Errar é humano. Errar muitas vezes é Enem - Diz prof. Mara Rute
Vivo sendo perguntada sobre o que eu acho do Enem. Precisa perguntar? O próprio Enem diz: Um ensaio para a vida. E não é?
Pena que entre erros e acertos o ensaio do Inep é, para nós, uma decisão definitiva. Não estamos falando de um ano na vida de um aluno. Estamos falando do ano na vida de um jovem que está trilhando o caminho da profissão. E por extensão é também passos definitivos para o Brasil: nação que caminha para o futuro.
Os erros do Enem são erros da forma como somos: não planejamos, não somos capazes de mensurar a dimensão das coisas, pedimos desculpas e achamos que nossas falhas são normais...
Espelho.
Ensaio.
Equívoco.
Alea Jacta Est.
Leia:
“Ao contrário do que o Ministério da Educação (MEC) afirma,
não foram apenas dois estudantes que tiveram alterada a nota da redação do
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O jornal Estado de São Paulo teve acesso
a um documento em que o órgão que faz parte do consórcio organizador do exame
elenca 129 candidatos que tiveram notas retificadas em função de "erro
material". Questionado, o MEC confirmou os casos.
A lista foi entregue à Justiça Federal de São Paulo e consta
do processo em que o estudante Michael Cerqueira de Oliveira, de 17 anos, pedia
vista da prova. Oliveira teve a nota alterada de "anulada" para 880
--foi o primeiro caso de mudança de nota, colocando em dúvida o sistema de
correção da redação do Enem. Na semana passada, o ministério confirmou que
outro estudante, desta vez de Belo Horizonte, também teve a nota corrigida.
Os nomes dos dois estudantes constam da lista a que a
reportagem teve acesso. O ofício n.º 3.351/2011 é intitulado como "Nova
situação de participantes do Enem/2011". No texto, consta que o Centro de
Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/Unb)
"informa que, em função do erro material, os participantes do Enem/ 2011
listados abaixo tiveram sua situação ou nota alterada". Na sequência, a
lista com os nomes tem três páginas e meia.
O ofício é endereçado ao Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais (Inep), braço do MEC responsável pelo exame. O documento
é de 30 de dezembro de 2011, antes do primeiro caso de alteração da nota da
redação vir à tona.
De acordo com o ministério, as mudanças registradas no
documento não vieram depois de ação judicial, com exceção do caso do paulista
Michael Cerqueira de Oliveira. Todos seriam casos simples, de problemas de
registro ou falhas no scanner. Nenhum caso seria de mudança de avaliação. O MEC
não explicou, no entanto, porque insistia até agora que só havia duas
alterações em notas por erro. As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.”