domingo, 20 de setembro de 2015

Mara Rute - Tema de Redação Tecnologia



Essa é a redação Modelo feita por Mara no quadro com base numa reportagem da Revista planeta!
Copiem!!!!
Produza um texto dissertativo – argumentativo sobre os impactos das tecnologias nos jovens do século XXI para sua saúde social.

Modelo:
Homens mais que seus inventos
Não somente os circuitos das invenções tecnológicas vão evoluindo com o passar dos anos, mas também os circuitos neurais dos seres humanos tendem a acompanhar essas mudanças. A maior evidência disso está no cérebro dos jovens que não experimentaram um mundo sem computadores e internet. Entretanto, essa geração é constituída por pessoas mais ansiosas e imediatistas que, por querer tudo simultaneamente, acabam por reter um leque de conhecimentos superficiais e incorporam as relações virtuais como sua vida social.
Há milhares de anos atrás, a leitura não era natural para o cérebro, mas a enorme capacidade de adaptação desse órgão aproveitou mecanismos de identificação de objetos para reconhecer rapidamente letras e palavras. Agora, as mídias digitais vieram alterar as aptidões cerebrais da nova geração. Esses têm melhor atenção seletiva visual e tomam decisões com mais rapidez. Portanto, os estímulos das telas sensíveis ao toque e dos jogos eletrônicos pavimentaram uma via expressa entre os olhos e os dedos das novas gerações.
Apesar de terem desenvolvido um raciocínio rápido e flexível, a geração contemporânea é superinformada, mas superficial. Isso decorre da menor absorção de conhecimento significativo, por fazer da memória digital uma extensão da sua. Dessa forma, pesquisas da Universidade Estadual da Califórnia apontam que, enquanto conversam com alguém próxima fisicamente, os jovens costumam verificar a suas mensagens instantâneas, acompanhar “feed de notícias” ou jogam em celulares ou consoles. Em contrapartida, o cérebro precisa da dinâmica das tentativas e dos erros ocorridos na prática das interações face a face para desenvolver uma inteligência psíquica capaz de ler as micros expressões faciais e a linguagem do corpo, além de reconhecer os estímulos táteis e olfativos. Assim, sem esse tipo de treino social, essa geração não desenvolve a empatia e a compaixão.

A tecnologia e a conectividade, em si mesmas, não são nem positivas, nem negativas, são apenas ferramentas evolutivas da humanidade, assim como o machado ou a faca. Tal verdade permite a percepção que o ser bom ou ruim está diretamente relacionado à dosagem e administração do uso. Para que isso ocorra, é necessário que a escola, em consonância com a família, ensine essa geração – a geração Z – a administrar melhor seus usos frente à tecnologia através de uma formação educacional pautada em aprendizagem tecnológica. Assim, eles passarão a ter saúde social e não serão vencidos pelas ferramentas.

Temas de Redação do Enem 2015





É com muito prazer que apresentamos  a nossa seleção de temas para você treinar o Enem 2015. 
Estamos na torcida por você!
Além de ler o tema veja algumas redações modelo que pode ajudá-lo na melhoria da sua. leia sempre conscientizando-se das partes do texto. Como o autor utilizou os exemplos? Como explicou as questões apresentadas na introdução? De que maneira ele solucionou e detalhou na conclusão? 
De Redação em Redação chegaremos lá! 
Lembre-se:
 Escrever é uma habilidade adquirida. vai ser difícil, complicado, mas se você persistir aprenderá. Como foi quando você andou pela primeira vez, ou outras coisas semelhantes....

Proposta de Redação


O TESTE DO MARSHMALLOW
O INÍCIO
Na final dos anos 60, Walter Mischel tinha três meninas com idades entre 2 e 5 anos. Quando uma das suas filhas fez 4 anos, ela adquiriu repentinamente a capacidade de retardar a gratificação imediata. Andando no mercado, a menina fazia um escândalo porque queria alguma coisa e tinha que ser na hora. Depois, passou a entender que se esperasse, ao chegar em casa, poderia negociar algo melhor.
Ao observar esse autocontrole Walter decidiu aplicar uma metodologia cientifica para confirmar essas observações preliminares. Inventou o teste do marshmallow. Recrutou crianças com diversas idades na escolinha das filhas e as colocou num quarto, sentadas de frente para uma mesa com um prato com um marshmallow. Falou para cada uma delas que poderiam comer o marshmallow na hora, ou esperar um pouco e ai teriam dois marshmallows. Nesse instante, Walter deixava as crianças sozinhas no quarto e registrava a reação de cada uma com uma câmera oculta. Ficavam sozinhas no quarto, de frente para o doce, refletindo sobre o que fazer. Não existia nenhum tipo de distração no quarto, nenhum outro brinquedo, fotos na parede, nada, só a tentação do marshmallow.
O DESFECHO                                                                                                                                                                                      
O resultado foi pura agonia. As crianças cheiravam o doce, lambiam, colocavam de volta na mesa. Outros, ficavam chutando a pesa, viravam de costas, ficavam cantarolando, seguravam por 1-2 minutos, outros até 10 minutos, numa média de 7-8 minutos. Mas o mais impressionante foi o que aconteceu em seguida, 5-6 anos depois desse experimento onde uns comiam e outros esperavam.
Walter notou uma tendência, aqueles que haviam segurado a tentação do marshmallow por mais tempo, estavam se dando melhor nos testes escolares. Decidiu então esperar mais 5 anos, quando os indivíduos estariam prestando o equivalente ao nosso ENEM, um dos testes mais importantes na carreira escolar americana, e o padrão de pontuação se repetiu em nítido contraste.
AS ESTRATÉGIAS
A única diferença entre os dois grupos de crianças, foi que as crianças que seguraram por mais tempo simplesmente acharam formas de se distrair da tentação: virando as costas, falando sozinhas, cantando, até brincando com o doce de alguma forma. Pois bem, esses garotos simplesmente tinham uma melhor estratégia para lidar com a situação. E estratégia pode ser ensinada, adquirida, PLANEJADA.
AGORA É SUA VEZ...
4. Sobre os RESULTADOS:
Crianças que traçaram estratégias e pensaram inconscientemente à longo prazo venceram o confronto contra o imediatismo foram as que melhor se sobressaíram na vida.
Desse modo, lembram-se de alguma passagem histórica, de algum acontecimento, de alguma ideologia, que provaram que a vida costuma recompensar os que possuem a capacidade de olhar além?
Produza um texto dissertativo-argumentativo sobre como o Brasil deveria montar estratégias para ter uma visão de longo prazo.


Modelos feitos pelos alunos do curso de Mara Rute 
Sobre equívocos, narcisos e imediatismo
     Caracterizada pela evidente degradação do “ser” em “ter”, a atual conjuntura da sociedade global, embasada no que é efêmero e aparente, acarreta na vida uma devastadora inversão de valores. Os indivíduos, influenciado pela vivência em meio a um mercado de consumo marcado pela competição, passaram a enxergar o outro como inimigo em potencial. Diante disso, entre relacionamentos superficiais, valores egocêntricos e atitudes egoístas, o altruísmo vai se desfalecendo e se tornando uma raridade no mundo contemporâneo.
     Para o sociólogo Bauman, em um mundo que se molda facilmente e se vive em constante transformação, os laços humanos estão cada vez mais frouxos e insólidos. De fato, a sociedade pós-moderna está cristalizada, indiferente e menos humana. Valores que outrora eram considerados essenciais, como o respeito e a consideração com o outro estão desfigurados, ao passo que o egoísmo, o individualismo e o egocentrismo começam a vigorar.
     Nesse sentido, os narcisos do mundo contemporâneo, priorizam a imagem própria e o enaltecer do “eu”. Somado a isso, o pensamento imediatista do mundo globalizado revela a que grau o altruísmo rebaixou-se. Assim, os indivíduos sentem-se no direito de ignorar e menosprezar o outro, deixando clara a necessidade de uma “harmonia sustentável”, na qual os seres humanos reduziriam a desigualdade e o egoísmo entre si.
     A partir disso, depreende-se o caráter egocêntrico e imediatista da sociedade contemporânea. Trata-se de uma sociedade cujos valores mais profundos como o respeito e o altruísmo, que tornam a vida realmente humana, têm sido esquecidos, abandonados e enterrados sob os escombros de uma “lógica moderna”, na qual prevalece o “eu”. Infelizmente, apenas a reeducação e o resgate desses importantes valores sinalizam como soluções coerentes nesse mundo insensato, caracterizado pelo acúmulo de equívocos, narcisos e imediatismo.

Só colhe quem planta
     Desde o século XIX, pensadores como Marx e Sarte apregoavam que o homem é determinado pelo meio. No ambiente capitalista, em que o mundo está inserido, torna-se cada vez mais difícil a superação do egoísmo nas relações e a prática da sustentabilidade com o planeta. Nessa perspectiva, vale a pena manter a esperança em construir uma sociedade mais altruísta?
     Parafraseando Zigmunt Bauman, a modernidade líquida é marcada pela fluidez dos relacionamentos. Partindo dessa máxima, o homem encontra-se num patamar de alienação porque imagina que tudo pode ser comprado. Esse imperialismo cultural condiciona a existência humana a um individualismo exacerbado. Consequentemente, falta uma harmonia sustentável que reduza a desigualdade e que não comprometa os recursos terrestres.
     A construção de um mundo mais humanista depende da mudança de atitude com os mecanismos que já possuímos. Analogamente, a mesma faca que mata pode servir para repartir um pão e saciar a fome de um grupo.  Nesse viés, deve ser feito um planejamento do ideal criado, juntamente com sua constante adaptação às incertezas do futuro. O importante é manter viva a chama da esperança de um lugar mais igualitário, pois como apregoa o estadista francês Victor Hugo: não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã.
     De acordo com a raposa de Saint-Exupéry, o ser humano precisa enxergar que a amizade é um tesouro que precisa ser cultivado. Dessa forma, o modo de salvar o mundo atual é focar no bem que não pode ser comprado: a fraternidade. Somado a isso, cuidar do ambiente em que vivemos é a fuga de uma escala destrutiva. Como resultado, os cidadãos podem ter um espaço para transformar essa ideia em um plano exequível.


Variação do tema:

 Como você enfrentaria os grandes desafios de nosso tempo, tendo em vista a construção do amanhã? 

Modelo:

Edificações sólidas.
Em nossa geração com apenas alguns clicks somos esmagados por uma avalanche de informações. Essa realidade nos torna cada vez mais imediatistas querendo resultados rápidos através de protestos vazios. Ademais, apenas permanecermos estupefatos diante dos problemas não ajudará a solucioná-los.
A corrupção permanece sendo um câncer de alta letalidade.  No Brasil, o dinheiro da compra de ambulâncias, de escolas e de obras públicas, por diversas vezes, foi desviado para contas particulares. A partir disso, buscamos exterminar essa enfermidade atacando todas as células da classe política, contudo, é imprescindível destruirmos apenas as cancerígenas, pois, são elas que estão deixando nosso país cada dia mais doente. E, 2013 e nos meses de 2014, várias pessoas fizeram marchas contra a corrupção. Mas, por não terem um alvo no qual acertar o protesto não conseguiu derrubar nenhum corrupto. E as “operações Lava – Jatos” e os “juízes Moros” aparecem apenas como uma pequena onda no universo de corrupção.
Outro grande desafio a ser enfrentado por nós brasileiros é a violência. Indignamos-nos com casos como o do garoto João Hélio, que ficou preso ao cinto de segurança e foi arrastado por cerca de 7 km, quando o carro de sua mãe foi roubado. Todavia, pouco fazemos para mitigar a desigualdade social que é a grande responsável por atuarmos, diariamente, num filme de guerra com doses elevadas de drama. Sabemos que o papel do Estado é fundamental para que as disparidades entre pobres e ricos minimize. No entanto, podemos auxiliá-lo através de atitudes filantrópicas e sendo mais seletos na escolha de nossos candidatos e exigindo que estes, posteriormente, cumpram as suas promessas.  
Devemos começar, logo, a lutar mais efetivamente contra as mazelas que afligem esta nação. Entretanto, acredito que resultados sólidos só são edificados através de efetivos planejamentos e da construção, sem interrupções, do projeto idealizado inicialmente.

Efeito Borboleta.
           
O amanhã começou a ser escrito na primeira hora deste dia. Devemos, portanto, começar o trabalho imediatamente, pois as nossas ações ou a falta delas, hoje, influenciarão o curso natural das coisas e, consequentemente, o dia de amanhã. O bater de asas de uma borboleta aqui, pode provocar um furacão do outro lado do mundo.
Os desafios do mundo pós-moderno são quase infinitos. É possível, porém, definir algumas prioridades, como a fome, por exemplo, para, assim, buscar soluções e, sobretudo ações que garantam de forma definitiva a superação dessa mazela social. Fazer o possível inicialmente, para mais tarde ter condição de fazer o necessário.
Na tentativa de minimizar o problema da fome, implantaram-se, no Brasil, planos econômicos de redistribuição de renda, verdadeiras “Bolsas esmola”, que dão a falsa impressão de que esse mal foi resolvido. Tais planos seriam interessantes se fossem provisórios e tivessem o intuito de alimentar a população carente até a efetivação de possíveis projetos de geração de emprego e renda. Mas provisório, aqui, é sinônimo de definitivo.
 É preciso, pois, iniciar ações sérias e que sejam realmente eficientes. Os desafios são muitos, mas se mantivermos um foco bem definido, obteremos bons resultados. Sendo assim, trabalharei hoje em função de um mundo melhor com a certeza de que minhas ações contribuirão de alguma forma para que meus filhos tenham um amanhã mais promissor.






Mara Rute