Redação BahianA 2014.1
“Produzindo a
redação que vai mudar sua vida.”
Primeiras Palavras...
Pois é ...
Chegamos aqui e poucos são os
que conseguem chegar aonde chegamos.
Mas ainda temos um percurso
grande a seguir e a redação, nessa fase, é diferencial.
Esse ano o desafio é ainda
maior, não dá para adivinhar qual é exatamente o tema pela prova.
Não houve muitos
direcionamentos para medicina nessa fase e os temas que saltam são temas comuns
“amizade virtual” tema da FTC? “Tecnologia e Trânsito?” Quase Transversal do
ENEM?
Só saberemos mesmo depois da vivência. O que
fazer enquanto isso?
Comecemos por entender a correção da prova.
2,0 – Introdução e conclusão – Elas precisam estar
relacionadas. Uma boa forma de ver isso é ler as duas em conjunto para ver se
há complementaridade. Lembrando que nesse
processo não se atribui um ponto especifico para a conclusão.
2,0 – D1 – Ver se o que se foi prometido na
introdução está explicado e com as devidas fontes.
2,0 – D2 - –
Ver se o que se foi prometido na introdução está explicado e com as devidas
fontes.
2,0 – Gramática – Avaliação das questões
relacionadas à pontuação, clareza, adequação ao recorte, ao tipo de texto
pedido. Artigo de opinião? Dissertação?
Aqui é muito legal revisar aquela apostila com o
modelo de artigo de opinião. Mando em anexo para vocês.
2,0 – Uso de referências para medicina – não sei
como será agora se o tema terá relação ou não, mas vamos partir do princípio
que sim!!!!.Mas também estamos
prontos para o Não.
Vamos analisar o texto abaixo para vocês entenderem
o processo de correção:
Tema:
Mulher e medicina
Tempo de mulher
Os avanços da Medicina apresentam-se como um aliado das mulheres na vida
moderna, não apenas no que se refere a tratamentos de doenças, mas também à
área profissional e ao controle sobre o próprio corpo. [MRL1] Com isso, a prática médica tem cada vez mais o desafio de evoluir com as
novas mudanças de paradigmas do mundo contemporâneo.
[MRL2]
Nas últimas décadas muita coisa avançou,
sobretudo com a Revolução Feminina a partir do século XX.[MRL3]
Como contribuição, a pílula anticoncepcional,
tratamentos hormonais na menopausa, cirurgia
plástica, prevenção de doenças e exames de última geração [MRL4] foram adventos que mudaram o papel feminino na sociedade. Esse novo cenário proporcionou às mulheres a escolha pelo melhor
momento de concepção, liberdade sexual e uma possibilidade maior de inserção no
mercado de trabalho, em virtude da disponibilidade de tempo entre as gestações,
agora mais bem planejadas.
Por outro lado[MRL5] ,
as
mulheres estão mais expostas ao estresse persistente, a mudanças de hábitos de
alimentação e atividade física[MRL6] .
Observa-se então, que o desafio da Medicina no que diz respeito ao conceito de saúde
integral da mulher envolve não só as ações relacionadas à ginecologia, mas a
atenção de todo organismo feminino, nos seus aspectos físicos, psíquicos e
comportamentais[MRL7] .
Assim, a modernidade fez com que o olhar médico
sobre o gênero feminino fosse alterado, principalmente pela correria do dia a
dia e pelo fato de se engravidar menos e mais tarde.
A
mulher submissa está cada vez mais deixando de existir, dando lugar à mulher
batalhadora, independente e ciente de seus direitos perante a sociedade.
Portanto, o
fundamental é a Medicina ficar vigilante em relação aos
princípios e valores humanitários que são imprescindíveis para
que essas transformações ocorridas nas relações de gênero
possam efetivamente significar um avanço na prática médica para as
mulheres do século da relatividade.[MRL8]
Nota: 8,5
Introdução e conclusão – 1,5
D1 – 2,0
D2 – 2,0
Gramática – 1,5 – texto bem escrito, mas com
deslize na questão de sinalizar questões que não foram trabalhadas no texto e
quase nunca o corretor fecha essa nota. Sempre encontra alguma coisinha.
Medicina – 1.5 - as verdades utilizadas são muito óbvias.
Não há um conhecimento específico da área médica.
Tema
- História da Medicina
“Filhos” de Asclépio
A herança é a
lei. Tendo em vista tal máxima darwiniana, conhecer o
curso histórico da medicina firma-se como alicerce para a compreensão dos
conceitos e práticas aplicadas no presente[MRL9] . Desde
a cura regida pela magia e religiosidade ao diagnóstico humanista de
Hipócrates, [MRL10] muitas foram as transformações que convergiram para a construção
da esfera médica pós-moderna. [MRL11] Dessa forma, basear-se no princípio de que as conquistas que constituem o
patrimônio do passado são as bases para as investigações do presente [MRL12] deve ser a tônica para os profissionais de saúde do século XXI.
De Asclépio,
deus da Medicina, às comunidades médicas pós-industriais, tais protagonistas da
ciência humana fazem parte de uma unidade histórica em evolução. [MRL13] Diante dessa máxima, surgem os clássicos da medicina antiga não
somente como fonte de informação para a terapia atual, mas principalmente como documentos
históricos necessários para que se compreenda os ideais que guiaram as ações
daqueles que buscavam combater as enfermidades.[MRL14] Da arte médica indígena baseada nas propriedades curativas da
imensa flora local ao humanista Tratamento Paliativo contemporâneo. A cada
conjuntura histórica há o aprimoramento de técnicas que visam garantir a saúde
e cura do ser humano. [MRL15]
Todo homem é por
si só capaz de mudar a natureza do futuro a partir de ações clarividentes no
presente. Partindo desse pressuposto, assim como Hipócrates revolucionou a
conduta médica, ao substituir os deuses pela observação clínica de seus
pacientes, os médicos do século XXI, graças às condições social e tecnológica
atuais podem e devem fomentar o aprimoramento dos procedimentos terapêuticos a
fim de que se garanta um direito maior de todo ser humano: a vida. A descoberta
no século XIX da importância da assepsia e da cirurgia mostra que os problemas
enfrentados naquela época, a exemplo das constantes mortes por infecção, impulsionaram
modificações no âmbito hospitalar. Assim, percebe-se que a mudança é requisito
básico para o alcance do progresso.XX[MRL16]
Para além disso, José
Saramago já apregoava que somos fisicamente um corpo, mas, psicologicamente,
uma memória[MRL17] . Diante dessa verdade, conhecer o curso histórico médico nos faz
entender a situação médica presente e em qual direção devemos caminhar em busca
de novos progressos. Portanto, os sucessores de Asclépio [MRL18] devem ser os missionários de uma prática médica que além de
privilegiar o lado técnico-científico, destacam os valores e virtudes humanas
inerentes à profissão. [MRL19] Ou seja: o ethos do
cuidar.
Nota: 9,0
Introdução e conclusão – 1,5 – aspectos da
conclusão que não foram trabalhados no texto.
D1 – 2,0
D2 – 2,0
Gramática – 1,5 – texto bem escrito, mas com
deslize na questão de sinalizar questões que não foram trabalhadas no texto e
misturou as verdades nos dois desenvolvidos.
Medicina – 2,0 – Perfeita as referências à
medicina.
Deu para entender um pouco? Posso explicar isso melhor por telefone.
Agora vamos para o tema desse
processo. Comecemos assim: será tecnologia e medicina? Quais recortes?
Sugerimos aqui dois:
Doenças do século e avanços da
medicina – 01
Texto 01
Parkinson
afeta 20 mil pessoas na Bahia
Por
Naira Sodré
Publicada
em 10/04/2013 00:40:08
Foto:
SXC/Creative Commons
O mal de Parkinson atinge entre 15 e 20 mil pessoas na
Bahia e apenas de 10 a 15% dos que possuem a doença fazem tratamento. Dentro deste
aspecto, a Associação Bahiana de Parkinson e Alzheimer e a Associação de
Neurociências Norte-Nordeste do Brasil realizam amanhã, dia 11, o Encontro
Baiano de Doenças neuro-degenerativas, a partir das 15 horas, no Teatro Eva
Herz da Livraria Cultura do Salvador Shopping. O evento é coordenado pelo
neurocirurgião Ailton Melo.
Este ano, o tema abordado será o “Envelhecer no Século
XXI” e, segundo o médico Ailton Melo, professor de neurologia da Universidade
Federal da Bahia (UFBA), qualquer pessoa pode desenvolver a doença, que é mais
comum em cidadãos com mais de 60 anos, e o objetivo principal é chamar a
atenção dos governantes para que sejam assegurados o envelhecimento ativo e
saudável da população com ações sustentáveis.
Texto 02
Depressão,
o mal do século 21
Depressão
pode atingir 30% da população e o seu tratamento deve incluir a psicoterapia
"A depressão é um problema de saúde pública, e será
o mal do século 21, juntamente com a síndrome do pânico", afirma Sílvia
Ivancko, psicoterapeuta e psicóloga do Instituto de Cancerologia de São Paulo.
Os números da depressão são mesmo alarmantes: embora não se tenha um cálculo
exato, estima-se que cerca de 30% da população mundial sofra da doença, sem
saber.
"O
maior problema com a depressão é o desconhecimento. O indivíduo deprimido está
doente, sofre muito, mas sua falta de interesse pela vida costuma ser vista
como preguiça ou falta de caráter", explica Sílvia.
Quimicamente, a depressão é causada por um defeito nos
neurotransmissores responsáveis pela produção de hormônios como a serotonina e
endorfina, que nos dão a sensação de conforto, prazer e bem-estar. Quando há
algum problema nesses neurotransmissores, a pessoa começa a apresentar sintomas
como desânimo, tristeza, autoflagelação, perda do interesse sexual, falta de
energia para atividades simples.
Em geral, em algum momento de suas vidas, uma em cada
cinco pessoas experimentará pelo menos um episódio depressivo. Mas Sílvia
Ivancko explica que, embora trate-se de um distúrbio químico, a depressão
sempre tem, em sua raiz, algum motivo psicológico. Assim, seu tratamento
inclui, necessariamente, a psicoterapia. "O remédio ajuda muito, mas ele
não é eterno. Se a causa primeira não for tratada, a depressão voltará".
Texto 03
Cientistas
anunciam avanços na busca de vacina contra a Aids
Cientistas anunciaram nesta quarta-feira (3) ter encontrado pistas
promissoras na incomumente "robusta" resposta natural do sistema
imunológico de um paciente na África na busca de uma vacina para a Aids a
partir de anticorpos. Ao estudar amostras de sangue no período três anos
posterior à infecção do indivíduo, os cientistas testemunharam uma batalha em
escala microscópica entre o vírus e os anticorpos, ambos evoluindo à medida em
que tentavam ganhar o controle sobre o outro.
Pela primeira vez, os estudiosos conseguiram acompanhar a cadeia completa
de eventos que levou o paciente a produzir naturalmente anticorpos amplamente
neutralizadores (BnAbs), assim denominados porque atacam diferentes cepas do
vírus da imunodeficiência humana (HIV), que causa a Aids.
"A pesquisa atual preenche lacunas do conhecimento que têm impedido
o desenvolvimento de uma vacina eficaz para um vírus que matou mais de 30
milhões de pessoas em todo o mundo", destacou um comunicado da Duke
Medicine, que participou do estudo juntamente com uma equipe de pesquisadores
nos Estados Unidos e no Malaui.
"Aprendemos com este indivíduo como os anticorpos são induzidos, com
a esperança de que esta informação possa servir como uma diretriz de como
induzir estes anticorpos como uma vacina preventiva", acrescentou Barton
Haynes, diretor do Instituto de Vacina Humana da Universidade Duke, que chefiou
as pesquisas.
Considere os
fragmentos em destaque como pretexto para refletir sobre o século da
relatividade e a necessidade da medicina em avançar cientificamente na busca
pelo melhor diagnóstico. Inclua em seu texto a relação das novas doenças que
predominam no mundo atual e a rotina do ser humano no século XXI.
Redação
Modelo:
Por médicos clarividentes
A mudança é a lei.
Tendo em vista tal égide darwiniana, muitas foram as transformações na Medicina
ao longo por perpassar histórico. Dessa forma, os mesmo avanços que
proporcionaram à população longevidade são os geradores de novos desafios
para garantir o fundamental direito cidadão: a vida. Dessa forma, aliando
tecnologia e humanização, os “filhos” de Hipócrates do século XXI convivem com
a odisseia de buscar novas e revolucionárias curas para os males dessa nova era.
Desde a cura regida pela magia e religiosidade ao
diagnóstico humanista de Hipócrates, a medicina constrói as ferramentas para
potencializar a arte de salvar vidas. Portanto, a capacidade atual de
prolongar a expectativa de vida, descobrir melhores tratamentos para vorazes
doenças como o câncer, AIDS e Parkinson é consequência de uma evolução e
revolução constante da esfera médica. Entretanto, a necessidade desses avanços
não se esgota, visto que a contemporaneidade ainda convive com o desafio de
acabar com novos males.
As mudanças causadas
pela Era do capitalismo globalizado e a crise de valores ético-morais
contribuem para o surgimento de males característicos da pós-modernidade. Nesse bojo, dos
distúrbios alimentares, causados pela busca de adequação aos padrões de beleza,
à depressão, típica da desilusão diante de um mundo
em que as relações são liquidas e distantes da ética social. A cada
conjuntura histórica a comunidade médica precisa avançar no diagnóstico e
tratamento para garantir saúde e cura do ser humano.
Para além disso,
Antoine de Saint-Exupéry apregoava que é preciso dar um passo e ainda outro no
intuito de projetar, a partir do presente, perspectivas de um futuro melhor. Já
que a mudança é uma característica inerente da humanidade, cabe aos
missionários da saúde se adequar aos novos contextos e buscar sempre formas
clarividentes de atender às necessidades dos assistidos.
A influência da tecnologia na área
médica – 02
Texto 01
Células-Tronco e o Diabetes
Tipo I
“Fim das picadas: a terapia
com células-tronco promete eliminar as aplicações diárias de insulina”
Pesquisadores do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) de
Ribeirão Preto, em parceria com cientistas da Universidade Northwestern, em
Illinois (EUA), revelaram que a partir do transplante de células-tronco do próprio
paciente o pâncreas do diabético Tipo I pode voltar a produzir insulina
eliminando a necessidade de aplicações diárias. A técnica vem sendo trabalhada
há nove anos e é chamada de autotransplante de células-tronco saudáveis.
Durante o processo, as amostras
de combinações de células-tronco são extraídas da medula óssea do paciente e
depois aplicadas na corrente sanguínea para construir um novo sistema
imunitário. Para isso, são realizadas antes do implante sessões agressivas de
quimioterapia que ajudam a “desligar” o sistema imunitário do paciente,
permitindo a implantação de um novo sistema pela inoculação das células-tronco.
O papel delas não seria a reconstrução de um órgão (no caso do diabético, o
pâncreas), mas o reparo do sistema imunitário doente que trata o órgão como
inimigo. Dos 25 pacientes tratados com a nova terapia, 21 já não fazem as
aplicações de insulina e há pacientes que estão livres das aplicações há mais
de 05 anos.
O estudo conta com o apoio do
Ministério da Saúde, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(Fapesp), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) e do Sistema Único de Saúde (SUS). Revista QUANTA – Fev/Mar 2013 P. 14
Texto 02
Novo tratamento da leucemia
13. Março 2013 - 12:10
Há grandes avanços nos
tratamentos capazes de enganar o sistema imunológico humano para combater o
câncer. Um grupo de cientistas do Hospital Universitário de Berna, capital
suíça, considera que pode utilizar esse método no para lutar contra a leucemia.
Recentemente, uma menina
norte-americana foi a primeira menor que se curou de leucemia graças a um
tratamento experimental que utiliza uma forma modificada do vírus da Aids (VIH)
para reprogramar as células. O método que está sendo desenvolvido em Berna consiste
em ensinar ao sistema imunitário a reconhecer e atacar as células cancerígenas,
porém sem prejudicar as células e os órgãos sadios.
(SRF/swissinfo.ch)
http://www.swissinfo.ch/por/ciencia_tecnologia/Novo_tratamento_da_leucemia.html?cid=35216334
Texto 03
Robótica e novas tecnologias
permitem diagnósticos à distância
Uma nova geração de aparelhos que
utilizam comunicação sem fio, softwares sofisticados e bancos de dados baseados
na computação "em nuvem" promete um tipo de assistência médica antes
imaginada apenas nos hospitais do futuro. Esses avanços, que variam desde
sensores ingeríveis, monitores cardíacos sem fio, até braços robóticos que
reproduzem os movimentos de um cirurgião prenunciam rápida queda de custos no
exato momento em que os consumidores clamam por cuidados médicos menos
dispendiosos. Monitoramento ininterrupto por meio de sensores sem fio,
bioquímica avançada e o poder da computação remota, que investiga e combina
dados de sintomas com causas prováveis, poderão ajudar os médicos a se unirem
para realizar diagnósticos mais rápidos e corretos, onde quer que estejam.
"Esses desenvolvimentos agregam o trabalho de cientistas e tecnólogos de
muitas disciplinas", diz Gordon Edge, inventor e ex-presidente do Conselho
Diretor da Cambridge University-MIT. "Esse é o fruto da união de
eletrônica, computação, química básica e microbiologia."
http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/robotica_e_novas_tecnologias_permitem_diagnosticos_a_distancia.html
Tomando como referência as ideias
transmitidas pelos fragmentos em destaque, redija um texto
dissertativo-argumentativo refletindo sobre a influência dos progressos
tecnológicos em diagnósticos e tratamentos mais precisos, dando ênfase na
fragmentação da função médica e nos novos suportes que a contemporaneidade
oferece.
Redação Modelo:
A importância do olhar
A área médica, por ser um dos setores
mais significativos para o aumento da qualidade de vida do ser humano,
beneficia-se consideravelmente do avanço tecnológico, elaborando meios cada vez
menos invasivos e mais seguros na busca pela saúde humana. Entretanto, várias
são as repercussões que esse desenvolvimento trouxe sobre a prática médica.
O rápido avanço das tecnologias,
sobretudo no último século, tem gerado novas técnicas e novos produtos com objetivo
de melhorar a qualidade de vida do ser humano. Observa-se então, que nas áreas
preventiva, diagnóstica e terapêutica, o surgimento de inúmeras tecnologias
eficientes aumentou muito a capacidade resolutiva da ciência médica, com óbvio
impacto nos indicadores de morbidade e mortalidade. Assim, a revolução na
cirurgia, tais como procedimentos via vídeo e endoscópico e as novas técnicas
de diagnóstico por imagem, permite agora
diagnósticos etiológicos e classificações há pouco tempo impensáveis.
Contudo, essa explosão de
conhecimentos e de novos procedimentos colocados à disposição do médico
trouxeram grandes reflexos, com forte impacto na práxis médica. Nessa
perspectiva, incitou-se a substituição do antigo generalista, pela profusão de
especialistas e subespecialistas, fato inevitável ditado pela impossibilidade
óbvia de um indivíduo dominar todo esse universo de conhecimentos e
habilidades. Outro reflexo decisivo do desenvolvimento tecnológico tem a ver
com o financiamento da saúde, pois a tecnologia custa caro e sempre surgem
novos insumos e procedimentos a pressionar, em escala de mercado, seu uso na
rotina diagnóstica e terapêutica.
A tecnologia constitui instrumento
indispensável para contornar as limitações frente ao adoecer. Contudo, seu
benefício será concreto se utilizada de forma racional, criteriosa, em prol do
paciente e de forma ética e moral. Para tanto, as escolas médicas devem
contribuir formando profissionais competentes, éticos, humanos e compromissados
com as bases que norteiam o melhor exercício profissional que entende os
avanços como ferramentas que vão do bisturi ao laser no século XXI.
Um texto
contraponto ao tema bem interessante em formato de um artigo de opinião:
SOCORRO, SENHORES MÉDICOS
Admirável o artigo” No dia dos
médicos” (escritor Ventura de Matos, A TARDE, 18.10.93), onde se lê a frase
lapidada: “ao dizer-se meu médico, simboliza-se afeto”.
Daí o receio da automação
consumista da medicina. Como vai, chegaremos ao ponto de empurrar o paciente no
oco de um cilindro eletrônico e esperar o diagnóstico adiante, com os remédios
já enfrascados, eis que outros mecanismos aviarão a receita. E não faltará um
computador levando o dinheiro da conta do cliente à do hospital. Tudo como se
faz hoje com uma senha, pedindo saldo bancário. Aliás, o próprio cliente de
recursos quer ver as entranhas do corpo, assim como vai à cartomante saber da
sorte, ou psicanalista desejando conhecer os segredos da alma.
Claro que ninguém é contra o
avanço da tecnologia médica, mesmo que chegue a tal absurdo. Mas, quem vai
atender os catingueiros do Raso da Catarina e os miseráveis que entopem as
bordas das cidades interioranas?
Que viram fantasmas desfilando nas salas de assistência
social, arrastando o pés, olhar de poça suja, trôpegos, estendendo as mãos
escaveiradas em busca de remédios e requisições de impossíveis exames
sofisticados. A medicina, cada vez mais mecanizada, está sem paciência e tempo
para ouvir as queixa Não apalpa, nem percute. Desaparece o ouvido treinado,
protegido por uma toalha, nas costas do doente. Os sentidos, atrofiam-se.
Acabou a empatia que curava mais que as poções. E essa tecnologia toda ainda
vai desempregar muito médico e inviabilizar a prática médica nos sertões.
O velho professor Fernando São Paulo ensinava a
receita para o pobre para o rico. Era censurado. Mas não adianta querer o
ideal, se, na prática, não funciona.
Existe um “Guia para médicos e enfermeiras
que trabalham em zonas rurais da América Latina”, publicado na Alemanha pela
DSE, com soluções viáveis. Podem dizer: esses gringos querem medicina de ponta
para eles e vem com métodos arcaicos para os subdesenvolvidos. O pior é que não
há outro jeito. E temos que acudir aos pobres com urgência, já que não sabemos quando
terão direito a tais avanços.
Também não resolve acusar o
governo, um réu abstrato que nós criamos para bater e aliviar a culpa. A saúde,
a justiça, o ensino são dirigidos por médicos, advogados, professores, que ocupam
os ministérios, as secretarias e as diretorias Portanto nós, universitários
assumamos a responsabilidade por tais desvios, Muitos congressos médicos são
realizados, visando discutir os “casos bonitos”. Façamos, ao menos, um seminário
da miséria, onde sejam apresentadas soluções viáveis, com os recursos de que
dispomos avaliando se, por exemplo, as conclusões do Guia mencionado.
Socorro, senhores médicos a
quem devemos até a vida, como é o caso do escriba (que o digam os doutores
Agnaldo David e Rodolfo Teixeira). É o apelo de um funcionário de repartição
caipira de assistência social!
Perfeito Não? Dá para adaptar bem. É
m texto do escritor Euclides Neto.
Proposta? Escolha um do dois temas e escreva um texto
sobre e envie para o e-mail do curso até amanhã meio dia. O texto deve ser
escrito com sua letra e você não deve pesquisar na hora em que escreve. Leia
sobre o assunto e depois dê um intervalo grande. Tipo leia hoje e escreva amanhã
ou depois de uma outra atividade. Tente fazer em uma hora e meia. Escanceie e
mande. Também estou mandando abaixo recortes de alguns textos que eu já escrevi
sobre o tema tecnologias. Veja se serve a vocês.
Leiam também sobre temas relacionados
como tecnologia assistiva, robótica medica e tecnologia de software e saúde. Gurde
dados. Não precisa saber muito. Uma fonte só já é suficiente.
Lembre-se também que tecnologia não
é algo novo. Cada tempo possui suas ferramentas. O bisturi foi durante muito
tempo uma tecnologia inovadora. Entendeu?
Trechos de Texto Mara é preciso
adaptar para a área médica tá
1.
Tal
constatação não é favorável num tempo de horizontes ampliados em que renegar
renovações nas pesquisas é não garantir os passos do novo tempo que é
alicerçado nas tecnologias desenvolvidas para ele.
2.
A
revolução tecnológica centrada em torno das tecnologias de informação e comunicação
(TIC) impõe também um novo ritmo à sociedade, conduzindo a novos modos de
produzir, comunicar e gerir. Com este paradigma tecnológico, as pessoas tendem
a procurar novos espaços de lazer e de ócio.
3.
Assim,
quanto mais rápido os avanços tecnológicos forem incorporados, assegurando
pioneirismo, ganhos de produtividade e competitividade, mais a inovação será
símbolo de sobrevivência e sucesso das nações.
4.
As Tecnologias Contemporâneas da Informação e
da Comunicação estão mudando não somente os consumidores do turismo, mas,
sobretudo, os hábitos dos que atuam nesse mercado. Da cozinha à venda de
bilhetes aéreos, a tecnologia vem permitindo o desenvolvimento de cadeias de
hotéis supereconômicos até procedimentos informatizados para exigir menos
pessoal. Se por um lado a automatização de algumas operações elimina empregos
pouco qualificados, por outro, aumenta os requisitos técnicos e exigências para
a realização de algumas das suas tarefas, cidadãos letrados em tecnologias
contemporâneas.
5. Sem
pretensão de fazer ciência Gilberto Gil perguntava: “Com quantos gigabytes
se faz uma jangada, um barco que veleje? Que veleje nesse informar?” [1]A resposta para tal
questionamento não se faz mais em “gigas”, mas em “teras” de informações
disponíveis em cliques em smartphones, e tablets que propiciam
acesso à informação em quase todo lugar. De aplicativos no Google Maps a
fotos de viagens no Instagram, também no turismo se produz
comportamentos associados a essas tecnologias. Hoje, as viagens são planejadas
com informações de blogs e redes sociais e as compras de pacotes de viagens são
compartilhadas por usuários em sites de compras coletivas.
6.
A Internet tornou-se indispensável para as
nossas sociedades. No New World 2.0, cada pessoa, cada comunidade e seus
aparatos tecnológicos são os ingredientes da mudança social, econômica e
política no cenário do mundo sem fronteiras. Nesse sentido, a tecnologia está a
serviço daqueles que querem agir sobre o presente e construir o futuro (SANTOS, 2001).
7.
Em tempos em que a ONU entende que a internet
é um bem para todos e que revoluções são produzidas em páginas em que curtir e
compartilhar se faz com cliques, é preciso entender o processo que se dá pela
aquisição e perpetuação de uma ciência que existiu ao longo dos séculos e, em alguns
momentos, esteve presa a redomas de igrejas, limitada pela transmissão oral ou
de escritas em pedras: a ciência da informação.
Em séculos de evolução - passando pela impressa de Gutemberg à revolução
“Apple” de Steve Jobs convidando todos ao conhecimento, o saber e as formas
comportamentais se modificaram.
8.
Portanto, seus avanços são partes
indissociáveis de qualquer profissão ou planejamento de negócio nesse novo
mundo. Afinal, não restam mais dúvidas de que o
dilúvio chegou e os que não forem capazes de entrar na arca e selecionar seus
bens a serem colocados lá serão engolidos pelas águas da informação (LÉVY,
2003). Mais que isso, a Declaração Universal dos Direitos Humanos em seu artigo
19 propõe que todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e de
expressão; esse direito inclui a liberdade de ter opiniões sem sofrer
interferência e de procurar, receber e divulgar informações e ideias por
quaisquer meios, sem limite de fronteiras. Desse modo, informação e cidadania
unem-se e, num mundo onde produzir ou ter acesso a informação está associado a
tecnologias, é preciso letrar-se para seu bom uso.
[MRL1]Verdade
1
Questões chaves a serem desenvolvidas no d1 – avanços
da medicina como aliados da mulher
[MRL5]Sinalização
de que vai tratar de aspectos antagônicos já sinalizados na apresentação da
própria introdução – “apesar dos avanços ainda há muitos desafios” ...
[MRL6]Exemplos? De desafios?
O d2 não teve a mesma organização do d1 o que confundiu um pouco o
leitor.
[MRL8]Esse
ponto de vista final não fecha necessariamente as discussões apresentadas
porque não se tratou da medicina humanizada para a mulher. Mas só uma questão de ajuste.
[MRL10]Bom
percurso histórico com uma referência a história da medicina bem especifica.
Muito bom!!!!
[MRL13]Explicação
do verdade 1 antes retomando o percurso histórico seguindo o mesmo modelo da
introdução. Facilita a leitura seguir o mesmo “esquema de construção de texto.
O que não fez o colega do texto 1
[MRL16]Veja
que ele misturou as duas verdades. Isso complica um pouco a leitura, mas o
texto dele é claro.