quinta-feira, 30 de maio de 2013

Redação de Anistia de Orlando Júnior

O tema Anistia aparece como vedete num Brasil que deseja garantir plenas cidadanias. Nesse sentido treinar temas de redação e ler sobre a Comissão da Verdade  Ditadura Militar se fazem importantes. 
Apreciem o texto de Orlando e reflita em algumas charges aqui...





Simplesmente justiça
Dos Tribunais da Inquisição, passando pelas ditaduras militares até os prisioneiros de Guantánamo, a humanidade consolidou seu curso histórico entre torturas de muitos e glórias para poucos. [MRL1] Tendo em vista tal égide, a sociedade capitalista construiu sua estrutura com base na relativização do certo e do errado segundo os interesses dos indivíduos que detém o poder político ou econômico. Diante dessa conjuntura, o Brasil apresenta-se como uma metonímia na qual os cidadãos não compreendem os próprios direitos e deveres essenciais.
Para James Froude, o homem é a única criatura para quem a tortura e a morte, dos seus semelhantes, são divertidas por si. Partindo desse pressuposto, os torturadores perpassam toda a história, inclusive, na pós-modernidade, modificando, apenas, o tempo histórico-social em que se localizam e a forma de se torturar. Logo, das supostas bruxas queimadas vivas nas fogueiras da Idade Média a mais de sete milhões de mulheres brasileiras, segundo projeções da OMS no Brasil, violentadas e agredidas dentro dos seus lares em 2011, as violações aos direitos humanos básicos converteram-se em um meio de imposição e consolidação de domínio sobre o outro.
Diante dessa realidade, a sociedade capitalista propulsionou a disseminação do relativismo de valores visando privilegiar um seleto grupo que mantenedores do poder em suas mãos. Desse modo, dos militares, durante a ditadura militar no Brasil, que torturaram para obter informações dos cidadãos que apenas lutavam pela democracia ou Hitler que promoveu o holocausto, pois visava purificar a população alemã, são práticas que encontraram justificativas e apoio de indivíduos dentro de sua configuração social, cultural e histórica. Além disso, tais acontecimentos inspiram a inversão de valores na contemporaneidade observada desde o surgimento de grupos de skinheads até a criação de leis como a da Anistia, que inocentam também os agressores.
Para além disso, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em consonância com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, já delimitava que nenhum homem deve ser molestado pelas suas opiniões. Em contrapartida, os torturadores ignoram tal premissa e se perpetuam propulsionados por uma sociedade pós-industrial movida pela fusão do certo e do errado. Sendo assim, torna-se essencial a formação de um Estado, que cumprindo com seu caráter abarcativo, seja capaz de aplicar leis claras, simples e baseadas nos parâmetros éticos das verdadeiras vítimas, dessa forma, será feita justiça para com a geração torturada.


 [MRL1]Perfeito!!!!