do tema que baseava-se no hoje.
(    ) Não escreveu sobre esses recortes, mas produziu discussões não cabíveis  para o tema.
  Aspectos gramaticais – (200)
( 0,5)  - Escreveu  no formato ideal do texto dissertativo respeitando margem, linhas, letras legível e parágrafos divididos entre introdução – desenvolvimento – conclusão.
(0,5) –  Texto com pontuação adequada  e uso de conectivos que auxiliam na construção do sentido do texto.
(0,5) – Texto com satisfatória apresentação de palavras  com grafia correta.
(0,5) –  concordâncias verbal e nominal adequadas.
Estrutura e fontes – várias  áreas do  conhecimento  (200)
( 2,0) – A introdução apresenta  com clareza o argumento + exemplos pertinentes correspondentes a campos como arte/ filosofia/ história/ atualidades/ argumento de autoridade.
(1,5) –  A introdução apresenta o argumento e esse é bem explicado e possui exemplos.
(1,0) – Há uma relação entre argumento da introdução + explicação + exemplos, porém as fontes dos exemplos são senso comum ou a explicação não ficou muito clara.
(0,5) Não há relação direta entre o argumento da introdução e a explicação do desenvolvimento.
(0,5) O argumento foi explicado, mas sem os exemplos  para fundamentá-lo.
(0,5)  Há exemplos pertinentes, mas não há uma ligação entre o desenvolvimento e a introdução.
Desenvolvimento e análise  de  fontes e  conhecimento de  mundo   (200)
( 2,0) – A introdução apresenta  com clareza o argumento + exemplos pertinentes correspondentes a campos como arte/ filosofia/ história/ atualidades/ argumento de autoridade.
(1,5) –  A introdução apresenta o argumento e esse é bem explicado e possui exemplos.
(1,0) – Há uma relação entre argumento da introdução + explicação + exemplos, porém as fontes dos exemplos são senso comum ou a explicação não ficou muito clara.
(0,5) Não há relação direta entre o argumento da introdução e a explicação do desenvolvimento.
(0,5) O argumento foi explicado, mas sem os exemplos  para fundamentá-lo.
(0,5)  Há exemplos pertinentes, mas não há uma ligação entre o desenvolvimento e a introdução.
Conclusão (2,0)
(0,5) Há uma relação entre a introdução e a  conclusão.
(0,5) Há uma síntese dos desenvolvimentos.
( 1,0) Há um ponto de vista pertinente que responde ao questionamento da presença do herói na contemporaneidade.

Originalidade (2,0)
(0,5) – No texto há construções que demonstram uma escrita peculiar que foge do padrão de dissertações por esquema.
(0,5) Exemplos do desenvolvimento 1 que fogem das linhas comuns e se adequam a linha mestra sugerida.
(0,5) Exemplos do desenvolvimento 2 que fogem das linhas comuns e se adequam a linha mestra sugerida.
(0,5) Título pertinente e bem relacionado ao texto. 














Como Utilizar Literatura na Redação


Gente, o número de  redações nota dez que faz  uso de referências de  literatura  são muitas. Então aprenda a utilizar essas  referências em seu texto. 
Use por exemplo a ideia de  Severino. Severidade   para  temas como fome, adversidade. 
Ex:  Para  João Cabral de  Melo Neto  somos  muitos  severinos.  Sua  verdade atesta que o problema da  adversidade não é isolado. 
  ou : 
Para João Cabral  a fome mata um pouco  por dia. A verdade do autor apresentada  em sua  obra Morte e Vida  pode  ser ampliada  para o mundo em que muitos são os bilhões de Severinos que morrem  em diversos  lugares do Planeta - da China a Bolívia. 

Aproveite para  ver o filme morte e  vida  Severina em 3D.  Muito bom!!!!!

Se  quiser  trabalhar  o tema  solidariedade  ou individualismo referencie o autor em Tecendo a  manhã. 
O  título  poderia  ser  tecendo a manhã e  a conclusão: 

Para  João Cabral um galo sozinho não tece uma manhã. Assim, ampliando a metáfora não se muda o mundo sem o compromisso de  todos  os homens-galos.....
e  adaptem  como achar melhor!!!!!!


domingo, 7 de outubro de 2012

redação modelo - Treinando sempre


O Brasil do Presente garante um futuro melhor? Utopias e
Possibilidades
Passos  firmes
A terra descoberta por Caminha, cinco séculos depois, está sendo redescoberta como nação da possibilidade. Entre séculos de exploração, anos de repressão e com abismos ainda não preenchidos pela recente democracia, a nação brasileira busca produzir, no presente, formas clarividentes para um futuro promissor. Os instrumentos para tal produção é o amalgama da utopia e da certeza transpostas em ações, já que nunca houve condições geográficas e técnicas para  a produção de  outra realidade como no limiar deste século.
Apesar das constantes verdades de que somos uma nação com a base fundante na corrupção, e com as mais variadas  formas de  violência imperando das favelas às rodovias que matam mais que uma guerra, o Brasil vem ensaiando projetos de mudanças.  Da Lei Seca a Joaquim Barbosa revelamos  que desejamos e estamos, mesmo que em  lentos passos, produzindo novas  formas para mudar quem éramos. E, se ainda não somos a terra do progresso e equidade, ao menos não somos mais uma terra de escravidão e de  falta de liberdade política.
Nesse caminho para a libertação, o Brasil tem produzido  desenvolvimento e garantias de futuro. Os seus projetos sobre bases sustentáveis tem sido uma inovação de caráter planetário. Consciente também de que a melhoria de um país associa-se ao desenvolvimento educacional os programas de acesso à universidade por meio de políticas afirmativas se firmam nos últimos anos e, além desses dois grandes  feitos, há  evolução  significativa no favorecimento das classes menos favorecidas  através do acesso a programas  sociais de base familiar e suporte econômico como o Bolsa Família.
O que nos move é mesmo a utopia, essa que foi delineada por Thomas Morus e reiterada, nesse  século, pelo uruguaio Galeano quando sugere que mesmo que não possamos adivinhar o tempo que virá, temos ao menos, o direito de imaginar o que queremos que seja. No caso do Brasil, mais do que adivinhar temos produzido  formas de melhorias no presente para o futuro da nação.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

CFO 2012 - Uma possibilidade


 
Sim , eu sei que a maioria de vocês sonham com uma vaga na universidade, mas depois de ver meu irmão apaixonadamente deixar o curso de direito na UESB e me convencer que servir é também uma possibilidade de futuro eu convoco todos vocês a darem uma chance ao futuro de vocês e, também fazerem o CFO. 

O Brasil precisa de advogados, professores e mais que isso: muito bons guardiões do futuro. 
Faça que eu garanto  o suporte. 
Trato feito? 

E já sabem que eu quero ser a madrinha né?

Contando a história - Cerqueira Lima  não perdeu a vaga de direito viu. 

Vai ser delegado um dia...

De acordo com o novo edital do processo seletivo, estão sendo oferecidas 120 vagas, sendo 108 são para o público masculino e 12 para o feminino. O processo seletivo consiste em prova escrita de conhecimentos gerais e redação, que será realizada no dia 25 de novembro. Os aprovados nessa etapa passam ainda por avaliação psicológica, exame médico-odontológico, teste de aptidão física e investigação social, em datas divulgadas no edital.
Inscrições: até o dia 3 de outubro, exclusivamente pela internet, no endereço eletrônicowww.concursopm.uneb.br.

ENEM 2012 - Tema de Redação - Preparado para temas assim?


Proposta de  Redação Inovadora

 Há 4 anos
1. ... A Apple tinha acabado de anunciar o lançamento do Iphone.
2. ...Tom Brady, hoje marido de Gisele Bündchen, comemorava o nascimento de seu primeiro filho, Jcack, com sua ex, a atriz Bridget Moynahan.
3. ...” Pede pra sair” era uma frase que não fazia  sentido para quase ninguém.
4. ...Lady Gaga era morena e fazia shows ao teclado em palcos secundários de festivais nos E.U.A.
5. ... A única coisa que Justin Bieber estava era comemorando seu aniversário de 13 anos.
6. ... Richy Martin ainda não era gay ( assumido)
( Adaptado da Revista Gloss)

Pensando que nos próximos quatro anos escreva um texto sobre sua previsão para o mundo não somente no campo da cultura da tecnologia e do entretenimento. 




Ação singular, efeito plural
Adaptado de  uma redação de aluno VCO
            Em um período de incoerências e acertos, o homem continua a modificar seu habitat  Conforme seu desempenho em construir ou destruir parte de seu meio, o ser humano não fica imune às consequências da sua predação. E, considerando seus avanços no quesito tempo e espaço, a destruição em quatro anos pode equivaler a séculos de construção social-histórica.
            Das Revoluções Industriais a Era Pós-moderna, o homem desencadeou um consumo voraz, e modificou suas relações interpessoais sob uma lógica individualista. A partir dessa ótica, daqui a poucos anos o ser humano comprará água como em postos de gasolina, o Brasil investirá no setor militar para defender seus recursos numa Terceira Guerra Mundial e sim, teremos Carla Perez como governadora da Bahia, legitimada por Xuxa presidente do Brasil do mundo da imaginação. Tal ascensão política se dará por causa da  confirmação da teoria darwinista -  em quatro anos parte dos brasileiros, além de conviver com a fome, terá que se adaptar aos desertos. Assim, os muros visíveis e invisíveis que separam a sociedade estarão muito mais evidentes e a vida política mais e mais distante do real.
            Para Sartre, o mundo hoje que é horrível, é apenas um momento do longo desenvolvimento da história. Nesse sentido, apesar de serem inúmeros os entraves que impedem o ser humano de possuir uma vida equilibrada e com qualidade, o homem ainda pode construir um futuro de possibilidades. Assim, um grupo de países emergentes terá a oportunidade de produzir outro modelo de consumo e de vida diferente do que vigora no mundo capitalista. E, encabeçando tal projeto estará a Índia que não se rendeu ao modelo econômico americano e produziu mudanças a favor de um desenvolvimento sustentável. Ocupou assim o espaço da gigante Águia que foi destruída em um teste de  bomba de hidrogênio.
            O ser humano ainda pode reverter o quadro caótico e desigual que prevalece nas diferentes esferas do globo. Afinal, os futuros são muitos e podem ser traçados com as armas do presente.  Para isso, é preciso produzir mudanças sob a base da clarividência, que segundo Milton Santos,  é ver, a partir do presente, o futuro. Portanto, o Estado, por seu caráter abarcativo, junto à sociedade civil, devem ser os missionários de diferentes modos de agir e conviver,despertando a esperança deste mundo ser melhor e menos desigual.



      Stephanie dos Anjos Lopes
      Missionários de uma nova possibilidade
      Seguindo um arcabouço de rupturas e transformações, a humanidade desenvolveu os moldes da sua história. Após séculos de existência, o homem demonstrou um caráter predatório que devora os principais recursos da sua fonte de sobrevivência, consagrando-se como vítima de si próprio. Nessa perspectiva, se esses padrões permanecerem, os próximos quatro anos apagarão as marcas de um ser que se autodestruiu.
      Da Era Medieval às Revoluções Industriais, uma série de novos alcances possibilitou a abertura de caminhos nunca antes vivenciados em toda a história da humanidade. Entretanto, os avanços no campo técnico-científico não evidenciaram a construção de um mundo melhor, já que o desenvolvimento econômico ocupou o cargo mais elevado, restando para o contexto social apenas o segundo plano. A tais princípios, soma-se a ideologia do consumo voraz apregoado pelas superpotências que modificou as relações interpessoais sob uma lógica individualista. Nesse contexto, se o ser humano continuar seguindo esse modelo, o futuro dos próximos anos tornar-se-á ainda mais caótico e desumano.
        A partir dessa ótica, daqui a poucos anos a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial não será pela conquista de territórios ou de mercado consumidor, mas pela busca ao ouro azul: um bem raro e de elevado preço econômico. Assim como a água, o país que detiver reservas alimentícias deverá investir no setor bélico para defender seus recursos, tornando os muros que separam as sociedades muito mais visíveis. No âmbito político, nada mais provável do que a alienação que impera no presente converta-se em uma proposta do mundo da imaginação, ainda mais distante do real. Para abandonar essa caricatura de convívio com a fome e de desestabilização do meio, é essencial uma nova oferta diferente da que vigora no capitalismo.
          Para Milton Santos, o mundo de hoje é apenas um momento do longo desenvolvimento da história. Nesse sentido, apesar de serem inúmeros os entraves que impedem a efetivação do Estado de bem estar social, os futuros são muitos, e podem ser traçados com as armas do presente. Portanto, a esfera política junto à sociedade civil deve despertar a esperança de um mundo não só sustentável e menos desigual, como efetivamente possível.