Em meio
aos grandes exemplos do mundo, ergue-se uma bandeira verde amarela. Em nome da
fome, o Brasil quebra a teoria de Thomas e finalmente atinge o ponto certo do
problema, a relação alimento/economia/desigualdade. Assim, começa-se o
desatamento do emaranhado de nós, onde, finalmente, encontrou-se a ponta
correta que deve ser puxada.
Malthus
estava errado, graças à tecnologia, quantidade não é um problema. Diante disso,
é evidenciado que a crise alimentícia não se encontra em plantações e
colheitas, mas sim em uma escolha por qual ponto é mais importante: Saciar a
economia, ou saciar a fome da população. Assim, o Brasil vivencia a maior das
verdades: Morre-se de fome, por que a sociedade decide quem deve comer; e, no
caso, os escolhidos foram a classe alta do país. Ao reconhecer esse aspecto, o
Estado verde e amarelo criou projetos que abrigam a classe que não possui
dinheiro para se alimentar. O Fome Zero e o Brasil Sem Miséria, são apenas
alguns exemplos de que resolver o problema da fome abrange além de agricultura,
passa por economia e poder.
Nesse
contexto, as grandes fazendas perdem o foco, os holofotes estão voltados para a
economia. Essa que produziu e produz grande desperdício no mundo como a queima
do café durante a crise cafeeira no Brasil, e o incentivo econômico Francês aos
fazendeiros para plantarem flores, no
lugar de comida. Além disso, nessa geração energética surge combustíveis feitos
por alimentos, portanto, em meio a fome que assola no mundo as grandes
indústrias têm a audácia de usar comida como matéria prima. Contrariando essa lógica o Brasil já entendeu e tem sido
exemplo para o mundo: A economia não pode suplantar os desejos da população,
não só como nação, mas sim como uma só espécie ameaçada.
Ficou
claro que a quantidade de alimentos não é um problema, e sim a forma de como
essa quantidade é repartida. Assim, o Brasil tem mostrado ao mundo que é
preciso ser a própria mudança: Ou o país reconhece que alimento é um direito
universal e precisa ser repartido, ou espere por guerras e boicotes até o dia
em que perceber que dinheiro não se come.
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