sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Mara Rute participa do curso de formação de Sargentos do 15° Batalhão da PM Bahia com o Ten. Cerqueira Lima

A professora Mara Rute participou do curso de formação de Sargentos da Polícia Militar do 15º Batalhão do Estado da Bahia com uma palestra sobre a cultura do medo e os novos desafios da polícia no século XXI.
Foi uma tarde emocionante em que policiais com mais de 20 anos de polícia falaram dos seus desafios, reviveram pela memória momentos cruciais em suas carreiras e, sobretudo, discutiram sobre as mudanças e avanços que sonhamos para a polícia nos próximos anos.
A finalização foi com a fala do Ten. Cerqueira Lima que tratou da persistência como instrumento para que se possa chegar à vitória sobre a violência.

Afinal, o soldado da paz não pode ser derrotado ainda que a guerra pareça perdida.

domingo, 18 de outubro de 2015

Educação - Tema de Redação para o Enem 2015

Proposta de Redação
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Educação é o maior desafio estratégico da sociedade brasileira, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I
Perante os múltiplos desafios suscitados pelo futuro, a educação surge como um trunfo indispensável para que a humanidade tenha a possibilidade de progredir na consolidação dos ideais da paz, da liberdade e da justiça social. Não como um remédio milagroso, menos ainda como um “abre-te sésamo” de um mundo que tivesse realizado todos os seus ideais, mas como uma via – certamente, entre outros caminhos, embora mais eficaz – a serviço de um desenvolvimento humano mais harmonioso e autêntico, de modo a contribuir para a diminuição da pobreza, da exclusão social, das incompreensões, das opressões, das guerras... A educação é também uma declaração de amor à infância e à juventude, que devem ser acolhidas nas nossas sociedades, reservando-lhes o espaço que, sem dúvida, lhes cabe no sistema educacional e também no seio da família, da comunidade de base e da nação. Esse dever elementar deve ser constantemente evocado para que seja levado em consideração, inclusive, nas tomadas de decisão de ordem política, econômica e financeira: parafraseando o poeta, a criança é o futuro do homem.  http://unesdoc.unesco.org/images/0010/001095/109590por.pdf

Texto II
Um relatório divulgado nesta quarta-feira (8) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), mostra que somente um terço dos países alcançou todas as seis metas de educação estabelecidas há 15 anos para o período de 2000 a 2015. Segundo o relatório, o Brasil chegou a duas dessas metas: universalizar o acesso à educação primária (1ª ao 5 ano do ensino fundamental) e atingiu a meta da igualdade de gênero, levando meninos e meninas às aulas em grande proporção.
As metas foram estabelecidas na Cúpula Mundial de Educação, em Dakar, no Senegal, com 164 países, ocorridas em 2000. O objetivo global era que todos os países pudessem chegar a 2015 tendo cumprido as seis metas abaixo:
META 1 - PRIMEIRA INFÂNCIA
Expandir a educação e os cuidados na primeira infância, especialmente para as crianças mais vulneráveis. Entre os países, 47% alcançaram o objetivo e outros 80% quase conseguiram.
META 2 - EDUCAÇÃO PRIMÁRIA
Alcançar a educação primária universal, particularmente para meninas, minorias étnicas e crianças marginalizadas. Objetivo foi alcançado por 42% dos países. O Brasil cumpriu.
META 3 - JOVENS E ADULTOS
Garantir acesso igualitário de jovens e adultos à aprendizagem e a habilidades para a vida. Unesco diz que 46% dos países atingiram. META 4 - ANALFABETISMO
Alcançar uma redução de 50% nos níveis de analfabetismo de adultos até 2015. Apenas 25% dos países atingiram.
META 5 - MENINOS E MENINAS
Alcançar a paridade e a igualdade de gênero. Unesco diz que 69% dos países atingiram meta na educação primária e 48% no ensino médio. O Brasil atingiu.
META 6 - EDUCAÇÃO DE QUALIDADE 
Melhorar a qualidade de educação e garantir resultados mensuráveis de aprendizagem para todos. De acordo com o relatório, faltam 4 milhões de professores no mundo. 
A educação no mundo ainda não é tratada da maneira como deveria, segundo a Unesco. A organização afirma que apesar de neste período 34 milhões de crianças terem tido acesso à educação, ainda há 58 milhões de crianças fora da escola no mundo e cerca de 100 milhões de crianças que não completarão a educação primária.
A desigualdade na educação aumentou, com os mais pobres e desfavorecidos carregando o maior fardo. As crianças mais pobres do mundo têm chances quatro vezes maiores de não frequentar a escola quando comparadas às crianças mais ricas do mundo, e cinco vezes maiores de não completar a educação primária.

Texto III
Entre os dias 19 e 22 de maio, em Incheon, na Coreia do Sul, aconteceu o Fórum Mundial de Educação, organizado pela UNESCO. O objetivo do Fórum foi acordar a nova agenda da educação, que irá vigorar entre 2015 e 2030, com os novos objetivos que compõem o compromisso Educação para Todos.
Os cinco temas centrais desta terceira edição do Fórum foram:
I) Direito à educação: assegurar educação equitativa e inclusiva de qualidade e aprendizagem ao longo da vida para todos até 2030.
II) Equidade na educação: acesso e aprendizagem equitativa, particularmente para meninas e mulheres, devem estar no centro da agenda pós-2015 para permitir o pleno potencial de todas as pessoas.
III) Educação inclusiva: uma educação inclusiva não apenas responde e se adapta a cada estudante, mas é relevante para a sociedade e para o respeito à cultura.
IV) Educação de qualidade: educação de boa qualidade, provisionada por professores treinados e apoiados, é direito de todas as crianças, jovens e adultos, não privilégio de poucos.
V) Educação ao longo da vida: toda pessoa, em toda a etapa de sua vida deve ter oportunidades de educação ao longo da vida para adquirir conhecimentos e capacidades de que necessitam para realizar suas aspirações e contribuir com suas sociedades.

Texto IV
A educação é a base da cidadania porque ela é ao mesmo tempo difusora e instrumento da possibilidade de construção de uma sociedade cujos direitos e deveres sejam de fato exercido por todos. O papel da educação é duplo: ela é disseminadora de uma consciência cidadã e ao mesmo tempo é instrumento de consolidação de uma verdadeira cidadania vivenciada nesse segundo papel. A educação precisa, necessariamente estar cumprindo seu papel de garantir oportunidades iguais a todos. É desejável que os estudantes de todos os níveis possam competir em igualdade de condições.
No mundo de hoje, a maior violência que podemos cometer com a dignidade humana é, sem dúvida, a inércia, o consentimento com a condição de milhares de brasileiros não desenvolverem a capacidade de ler, escrever, acessar o conhecimento de forma que possa desempenhar uma participação autêntica na sociedade. Afinal, a educação garantirá a sustentabilidade dos imensos avanços sociais e a cada jovem brasileiro o passaporte para o futuro. Para isso o Brasil precisa acelerar a evolução para uma sociedade do conhecimento e para uma economia inovadora, com uma indústria competitiva.
As pesquisas estão aí confirmando que na sociedade letrada em que vivemos, quanto maior a participação do sujeito na cultura escrita, maior será a convivência com domínios de raciocínio abstrato, maior será a capacidade de realizar tarefas que exijam controle, inferências e ajustes constantes. O sujeito que lê e escreve é uma pessoa mais participativa socialmente, mais responsável e solidária.



Tema de Redação Bahiana 2015

Assistam ao vídeo com a aula de Mara orientando os alunos do curso antes da vivência da Bahiana no vestibular 2015.2. 
Vai fazer Bahiana? 
#VemSePreparar

Redação Modelo Mobilidade Urbana

Olá meus amores, recebam de  presente esse tema elaborado por Fábio de Jesus e a  redação Modelo por Mayara Almeida de Salvador que mesmo na correria por suas aprovações ainda arranjaram um tempinho para ajudar vocês. 



O transporte público como construtor de dignidade no Brasil do século XXI                                                                            




                                                Como já dizia o príncipe...

Tomando como norte a percepção do Pequeno Príncipe que andar para frente não significa evoluir, a construção de políticas públicas para a mobilidade urbana brasileira evidencia essa lógica no momento em que apesar de evoluir não alcançou os menos favorecidos. Sendo assim, o transporte público como prerrogativa legal se configura como o Calcanhar de Aquiles na construção cidadã do país. 

Passando dos trens e bondinhos aos atuais ônibus e metrôs, o deslocamento urbano na terra de Macunaíma apresenta-se de forma sucateada sendo sinônimo de desclassificação social. No país em que importantes figuras públicas se deslocam de ônibus e viram capa de jornal - como no caso da atriz Lucélia Santos - fica explícito uma inversão de valores e o preconceito velado pela clara percepção de que deve haver conduções coletivas associadas à população de baixa renda. Nesse contexto, o princípio da cidadania que remete a plena igualdade é negado aos indivíduos dependentes da ação do Estado.

 A Constituição Federal e seu artigo sexto, como expressão das necessidades básicas de uma dignidade humana, acaba de inserir o transporte público como direito social. O antropólogo Roberto da Matta afirma, sobre isso, que a logística de fluidez do trânsito brasileiro e sua qualidade não pode ser resolvida somente à luz constitucional, mas exalta a significância do acontecido. Confirmando essa máxima, dados da ONU revelam a união da ação pública atrelada a formulação dos costumes sociais como a melhor alternativa escolhida por países referência em mobilidade. 

Parafraseando o poeta Manoel de Barros, nada deseja um olhar razoável, tudo almeja um olhar azul. Dessa forma, o olhar das possibilidades que não é utópico, mas sim possível é indispensável na tomada de medidas intervencionistas. Logo, a efetivação destas se daria primeiramente pela ação do terceiro setor conscientizando a população através de palestras no âmbito escolar para formação de futuros construtores sociais, e paralelamente a isso a ação do Estado em atingir a meta brasileira no término das faixas exclusivas para ônibus, com a integração das vias de metrô as paradas do coletivo, unindo o sistema de tarifas e bilhetagem na utilização de um único cartão magnético. Assim, o entendimento de que a mobilidade urbana precisa ser diversa e de diversos parceiros garantiria ao brasileiro o genuíno direito de ir e vir.

MAYARA ALMEIDA DE MELO

         



















A mobilidade urbana é uma forma de direito e uma de suas principais garantias está associada ao transporte público de qualidade. Nesse sentido, a efetivação dessa prerrogativa legal contribui para que a cidadania seja plena, junto a outros direitos fundamentais. No entanto, no Brasil, a ineficácia do Estado em garantir tal condição amplia a pobreza e diminui o lazer dos já desfavorecidos.
          O entendimento da ONU reafirmado na Constituição é que saúde, educação, lazer, segurança e mobilidade são requisitos que o Estado deve garantir para o bem-estar da população. Isso porque quando o cidadão tem garantido um transporte de qualidade é capaz de ser mais eficiente melhor no trabalho e tem mais tempo para o lazer, o estudo e a família. Portanto, a liberdade de ir e vir é marca de progresso já que entre elementos que mensuram avanços e qualidade de um país, esse quesito aparece como primordial.
         O quadro de uma frota de ônibus sucateada e passagens com preço superior ao que a renda do trabalhador permite, revelam segundo o IPEA que o Brasil não entendeu que baratear ou tornar livre o transporte seria um avanço na economia. Ganha o Estado, que garantiria o seu dever e permitiria uma ampliação da renda para outras necessidades do cidadão e esse que poderia ter tempo para outros âmbitos da sua vida.
         A dignidade cidadã só pode ser construída quando o Estado se responsabiliza por ela. Nessa perspectiva, o entendimento de que a responsabilidade sobre transporte de um país é de âmbito público e que esse deve primar por garantir que ele seja livre ou acessível é o primeiro passo para garantia da qualidade de vida nos grandes centros urbanos. Afinal, não se trata de 0,20 centavos, mas do direito de pertencer e locomover-se.

Produzida pela Equipe do Curso