“Sem abandonar o que a gente é – indígena. A gente seja perfeitamente universal”. Milton Santos
“Para o começo do século XXI, essas trocas de Novas Tecnologias que não fomos nós que criamos e nem somos nós que fabricamos vai ser o grande evento para nossos povos.[...] em alguns casos, do ponto de vista político vai significar a libertação de comunidades que eram controladas porque não sabiam o que estava acontecendo no mundo” ( Ailton Krenak – líder indígena)
Essa é a resposta de Jordyr Matheus Magalhães Rocha. Diga se ele não arrasou!!!!
Com o advento da globalização aos poucos o homem foi interagindo com diversas partes do globo e aderindo a culturas que não faziam parte do seu universo. Essa interação chegou a diversos lugares, inclusive a comunidades indígenas que começaram a enxergar um mundo novo ao qual eles não se identificavam como inseridos. Esse processo de inclusão é bastante importante, porque dá ao índio oportunidades iguais de crescimento, baseado nas informações adquiridas por meio das novas tecnologias oriundas da globalização. No entanto, assim como na sociedade moderna atual, os índios podem acabar perdendo um pouco ou parte de sua cultura “atropelada” pela gama de imposições feitas pelos veículos midiáticos. A imagem em questão mostra justamente essa questão; é possível a globalização não afetar as culturas e tradições desse povo, basta criar nesses indivíduos o sentimento de identidade cultural que nasce das relações sociais dentro das comunidades. Impossível, porém, é não alterar o modo de vida desses cidadãos, que vão encontrar nesse “novo mundo” novas formas de sobrevivência e análise sobre o mundo que os cerca.
Mais uma...de Iris Costa ....
A tecnologia avança, verdades são encontradas, povos são desvendados, e os adventos humanos moldam a vida em sociedade. A cada dia que passa a globalização permite ao indivíduo ir além do universo particular em que vive e perceber que seu modo de vida, a sua cultura, é só uma das partes do extenso sistema que compõe a grandiosa esfera humana. A partir desse momento fronteiras são atravessadas e a interação entre povos é indiscutível. Os indígenas, tidos como retrógrados, estão inseridos nesse contexto, já que esta globalização permitiu a algumas comunidades interagirem mais facilmente com o mundo “moderno”. Isso garante a eles, além de uma maior participação nos assuntos mundiais, um crescimento intelectual igualitário ao dos povos não-indígenas. No entanto, ao mesmo tempo que gera benefícios, essa interação pode causar um esquecimento da identidade cultural em virtude do deslumbramento causado pelo novo. A chave para resolver essa questão é não menosprezar a própria cultura, mas sempre elevá-la - por saber expandi-la ao mundo ao mesmo tempo em que se absorve o que ele pode oferecer em nosso benefício.