sexta-feira, 18 de abril de 2014

O significado da Páscoa - PESSACH

Neste final de semana comoraremos a Páscoa, mas o que ela realmente significa? Qual é o seu sentido? Onde nasceu essa festa?
É costume que datas especiais percam seu sentido original no mundo capitalista onde tudo é motivo de consumo. Por isso, nós cristãos não podemos nos esquecer de que os ovos de páscoa que ocupam todos os supermercados, não são o símbolo máximo do que devemos mesmo comemorar. Sobretudo porque essa comemoração foi ordenada por Deus:

“Conserveis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra a Adonai: fareis isto de geração em geração, pois é instituição perpétua”. Ex.12:14

Os festejos nasceram para comorar a passagem (Pessach - páscoa) do povo de Israel da condição de escravo para liberto. Foram os primeiros passos para alcançar a terra prometida. Uma prova de que Deus não os abandonou.
 Comemoremos. É Páscoa!!!!

Lembrar-se disso é saber que existe um Deus que cuida do seu povo. A festa é perpetuada e ampliada porque marca também – já na Era Moderna Cristã, a Ressurreição de Cristo – não mais é preciso um profeta, Deus nos deu um cordeiro que foi morto, mas ressuscitado.


Por isso, no dia 18 não se esqueça de comer pão e vinho (pode ser suco de uva) para lembrar-se da dor daquele que se fez carne por nós amar. Coma ovos de páscoa, mas lembre-se que o verdadeiro símbolo é a Cruz de Cristo. E, de presente, compre uma vela - símbolo muito mais importante do que os ovos. Ela é a prova de que “Cristo é a luz dos povos” e os nomes Alfa e Ômega devem ser gravados nela são para que você não se esqueça que “ Deus é o Princípio e o fim de Tudo.”

Feliz Páscoa!

Equipe Eu Quero Passar

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Redação Bahiana 2014. 1 - Aprendendo com Lucas Marciel

Não sabemos se esse ano a Bahiana vai voltar aos seus fantásticos temas voltados para a Medicina. Se for....
Aprendam com Lucas Marciel 

                                                        Do envelhecer a eterna novidade
      Recentemente, um amigo, ao qual tenho bastante estima, formou-se em medicina e convidou-me para sua formatura . Conversamos sobre os desafios da velhice e da infância no século XXI. No decorrer da conversa, lembramos de Hipócrates e de sua medicina humanista em que muitas foram as transformações que convergiram para a construção da medicina pós-moderna.
      Falei para este tal amigo que a Organização Mundial da Saúde recomenda investimentos na ordem de 7% do PIB, mas, no Brasil, não passam de 3% a 4% do PIB. Frente a essa situação, a medicina, através de seus aparatos de acesso, precisa de reformulações e adequações a realidade atual, desse modo, dos planos de saúde aos hospitais torna-se essencial uma melhoria e ampliação dos serviços a serem ofertados a terceira idade. Assim sendo, tal reformulação impõem desafios não somente a medicina, mas também abarca o envolvimento do Estado, do setor privado e da sociedade. 
      Por outro lado, Paulo Freire ensina que devemos olhar para as crianças como produtoras e transformadoras da sociedade . Diante dessa verdade, os direitos da saúde e da cidadania das crianças já assegurados nas Convenções das Nações Unidas(ONU) e nas Metas do Milênio e ratificado pelo Brasil, permanece como uma marca importante para medicina contemporânea. Convém lembrar, que a médica Zilda Arns  apregoava que nunca em toda a história assistimos a possibilidade da construção de uma saúde possível para as crianças, como agora. Porém, não se pode esquecer que muitos vezes ela é enclausurada por atitudes arbitrárias.

       Ao meu amigo, falei que somos fisicamente um corpo, mas, psicologicamente uma memória . Logo, conhecer o curso histórico da medicina nos faz entender a situação médica presente e em qual direção devemos caminhar em busca de novos progressos. Portanto, mesmo sabendo que não dá para mudar o começo, através de melhorias no presente teremos um envelhecer seguro e preservaremos a eterna novidade.

A melhor redação da Mulher para 2014

Tema Mulher:


                               Ensaio sobre o olhar
   A dicotomia de valores presentes na sociedade constrói e desconstrói olhares. Nesse sentido, por conta das significativas mudanças no panorama mundial, os posicionamentos sociais de homens e mulheres também sofreram alterações. Desse modo, o constante movimento do universo, foi condição “sine qua non” na reconfiguração de paradigmas progressivamente construídos e na expansão dos horizontes femininos, muito embora os desafios e as incertezas persistam neste século.
  Na busca por melhorias partilhadas de futuro, as mulheres possibilitaram a criação de inferências que co-evoluissem com a garantia do seu bem-estar social. Nessa perspectiva, de Joana D’arcs à Anne Franks, foi possível, através da memória como progenitora social, conhecer o passado histórico de muitas dessas herdeiras de Eva que caminharam a passos largos para garantir que o futuro com uma humanidade mais igualitária fosse possível.
   Contrariando essa lógica, países do Oriente Médio, ainda hoje, convivem em um Estado de Exceção para com os direitos das mulheres, a saber, que estas, são muitas vezes, tidas como objetos sexuais e banidas da condição de cidadãs - acontecimentos estes legitimados sem nenhuma crise de consciência por parte dos que ainda promovem fogueiras santas no limiar do século XXI. Para além disso, as mulheres, mesmo diante de relações assimétricas de poder, conseguiram desconstruir os arquétipos de tarefas tradicionais incorporadas a elas, e hoje estão inseridas em um novo padrão social, no qual, alcançaram ascensão e independência financeira.
   Para o filósofo Immanuel Kant, a humanidade saiu da menoridade rumo ao esclarecimento racional que permitiu a realização de todas as suas conquistas. Pautado nessa verdade, as mulheres, promovendo rupturas com o passado, pavimentou os caminhos para um futuro clarividente. No entanto, ainda faz-se necessário lutas por direito a igualdade e o respeito às diferenças, na tentativa da desconstrução de estereótipos de gênero que insistem em persistir.


quinta-feira, 10 de abril de 2014

Redação UVV 2014.1 - Curso de Mara Rute

A Lista saiu e Temos dez alunos na segunda fase da UVV!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Maravilhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Então....Vamos para os detalhes:
Na UVV caem sempre dois temas: Um é de atualidades e o outro é relacionado a medicina. 
Na verdade o desafio da prova é escrever em 20 linhas, coisa que os alunos não estão acostumados. 
Mais um desafio:
 Pelo menos até agora, eles não dão um tema. Propõem apenas um texto e você, a partir da leitura dele, escreve uma dissertação. Esse é um grande desafio. Não viajar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
 Segredo:
Funciona... só ano passado aprovamos três lá!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Grife frases chaves e monte o esquema do texto com base nele.
Claro né....o barema foi feito assim.....
o ideal é acertar o barema.....
Segue duas propostas:
 Lembre-se: Não estou dizendo que essas não vão cair, mas é um excelente treinamento para os alunos aprenderem a usar temas atuais.
Esses temas são pegadinhas. Usados para os alunos escreverem usando fontes como "a revista veja"..."segundo o jornal nacional"....fuja...............................
Abaixo está redações modelo Pitágoras que também são escritas em 20 linhas para tirar dúvidas estruturais. 
Cuidado com a escolha do tema de Medicina para não escrever uma redação senso comum. Aqui no blog você tem várias redações modelo Bahiana para servirem de referência. Aproveitem!!!!
 No Mais......
Tenha fé. Ela é o firme fundamento da vitória. 
Estarei pedindo a Deus por vocês. E, por Thiago Reis que foi quem compartilhou esse conhecimento. 

TEMA PUC: Espionagem internacional e controle da internet

Nos últimos meses, informações revelaram que os americanos grampeiam os telefones e a internet de embaixadas de vários países e que vigiam e-mails de milhões de pessoas ao redor do mundo. Uma reportagem no programa Fantástico, da Rede Globo, deu indícios de que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) também espionou as comunicações da presidente Dilma Roussef e as mensagens de celular do presidente mexicano Enrique Peña Nieto.
Revista Veja, 11/09/2013

Considerando os fatos recentemente noticiados, relacionados à espionagem internacional, bem como a reação das nações envolvidas – Brasil, México, Alemanha, entre outras – apresente o seu ponto de vista sobre o seguinte dilema:
Você é favorável à criação de uma organização mundial capaz de controlar a internet, ou pensa que a rede não pode ser submetida a qualquer tipo de censura ou de controle dos governos?
Analise as implicações do problema e fundamente o seu posicionamento com dados da realidade que julgar relevantes para a argumentação.




A questão de uma prova, aplicada por um professor de filosofia a estudantes do ensino médio da rede pública do Distrito Federal, está rodando as redes sociais e causando polêmica por citar a funkeira Valesca Popozuda como “grande pensadora contemporânea” no enunciado. A questão pede que os alunos escolham a opção que completa trecho de uma música de Valesca

Uma foto do trecho da prova foi reproduzida no Facebook e houve críticas e discussões sobre o uso do funk na avaliação e sobre a classificação da cantora como “grande pensadora”. 

O professor de filosofia do Centro de Ensino Médio 03 de Taguatinga, Antônio Kubitschek, que elaborou a prova, afirma que a atitude não teve a intenção de provocar discussões sobre métodos educacionais, foi sim um teste para verificar a atuação da imprensa e se ela dá destaque às atividades escolares em momentos positivos ou negativos. 

— Tivemos um debate em sala de aula sobre a formação moral, a formação dos alunos, e veio a discussão de como a imprensa participa desses novos valores que vão surgindo. Isso gerou polêmica, e resolvi testar. Há 15 dias tivemos uma exposição fotográfica com fotos tiradas pelos alunos, e a imprensa não veio participar. Resolvi então colocar na minha prova uma questão que gerasse polêmica e chegasse na rede social, que aí, em algum momento, um órgão da imprensa iria pegar —, relata. 

Para o professor, a grande repercussão que o assunto adquiriu demonstra que a imprensa está mais interessada em dar destaque a questões sensacionalistas. 

E Você o que acha? 

Escreva um texto dissertativo de aproximadamente 20 linhas manifestando sua opinião a respeito. 

Proposta Bahiana 2014 - Curso da Prof. Mara Rute

Texto 01
“O meu olhar é nítido como um girassol/Tenho
o costume de andar pelas estradas/Olhando
para a direita e para a esquerda/
E de vez em quando para trás...
E o que vejo a cada momento/
É aquilo que nunca antes eu tinha visto.../
Sinto-me nascido a cada momento para a
eterna novidade do mundo.”
Fernando Pessoa
Texto 02
“SÓ VIVEMOS uns setenta anos, e os mais fortes chegam aos oitenta, mas esses anos só trazem canseira e aflições. A vida passa logo, e nós desaparecemos.” (Salmo 90:10).
Esse cântico de três mil anos confirma que a idade avançada é um desafio muito antigo. Apesar de notáveis avanços na medicina, alguns aspectos dessa fase da vida ainda são uma conquista a ser alcançada na contemporaneidade.
Texto 03
Paulo Freire escreveu: “inacabado, sei que posso ir mais além.
A construção de minha presença no mundo tem muito a ver comigo mesmo.” É fundamental, portanto, olharmos para as crianças como produtoras e transmissoras de culturas que devem ser identificadas, potencializadas e preservadas, ou seja, precisamos olhar e conhecer as crianças com base no olhar que elas próprias têm sobre si e o mundo; conhecer as infâncias pelas vozes das crianças! Com isso, todos nós, crianças e adultos, contribuiremos para essa “eterna novidade do mundo”.
http://www.educacional.com.br/revista/0609/pdf/ponto_de_vista_1.pdf
Escreva um artigo de opinião para expressar-se sobre a necessidade de uma medicina para a infância e a melhor idade.


Muitos alunos, nesse tema, revelaram sua pouca habilidade com gêneros textuais variados. Para quem teve dificuldades técnicas aconselho a releitura da apostila elaborada e comentada por Mara. Aqui dois textos de colegas para servirem de referência:

Artigo 1

Li recentemente em um artigo da Folha de São Paulo que o século XXI traz consigo a tônica do rápido e expressivo envelhecimento dos países emergentes. Tal fato é acompanhado pela falta de infraestrutura, principalmente no âmbito da saúde. Será que tais problemas se restringem à melhor idade?
Você deve pensar que a velhice requer mais cuidados, todavia um envelhecimento saudável começa com uma infância vivida e assistida de forma plena. Indo um pouco adiante, cada fase da vida representa um forçoso e, por vezes, penoso aprendizado. No início a criança passa por mudanças que vão do falar ao caminhar.  Tantos desafios, se acompanhados por profissionais que respaldem seu crescimento, garantirão um desenvolvimento mais saudável.
Ao que tudo indica, respeitando os traços próprios de cada pessoa e de cada história, a entrada progressiva para a velhice se apresenta como extremamente desafiante. Isso porque enquanto na infância tudo aponta para um futuro cheio de sonhos, a velhice aponta para um presente onde o futuro se torna cada vez mais próximo e os sonhos cada vez menos fascinantes. Diante disso, um acompanhamento de um geriatra que consiga apreender tamanha angústia frente ao envelhecimento se faz essencial para que tal período se torne, de fato, a melhor idade.
Estas constatações ensejam conclusões de que o envelhecimento e o nascimento são evoluções sociais, entretanto estas não pode acontecer de forma desordenada. Faz-se necessário o acompanhamento de médicos e outros profissionais da saúde acompanhando o indivíduo durante todas as suas etapas para dar mais vida aos seus anos, ao invés de, simplesmente, dar mais anos a sua vida.




Artigo 2
Foi pensando na minha saúde de quando nasci e comparando a mesma com a saúde de hoje em dia, 85 anos depois, que cheguei à conclusão de que uma medicina de qualidade deve ser aquela que consegue manter os padrões de saúde infantil para os anciões de nossa espécie. Mas compreendo a odisseia até um objetivo como esse, em busca do ‘’ sonho da imortalidade’’, e enquanto espero essa penicilina da longevidade, prático o pensamento de Fernando Pessoa, de que “sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo”.
Durante esse século li muito que as populações de países desenvolvidos e emergentes estão tornando-se cada vez mais “velhos”. Tal denominação vem de baixos índices de natalidade acompanhado de altos índices de longevidade, mostrando assim que a expectativa de vida segue uma linha crescente no decorrer do tempo.  E, umas das razões desse aumento da expectativa de vida é o avanço da medicina em todo o mundo, trazendo consigo medicamentos menos invasivos, tratamentos mais afetivos, e um vasto conhecimento sobre as propriedades biológicas dos alimentos.
 Mas ainda falta muito para uma melhor assistência àqueles que iniciam a linha da vida – as crianças, e principalmente aos que na vida trilharam muitos passos – os idososIsso porque vivemos numa realidade em que 1 a cada 25.000 jovens de 0-14 anos são diagnosticadas pela leucemia; e, também, doenças como o mal de Alzheimer são encontradas em mais de 60% da população com mais de 90 anos, confirmando, assim, as palavras do salmista Davi de que só vivemos uns setenta anos, e os mais fortes chegam aos oitenta, mas esses anos só trazem canseira e aflições. 
Por fim lembrei-me do sábio escritor Eduardo Galeano quando defende que por mais que não possamos adivinhar o futuro que virá, podemos imaginar como o queremos. E sabendo quão árdua é a busca pela não apenas longevidade, mas pela longevidade saudável, cabe a todos nós a esperarmos e sonharmos pelos avanços da medicina capazes de fazer nascer bem e viver plenamente. Mas diga-se de passagem, essa corre na velocidade da luz.


terça-feira, 8 de abril de 2014

Roberto da Matta e Sérgio Buarque de Holanda na Redação de Identidade - Essa nem Mara Rute conseguiu fazer!

Parabéns Paolla. Ficou Perfeita!!!!




Ensaio sobre identidade brasileira
Tanto os homens como as sociedades se definem por seus estilos e modos de fazer as coisas. Pautando-se nessa condição, é preciso estabelecer uma distinção entre um “brasil” escrito com letra minúscula e o Brasil que designa um povo, uma nação, um conjunto de valores, escolhas e ideais de vida.
            O “brasil” com o b minúsculo não tem condição de se reproduzir como sistema; como, aliás, queriam alguns teóricos sociais do século XIX, que viam na terra – um pedaço perdido de Portugal e da Europa – um conjunto de raças que estariam fadadas à degenerarão e à morte. Mas o Brasil com B maiúsculo é algo muito mais complexo. É país, cultura, local geográfico, fronteira e território reconhecidos internacionalmente e também consciência de um lugar com o qual se tem uma ligação especial, única e totalmente sagrada.
Tudo isso nos leva a descobrir que existem dois modos básicos de construir a identidade brasileira. Num deles, usa-se dados precisos: as estatísticas econômicas e educacionais, os dados do PIB, os números da renda per capita e da inflação, apenas para constatar que o Brasil não é aquele país que gostaria de ser. Como exemplo, pode-se dizer que na contemporaneidade o calcanhar de Aquiles do Brasil é a corrupção.
Há também dados sensíveis e qualitativos, em que o que faz o brasil, Brasil não é mais a vergonha do regime ou a inflação galopante e “sem vergonha”, mas a comida deliciosa, a música envolvente, as leis da amizade e do parentesco, os jogos espertos e vivos da malandragem. Assim, a identidade se constrói duplamente, tratando-se de uma entidade viva, cheia de auto-reflexão e consciência: algo que se soma e se alarga para o futuro e para o passado, num movimento próprio que se chama História.
Como apontou Sérgio Buarque de Holanda, o país apresenta três perfis: ética da aventura, cultura da personalidade e cordialidade. Apesar dessas raízes negativas, múltiplo e rico, o Brasil é o país do carnaval e do feijão com arroz: da mistura e da fantasia. Brasileiros na devoção e no sincretismo, no culto à ordem e na malandragem, no trabalho duro e na preguiça. Nessa perspectiva, a brasilidade é um estilo, uma maneira particular de construir e perceber a realidade.
Paolla Gabrielly


Tutorial de ética produzido por Orlando Júnior para o Curso da Prof. Mara Rute

 E você o que acha?                             
                               Caso 01
Como qualquer outro dia, hoje acordei e fui ler as notícias online em um portal eletr ônico qualquer. Foi assim que me deparei com a notícia de que pela segunda vez o pedido de aposentadoria especial do ex-deputado José Genoíno fora negado pela junta médica (composta por quatro cardiologistas) da Casa, alegando que Genoíno não possui uma cardiopatia grave como ele afirma. Mas antes de sair para o trabalho, resolvi ainda ler os comentários dos leitores sobre a notícia acima e encontrei alguns muito interessantes e que me suscitaram alguns questionamentos.
“Confesso que, assim como uma boa parte dos cidadãos brasileiros, estou muito feliz com essa notícia. Afinal, a corrupção está sendo punida e isso já representa um grande passo para solucionar a crise ética e moral que existe em nossa nação. Qualquer cidadão deve buscar sempre um Bem Maior em suas atitudes” Bento Lima, 20, Bahia.
“Espero que realmente aconteça com os demais políticos corruptos, pois é inadmissível que uma mãe vá presa por ter roubado um pote de manteiga para alimentar o filho enquanto um senador que desvia dinheiro dos mais pobres e aumenta sua fortuna continua impune. Só no Brasil umas coisas dessa”. Sandra Saraiva, 35, São Paulo.
“O que leva uma pessoa a fazer isso? Mentir a custo de que? Os poderosos acham que estão imunes a tudo, até parece que a ética deles é diferente da nossa. Não podemos admitir isso, eu acredito que só praticando bons hábitos é que podemos chegar à perfeição moral e é disso que não só os políticos precisam, mas também a sociedade”. Paula Fernanda, 45, Minas Gerais.
“Hoje a gente já não sabe mais o que é certo e o que é errado. Vivemos o fim dos tempos. Sei lá, tempos atrás, até ser humano era usado nas pesquisas científicas e ninguém falava nada, parece que as coisas primeiro tem que acontecer por um bom tempo pra só depois ter que ser impedida, onde é que vamos chegar? Eu fico revoltada com isso”. Salete de Jesus, 50, Amapá.
Depois de ler esses comentários, fiquei pensando se essas mesmas pessoas que questionam a conduta do político nunca furaram a fila? Será que eles cumprem sua responsabilidade social? Será que eles sempre disseram a verdade? A moral deles se baseia em que? Na religião, na sociedade? E como profissionais, será que nunca se deixaram influenciar? Será que nunca revelaram o segredo de algum cliente ou paciente? Será que ao menos conseguem distinguir ética de moral? E se fossem cientistas alemães, será que teriam a coragem de ter recusado fazer as experiências com judeus? Porque os valores estão deturpados? Porque os poderosos só pensam em seus interesses? Afinal o que é ético?
Diante desses meus questionamentos intermináveis creio que só convocando Aristóteles, Milton Santos, Beauchamp e Childress e outros intelectuais para me ajudar, porque sozinho eu não consigo e de solidão já basta a vida que nós da pós-modernidade já levamos. Inclusive, individualismo esse que impede as pessoas de alcançarem um consenso e a refletirem sobre uma conduta adequada.

Material produzido pelo tutor – coordenador do Projeto – Orlando Oliveira Junior

Ficha exclusiva do tutor

Ø  Palavras-chaves (a depender da dinâmica de cada tutoria podem ser acrescidas mais algumas ou ditas de outra fora):

·         Ética
·         Moral
·         Aristóteles
·         Milton Santos
·         Bioética
·         Beauchamp e Childress (relacionados à Bioética)
·         Política
·         Responsabilidade social
·         Conduta
·         Crise ética
·         Crise Moral
·         Individualismo
·         Interesses
·         Valores
·         Bons Hábitos
·         Bem Maior
·         Ética profissional

Ø  Objetivos (abaixo segue os objetivos básicos, a depender da dinâmica de cada tutoria eles podem ser formados com outras palavras ou podem ser acrescidos outros objetivos):

1.      Conceituar ética.
2.      Distinguir ética de moral.
3.      Entender a importância da ética nas relações humanas
4.      Diferenciar a ética individual da ética social
5.      Entender a Crise ética e a crise moral que vivenciamos
6.      Debater (Estudar ou Discorrer) sobre a importância da ética na política
7.      Estudar a importância e a evolução da Bioética





  

Parece difícil, mas é só uma estrada!


Proposta de Redação Bahiana 2014 - Curso da Prof. Mara Rute

Observe as imagens abaixo para servir como motivação:


Eduardo Galeano defende que mesmo que não possamos adivinhar o futuro que virá temos ao menos o direito de imaginar como queremos que seja. Com base nessa verdade delineie o papel do médico na construção da cura para o mundo.

Redações Modelo 


 Muitas dificuldades foram encontradas para a produção desse texto. Primeiro pelo frequente vício de pensar apenas na questão médico-paciente, fato que inclusive apareceu em muitos textos. Houve também um número pouco significativo de pessoas que, ao menos, tentaram produzi-lo. Segue aqui bons textos referenciais feitos por colegas de vocês.

Atestado de óbito
É fato que assim como os paciente do SUS o planeta também aguarda pela cura da “virose mundial”. Por esse viés, os profissionais da saúde pós-modernos tornaram-se, sob a influência do capitalismo, egocêntricos e desumanos, além de transformarem-se em vetores transmissores de tais males.
Inserida na liquidez contemporânea, a sociedade presencia um momento em que o consumo é ideologia de vida e os alimentos são utilizados para alimentar motores. Desta forma, torna-se explícito e absurdo a ausência – quando não, inversão – de valores frente a uma política extremamente corrupta e alienante. Sob o mesmo ponto de vista, a essência negativa é inerente ao homem e, sendo este, difusor da dor, discórdia e normalização dos abismos sociais, propaga pelo mundo mais abismos.
De Hipócrates a Houses espera-se a efetiva participação dos médicos como contribuintes para o pleno bem da sociedade, mas o que se vê no entanto é que esses tornaram-se vilões e protagonizam os capítulos de um mundo moribundo de AIDS na África e Obesidade nos E.U.A. Por conseguinte, pessoas que juraram fazer de sus vidas formas de salvar a vida de outras pessoas são corrompidas pela lógica do dinheiro transformando tais juras em utopias para um mundo que não virá.
Na verdade, nesse mundo que cada dia está mais desencantado normaliza-se a falta de humanidade no trato médico. Nesse contexto vale ressaltar a rejeição de médicos estrangeiros para atuarem em localidades em que os “doutores urbanos” não irão. Portanto, em nome dos seus interesses, que o mundo continue doente.
A inércia não faz parte do tratamento para a cura do mundo visto que os tempos mudam e novas formas de ser são incorporadas aos “curandeiros”. Nesse sentido, cabe aos médicos uma postura coerente com o ideal de salvar por traz do jaleco e bisturi, além é claro da sobriedade e compaixão, seus princípios norteadores. Logo, perceber que se caminha para o falecimento do mundo é a cognoscibilidade necessária para salvá-lo.
Jéssica Primitivo 


Por traz de um jaleco Branco
O mundo está em crise. A sociedade desaba perante individualismo, o desrespeito às diferenças e as péssimas qualidades dos serviços públicos, como educação e saúde. Nesse desmoronamento que parece irreversível, surge um novo herói: o médico. Além de promotor da saúde, ele apresenta uma função social que vai além da medicina.
Para cada cultura, o significado do papel do médico é diferente. Mas, em todas se exige uma conduta ética, apresentando consideração, compaixão e benevolência. Quando um agente de saúde fere estes princípios, é condenado pela comunidade, mesmo que não esteja atuando profissionalmente no momento. O caso da médica Kátia Vargas, que matou dois irmãos no trânsito de Salvador, ilustra isso: antes de passar por um julgamento judicial, a mídia e a população a condenaram, taxando-a simplesmente como “a médica”. Ela perdeu sua personalidade para que se destacasse o paradoxo de que ao invés de salvar vidas, sua missão, ela havia as tirado.
Outra reflexão importante é que muitos ainda hoje escolhem a medicina por dinheiro ou status social. Querem cada vez mais ser chamados de “doutores” e esquecem de ser verdadeiros filhos de Esculápio, cuja missão é ajudar a transformar o mundo curando suas dores. Existem ainda os que se aproveitam da posição para ter benefícios e praticar abusos, como no polêmico caso do especialista em fertilização Roger Abdelmassih, que molestava suas pacientes enquanto estavam sedadas.
Por trás de um jaleco branco existe mais do que um profissional, há uma possibilidade para o planeta. Isso porque médicos são seres humanos que trazem consigo o encargo de salvar vidas, o bem mais precioso que todo indivíduo tem. Há uma grande diferença entre ser médico e ser formado em medicina. Na busca por um mundo melhor é dever dos herdeiros de Hipócrates contribuir para um mundo mais saudável.
Mariana Correia