segunda-feira, 11 de junho de 2012

Texto sobre Justiça de Thalita Guimarães,Tássio Martins e Thainá Caló

Thalita Guimarães
                             

Injustiça nossa de cada dia
         
            Mesmo na pós-modernidade, a justiça brasileira ainda apresenta traços do seu colonizador ibérico. Em uma sociedade construída sobre desigualdades, “a injustiça é cega e a justiça enxerga bem, mas só quando convém”. Mesmo com as mudanças adotadas por governantes nas últimas décadas, nem todas crianças carentes são enxergadas e protegidas pelo Estado.
            A incapacidade de adaptar-se as necessidades existentes da estrutura governamental brasileira venda os olhos da justiça. Baseada na cultura da personalidade, a relações são formadas a partir de privilégios e status. Essa postura parcial é um obstáculo para o exercício da equidade. Grupos com menor projeção social não são assistidos nas suas necessidades. O Estado não proporciona a todas as crianças o direito de estudar, ter lazer e acesso saúde, por exemplo. Muitas iniciam precocemente no mundo das drogas, deixam de frequentar a escola e cometem pequenos delitos como tentativa de transformar a sua realidade.
            Porém, os últimos governos têm dado mais ênfase aos pobres e crianças carentes. Programas de inclusão e auxílio financeiro para famílias que preenche alguns requisitos de cuidado com suas crianças são mecanismos de proteção adotados. Mesmo assim, de acordo com o último censo, cerca de vinte e cinco mil crianças vivem espalhadas nas ruas brasileiras. A justiça precisa tirar a venda da indiferença para cuidar dos seus pequeninos. O Estatuto da Criança e do Adolescente teve ser cumprido em sua totalidade e as autoridades devem se posicionar de forma a garantir isso.
            Sendo assim, devemos recusar categoricamente ao destino que nosso passado nos impõe. A população deve cobrar uma postura ativa de seus líderes. Os estadistas devêm cumprir as suas responsabilidades como mediadores para que as desigualdades sejam atenuadas. Assim, poderemos fazer do Brasil outra nação. E até transformá-lo  em uma mãe gentil.

Tássio Martins
       As relações sociais no Brasil sempre foram marcadas pela desigualdade, e na esfera jurídica não é diferente. Embora os privilégios concebidos a figuras influentes não seja novidade, o abismo existente no tratamento de ricos e pobres perante a lei traduz na pratica o que na teoria é inadmissível.
       Das propinas na presidência de Collor ao caso Cachoeira do recém iniciado governo Dilma, o Brasil presenciou inúmeros casos de corrupção atribuídos a políticos e grandes empresários, tendo na grande maioria das vezes, um tratamento privilegiado e sua gravidade ignorada pelo poder judiciário no intuito de dar um respaldo maior aos seus influentes autores. Por conta disso, a justiça está longe de cumprir sua verdadeira função social e tratar de forma igualitária, um direito constitucional. O cidadão brasileiro é o maior prejudicado com as constantes falhas do judiciário enquanto instituição.
        Além disso, é nítida a segregação que existe nos casos derivados de diferentes classes sociais. A excessiva demora nas decisões e na posterior efetiva aplicação, constitui a principal indignação do povo com a justiça. E a busca pelo justo equilíbrio entre a autoridade do poder e a liberdade do cidadão proposta por Montesquieu na divisão dos três poderes não parece, na prática, ter sua essência respeitada porque o Brasil,a cada governo que passa, presencia cada vez mais abusos de autoridade e o desrespeito ao cidadão. Neste país, rico só vai preso se não pagar pensão.
        Não existem duvidas sobre a ineficácia do poder judiciário brasileiro. Portanto, para se esperar da justiça eficiência e rapidez é preciso, primeiro, uma reformulação e posterior fiscalização dos três poderes, porque a culpa não é só do judiciário, passa também pelo legislativo e executivo.




Thainá Caló 

Cirurgia de Catarata
                        
A justiça é representada simbolicamente por uma estátua de mulher de olhos vendados, segurando numa das mãos a balança pesando o direito que cabe a cada um e, na outra, a espada simbolizando os valores daquilo que é justo. A venda nos olhos, símbolo da imparcialidade, tem se tornado algo questionável, pois, a justiça não está se mantendo imparcial, tendendo na maioria das vezes, a acatar os desejos de uma elite mais poderosa. Esse quadro torna-se mais grave quando o Judiciário passou a frequentar as páginas policiais pelos muitos casos de desonestidade de funcionários e juízes.
A justiça tornou-se desmoralizada, servindo apenas a uma pequena e privilegiada parcela da população para assegurar privilégios e impunidades, o que não ajuda a construir um Estado de direito onde cada indivíduo possua deveres e direitos iguais. Essa imparcialidade é vista em dois casos: Lindemberg Alves que matou sua ex-namorada Eloá Pimentel e Pimentel Neves que também matou sua ex-namorada. Lindemberg um pobre rapaz da periferia levou 78 anos de prisão enquanto que Pimenta Neves, um rico jornalista, foi condenado a 19 anos, sendo que os dois cometeram o mesmo crime.
Denúncias de irregularidades na distribuição de processos no TJ do Rio, para favorecer determinadas e poderosas partes processuais, colocam a Justiça na berlinda. Há desembargadores e funcionários suspeitos de envolvimento em esquemas fraudulentos. O Tribunal promete apurar com rigor, e já está na hora dos profissionais de bem do Poder Judiciário – a maioria, certamente - tomarem a si a tarefa de moralização da instituição.
A justiça real deveria ser com os olhos bem abertos preferindo o diálogo e a mediação, ao invés da força representada pela espada, e que ouça todos aqueles que têm a obrigação de proteger. Não uma justiça que escolhe quem atende, que interesses protege e que direitos garante. Essa igualdade deveria vir em todos os setores da sociedade, que está cega de seus direitos.




Redação Análise de Imagem - Brasil : esporte e eleição por Talles Tauan


Talles Thauan Leite Souza

Seguindo na produção de  redações com base em imagem os alunos do curso da professora Mara Rute produziram uma redação com reflexões sobre o esporte e a política no Brasil. Apreciem o texto do aluno Talles Tauan. 



Camisa 10 - confirma

            Nenhum outro esporte mobiliza tanto o brasileiro quanto o futebol. O envolvimento emocional que o povo  tem com esse esporte é tão profundo, que mesmo em tempos difíceis, como o da ditadura, a alegria dos gols amenizava a dor da tortura. Em 2014, além de lotar os estádios para prestigiar a seleção, os brasileiros devem ir às urnas para exercer sua cidadania. Só não pode votar no artilheiro e torcer pelo político.
            “Noventa milhões em ação. Pra frente Brasil. Salve a seleção!”. Este foi o hino que embalou a campanha da seleção brasileira, tri-campeã da Copa de 70. Com versos que exaltavam um Brasil grande e forte, que seguiria unido rumo o desenvolvimento e a modernização, a ditadura fazia campanha publicitária usando a paixão nacional, o futebol, para fazer propaganda política. Enquanto o Brasil era hipnotizado pelas imagens da seleção no México, os meios de comunicação sofriam forte censura, presos políticos eram torturados, mortos, exilados ou simplesmente desapareciam.
                É evidente que a Copa do Mundo é mais que um evento esportivo para os brasileiros, o futebol faz parte de nossa identidade e a copa é o momento em que afirmamos nossa brasilidade. De certa forma é inexplicável como um esporte pode mexer tanto com uma nação, mas independente disso em 2014, ano de copa e de eleições no país do futebol, o brasileiro deve escolher com cautela seus representantes. É preciso separar a festa da política, sendo um torcedor apaixonado dentro do estádio e um cidadão consciente na urna.
            Em tempos tão difíceis, como os dos “anos de chumbo”, o futebol foi o meio usado pelos ditadores para desviar o olhar das pessoas da violenta repressão para a alegre e campeã seleção brasileira. Em 2014 a festa do futebol será aqui no Brasil, a seleção treinou durante 4 anos para se apresentar, e o cidadão, será que ele aprendeu em 4 anos em quem deve votar?

Redação com base em Imagem

Cada vez mais processos seletivos estão produzindo textos com base em imagens. 
Você já treinou? 
Veja essa redação com base nessa imagem produzida por Jéssika e aprenda com ela. 



Nome: Jessica Ferreira Morais


Os dois lados da moeda

            A demanda cada vez maior de recursos por uma população crescente está causando uma enorme pressão sobre a biodiversidade do planeta. Em tempos de exploração, produção e consumo, a fauna e a flora ficam reféns do desenvolvimentismo, e dessa forma, ajustar a visão ecológica com tal política, torna-se um desafio para o presente e para o futuro.
            .A humanidade vive hoje com padrões de consumo muito acima do que a capacidade do planeta permite. De acordo com a publicação do documento Avaliação Ecossistêmica do Milênio, solicitado pela Organização das Nações Unidas (ONU), caso seja mantido o ritmo atual de devastação ambiental, dentro de algumas décadas, o planeta não conseguirá fornecer os recursos naturais em quantidade suficiente à crescente população humana. Dessa forma, com a exploração de solos, mares e rios num ritmo tão acelerado, a natureza não tem tempo de se recompor, pois consumir mais implica produzir mais e, por consequência, explorar mais recursos naturais.
Por conta disso, líderes políticos, biólogos e ambientalistas utilizam o conceito de biodiversidade para discutir os rumos do desenvolvimento nas próximas décadas. Diante da complexidade dos processos que ocorrem na natureza, é perceptível que o desequilíbrio de algum componente acaba afetando a sobrevivência do todo. Os desastres naturais são a maior prova disso. Assim, no momento em que o sistema econômico criado pelo ser humano não é mais compatível com o sistema ecológico que a natureza oferece, existe a necessidade de uma nova adaptação das relações entre ambos. Esse desafio acaba levando o desenvolvimento a ser sustentável, ou seja, deve incluir a manutenção de recursos naturais e o bem-estar de cada cidadão.
O mundo é formado não apenas pelo que já existe, mas pelo que pode efetivamente existir. Portanto, com um olho na sobrevivência do futuro e outro na lucratividade do presente, o ser humano precisa entender os princípios de funcionamento da natureza para usá-la a favor da humanidade, buscando a sustentabilidade no uso dos recursos naturais. Preservar ou não é uma questão de escolha.



Salvação ou morte
Por Stephanie dos Anjos
      Com o advento do descobrimento, no século XV, o Brasil foi consagrado pela exuberância da sua fauna e flora. No entanto, a colonização portuguesa e o próprio crescimento e urbanização devastaram grande parte do território brasileiro, ameaçando sua rica biodiversidade. Hoje, momento em que o desmatamento encontra-se na forma mais crítica, preservar é uma escolha feita por poucos.
       A sociedade pós-moderna é marcada pelo individualismo exacerbado. Dessa forma, a importância de preservar as espécies animais e vegetais que restaram, se perde em meio ao egocentrismo da maioria da população, preocupada apenas em suprir seus próprios interesses. Independentemente de aumentar o lixo e a poluição, o ritmo do consumo está cada vez mais frenético, trazendo sérias consequências para o meio ambiente. Então, percebe-se que mesmo podendo contribuir para a salvação, a sociedade opta pela superexploração e subsequente destruição da natureza, ou seja, torna-se a principal vilã da sua fonte de sobrevivência.
       Em contrapartida, há uma minoria que visa ao máximo reduzir os efeitos maléficos sobre o meio ambiente. Nessa tentativa, intenciona-se conservar para as gerações futuras ao menos a riqueza da diversidade que sobreviveu aos diversos ataques antrópicos. A ONG WWF é um grande exemplo de comprometimento com a preservação ambiental dentro do contexto social e econômico brasileiro. Mas, além de medidas globais, são necessárias ações simplórias, que podem ser feitas por qualquer indivíduo, como a separação do lixo caseiro, destinado à reciclagem.
       O meio ambiente configura-se como o mais importante patrimônio nacional; a escolha de preservá-lo cabe à sociedade por inteiro. É impossível mudar o passado, mas o futuro pode ser escrito com linhas completamente diferentes das atuais.



Música no Enem


Com a ideia cada vez mais crescente de colocar músicas no vestibular, vamos treinar por aqui sempre algumas questões. Que tal começar com Marisa Monte? 


Leia a canção eternizada por Marisa Monte em seguida responda ao questionamento proposto:
A Dança da Solidão
Solidão é lava/ Que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo...
Solidão, palavra / Cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão...

Desilusão, desilusão / Danço eu, dança você / Na dança da solidão

Camélia ficou viúva, / Joana se apaixonou,
Maria tentou a morte / Por causa do seu amor...
Meu pai sempre me dizia: / Meu filho tome cuidado,
Quando eu penso no futuro, / Não esqueço o meu passado

Desilusão, desilusão / Danço eu, dança você / Na dança da solidão

Quando vem a madrugada / Meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola / Contemplando a lua cheia...
Apesar de tudo existe/ Uma fonte de água pura
Quem beber daquela água / Não terá mais amargura
( Paulinho da Viola)

 Sobre a canção “ A dança da solidão”, é correto afirmar:
a) Indica que a desilusão é desencadeada pela tomada de consciência da degeneração física que acomete o sujeito lírico.
b)  Remete à autocondenação recorrente do sujeito lírico pelos atos por ele cometidos equivocadamente no passado.

c) Demonstra que o sofrimento provocado pela solidão adquire outro significado quando assumido como fonte de inspiração.

d) Indica que o sujeito lírico é incapaz de superar a amargura e a solidão.

e) Revela o esforço de abordar a amargura a partir do ordenamento temporal das experiências do sujeito lírico.




























Gabarito? C