domingo, 27 de setembro de 2015

Redações Modelo Enem 2014 - Alunos do curso da Prof. Mara Rute

SIMBIOSE
É fato que os avanços da hodiernidade se tornaram alvos de constantes de setores da publicidade brasileira. Parindo de tal verdade, tem-se a implementação excessiva e abusiva de estratégias publicitárias com o intuito de convencer as crianças a se tornarem abjeto de alienação dentro do pensamento capitalista. Contrariando essa lógica, surge diante dessa intensa publicidade para com os detentores da primeira infância a luta por parte do Estado  e da  sociedade para tentar diminuir  os efeitos perversos  da publicidade infantil no Brasil.
Com o perpassar histórico, sempre foi inerente ao capitalismo usar de todas as possibilidades para alienar a população a comprar. Por esse viés, as crianças se tornaram um importante setor social de convencimento e para isso são usados os mais diversos meios publicitários para tal proposito. Nesse contexto, é incessante a enorme quantidade de propagandas televisivas, nas revistas infantil, na internet e, principalmente, nas praças de alimentação de shoppings, hoje principal reduto atrativo para esse público. Configurando dessa forma, novos protagonistas do futuro como simples instrumentos de subversão ao consumismo.
Em meio às conquistas sociais, são deflagradas constantes lutas por uma libertação plena de nossos infantes aos olhos da publicidade. Nessa égide, O Estado em consonância com a sociedade almeja inserir políticas de contenção à intensiva publicidade infantil no Brasil. diante desse cenário, a educação surge  como principal ferramenta simbiótica para uma reeducação de nossas  crianças, para que estas se tornem mais aptas a viverem no mundo atual. Pois, cuidar de nossas crianças é cuidar do futuro.
Para o sociólogo Milton Santos, nunca na história da humanidade houve condições técnicas, científicas e sociais tão pertinentes à construção de uma outra realidade para as crianças brasileiras. Nessa premissa, é preciso que medidas sejam tomadas para conter as ações da publicidade infantil no Brasil. Dessa forma, cabe ao Estado criar leis que regulamente tais publicidades e multas àquelas infratoras. É importante o papel da escola nessa luta com a inserção de conteúdos relativos ao papel alienador da publicidade. Somente assim, nossas crianças serão atores sociais responsáveis por construírem um futuro melhor, para si e para o Brasil.

1 – 160 V – 160 = 920 – Mário Aguiar

Pátria Amada Brasil
No limiar do século XXI, a sociedade contemporânea brasileira ainda não possui a plena cognoscibilidade dos efeitos da publicidade infantil divulgada através dos meios de comunicação. Seguindo essa perspectiva, apesar dos debates e decisões já tomadas em outros países, o Brasil não possui leis que delimitem as ações de empresas publicitárias direcionas às crianças.
Da Revolução Industrial aos atuais carteis capitalistas, a humanidade presenciou mudanças técnico científicas que a levaram a hodierna conjuntura político-social. Nesse cenário, o capitalismo atrelado à publicidade despertou em determinadas sociedades um ensinamento do livro O Pequeno príncipe: a disciplina tornará o mundo melhor. Sendo assim, de acordo com a OMS, países como Noruega e Reino Unido já se posicionaram com relação à propaganda direcionada para crianças.
Em contrapartida, a nação verde e amarela debate sobre o tema e não possui legislação específica. Seguindo esse viés, uma resolução, a qual crítica a publicidade infantil em território nacional, gerou controvérsias. Por um lado, setores da sociedade como pais e ativistas a apoiam, já outros como donos de empresas e diretores de industrias vinculados ao público infantil não a legitimam. Nesse contexto, a  não proteção da criança em relação às leis de mercado é um calcanhar de Aquiles para o pleno desenvolvimento da sociedade brasileira, retratando a realidade segundo o geógrafo Milton Santos: não como fábula, mas como ela realmente é.
Parafraseando o sociólogo Emile Durkheim, o indivíduo só poderá agir na medida em que conhecer o locus social no qual está inserido. Partindo dessa égide, faz-se necessário para solucionar tal problemática da publicidade infantil no Brasil que o governo, juntamente com a sociedade e especialistas na área intervenham criando leis e ensinando a criança a dinâmica de se viver em sociedade. Para atingir tais objetivos, é condição “sine qua non” a implementação de programas educacionais infantis, instrumentalizar os páis para educar a criança, mostrando-a o verdadeiro valor dos produtos e que o essencial é invisível aos olhos. Assim, o Brasil será efetivamente Mãe Gentil.

1-      160 – 960 – Marcos Santanna





Por uma conduta para a diferença
A publicidade direcionada a crianças representa uma questão multifacetada no contexto da modernidade. Isso ocorre porque a sociedade atual foi construída e moldada por ideais antagônicos que constituem uma problemática: a necessidade de manter os elos capitalistas e a obrigação de formar cidadãos que sejam conscientes para construir o mundo porvindouro.
A máxima de que a propaganda é a alma do negócio foi testada e comprovada por grande parte dos cidadãos. O problema é que essa conduta capitalista pode trazer problemas para o desenvolvimento social no que tange ao público infantil, já que esforços não têm sido poupados para convencer as crianças de que o prazer está necessariamente atrelado à compra. A intenção de persuadir um público que não tem a personalidade solidamente construída é sim abusiva ao disseminar e pregar o consumo compulsório. De fast-foods que atraem por conter brindes a brinquedos relacionados a tecnologias de alto custo, a publicidade apelativa influencia hábitos que, segundo a OMS, podem causar problemas de ordem alimentar e cognitiva nas crianças.
Nos tempos em que sustentabilidade é a palavra de ordem, incentivos que induzem sempre ao acúmulo de bens não duráveis, produtores de grandes quantidades de lixo, são prejudiciais tanto ao meio ambiente quanto às crianças. A extrema valorização do capital não permite que estas consigam discernir o que realmente existe por trás das divulgações que apregoam o consumo associado ao bem-estar. Portanto, a adoção de modelos de proibição da publicidade para as crianças, inspirados na Noruega e no Canadá, pode permitir que os pais decidam, com responsabilidade e prudência, o que é realmente necessário para os seus filhos.
Para o sociólogo Zygmunt Bauman a felicidade está à venda, mas só ocupa as embalagens. Nesse sentido, é preciso educar as crianças para que a realidade do futuro destoe desta constatação, tão prejudicial ao planeta e à saúde dos cidadãos, cada vez mais afetada pela adoção de maus hábitos alimentares e por estilos de vida sedentários, muitas vezes incentivados por propagandas que acompanham as pessoas desde a infância. Para tal mudança, é viável que o Conar controle com rigidez os abusos publicitários, de forma que seja regulamentada a proibição, para que este seja um paradigma esclarecido sob a luz constitucional. Além disso, é necessário que os pais fiscalizem o cumprimento dessa responsabilidade social, já que nem todos os pontos de um problema complexo passam pelo crivo dos legisladores. Dessa forma, as crianças poderão ser criadas para se tornarem a diferença e o exemplo como consumidoras de um futuro permeado de rupturas sociais, psicológicas e ambientais.
180 – C I  -  Camila Azevedo – 980
Desejos Orientados
Os fundamentos que regem a publicidade contemporânea servem também de base para a fluidez da economia, assim com as crianças de hoje são consideradas o futuro da humanidade. Diante disso, a integração das duas ideias, apesar de aparentar simplicidade, traz aspectos diversos. A proibição das propagandas infantis mostra consequências e ao mesmo tempo questionamentos direcionados à necessidade de tal extremo.
Existem hoje no Brasil economias voltadas para a publicidade infantil. O eminente veto de tal atividade coloca em risco não somente setores comerciais, como também bases do discernimento do que é ou não necessário à crianças. Relacionando a geografia e sociologia, um país de economia capitalista deve estabelecer medidas de consumo consciente para aqueles que são o futuro da sociedade, evitando assim, a existência de adultos impulsivos nos seguintes anos.
A necessidade do controle sobre as propagandas para o público infantil é notória. Partindo dessa máxima, surgem interrogativas sobre qual o melhor meio para o alcance do domínio da solução. No estudo do Direito é possível destacar que qualquer cidadão tem sua liberdade assegurada; mesmo se tratando de infantis, existe a abertura para conhecer e decidir entre querer ou não um produto da marca Estrela, ou um alimento da franquia Bob's. Cabe aos seus responsáveis o exercício de autoridade, decidindo o que fazer.
Parafraseando Milton Santos, nunca na história da humanidade houve condições técnicas e sociais tão favoráveis para aliar ideias complementares. Controlar a publicidade infantil se faz uma alternativa viável, desde que seja atrelada à instrução dos responsáveis, para que haja o devido controle do consumo infantil. O poder de compra de crianças não deve ser ditado em televisores; seus desejos devem ser orientados por seus mentores da forma devida.
180 – C V  -  980 - Tainá Nogueira




Cinthya Lima apresenta um olhar filosófico sobre o dia 11 de setembro



Os alunos de Itabuna e Salvador participaram de uma aula temática om a professora Cinthya Lima no dia 11 de setembro. Com as discussões envolvendo imigração e muitas questões que desembocam na emblemática queda das Torres no dia 11 de setembro a professora convidou os alunos a uma reflexão além do simples Bem X Mal, comum aos que veem as coisas apenas com o olhar da grande mídia.
Ela convidou os alunos a entender os acontecimentos que antecedem a queda e como o mundo hoje ainda vivencia as consequências dessa catástrofe. Também reservou um espaço da aula para que os alunos falassem sobre como esse fato histórico está ligado a muitos outros.
Com um ideal de formação cidadã a professora Mara Rute considerou esse momento como muito importante na formação dos seus alunos que “além de escrever redação precisam ter um posicionamento crítico para serem, de fato, cidadãos atuantes no mundo”.
Para ela a presença da professora Cinthya e das discussões temáticas pelo olhar da filosofia e sociologia é imprescindível a quem deseja uma formação sólida para uma escrita coerente.