quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A prova da UESC é uma vergonha?



Antes de mais nada queria que vocês refletissem sobre esse poema:
A caminho com Maiakovski
(Bertolt Brecht)
Na primeira noite, eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim: não dizemos nada.
Na segunda, já não se escondem. Pisam as flores, matam o nosso cão e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

A prova produzida pela AOCP  é o arrancar da voz de nossa garganta. Quero saber se vocês ficarão mudos.
Tudo começou quando a prova da UESC do ano passado  trazia explicitamente um erro na questão aberta. Eu fui,  no dia seguinte,  à revisão de véspera e conversei com vocês. Entrei com recurso e pasmem: Nenhum de vocês se importaram:
Depois  saiu no Estado de São Paulo sobre outra questão:
E o que aconteceu? Nada.
Então veio o calendário falta de respeito 2011:
Enem assumido como alternativa em cima da hora. Quem foi lá na reunião do Consepe? Eu e Dorival Filho. Eu falei, mas quantos alunos estavam lá? Os universitários brigando para garantir suas refeições. Vocês não foram lá brigar por suas vagas.
Enem nacional é uma piada – Prova que vaza, correção questionada. E não houve nenhuma. Nenhuma paralização de nossa parte.
Uesc muda empresa com menos de 60 dias para processo sem anúncio ou explicação oficial -  O que fizemos a respeito? Nada. Afinal ela pode. É licitação não é mesmo?
Se ela pode então recebam : Uma prova de literatura que explicitamente desrespeita a proposta de leitura da universidade. Questões abertas que me permitam – nem preciso pedir permissão. Alguém aqui dúvida de minha competência? 100 mil acessos de leitores, 3 mil alunos e o que?  E a metade da UESC formada por alunos meus?  - Uma vergonha.
E prova de história? E a prova de física?
A questão é: Você têm 24 horas para entrarem com recursos. Farão? Ou vão comentar e curtir no face numa revolta virtual.
Não sei.
Mas precisava dizer que a minha parte é feita. Mas não sou eu quem desisto da luta. Só não acredito em revolução de uma só bandeira. O que vocês quiserem eu quero.