sábado, 30 de julho de 2011

UNESP - Redação 2011 - O Futuro do livro

PROTESTO : Já que vamos ter que dividir nossas vagas com a galera  do Brasil inteiro, vamos então usar nossa nota do ENEM no Brasil inteiro.

Uma universidade que usará o ENEM em 2012 será a UNESP. Veja seu tema de redação e uma redação nota dez. Aprenda, inclusive porque esse tema ( a leitura no século XXI) pode aparecer em processos seletivos aqui pela Bahia.

TEMA– UNESP - 2011


Instrução: Leia os trechos dos textos que se referem ao futuro do livro.

Texto I


A possibilidade do fim do livro é traumática porque o livro não pode jamais ser visto apenas como material inerte ou simples objeto de consumo. É antes um objeto simbólico e uma instituição aos quais a cultura pós-Gutemberg confiou a tarefa de armazenar e fazer circular praticamente todo o conhecimento considerado relevante. Enquanto
instituição, o livro representa uma forma de socialização que compreende todo um circuito de produção e consumo: autores, editores, leitores, críticos, comunidades interpretativas institucionalizadas. Como qualquer forma de socialização, a instituição do livro cria um espaço público, estabelece hierarquias e constitui identidades nos grupos e nos indivíduos que dela participam."


(Sérgio Luiz Prado Bellei, O fim do livro e o livro sem fim. Universidade Federal de Santa Catarina: http://lfilipe.tripod.com.bellei.html)


Texto
II


Com relação ao desaparecimento do livro, os dois

[Umberto Eco e Jean-Claude Carrière] observam com razão que as tecnologias

digitais ficam obsoletas muito mais rapidamente que o livro impresso. Carrière vai buscar em sua biblioteca um pequeno
incunábulo em latim, impresso em Paris em 1498; com exceção de umas poucas palavras obscuras, é perfeitamente legível
como linguagem e como tecnologia, cinco séculos depois. E ele cita o caso de um cineasta belga, seu amigo, que tem no porão de casa 18 computadores diferentes, para poder consultar trabalhos antigos, criados em programas de PC que não são mais usados hoje.
Os dois comentam que a possibilidade atual de armazenar quantidades imensas de dados não significa que tudo isto continuará armazenado (e acessível) indefinidamente, e observam que mesmo uma biblioteca gigantesca não passa de uma mera seleção, um filtro de escolha, de prioridades, aplicado a um
a cultura. „O que devemos preservar?‟ – eis a questão, porque é impossível
preservar tudo, tanto quanto é impossível consultar tudo quanto foi preservado (e que é necessariamente uma pequena parte desse todo).


(Braulio Tavares.
Não contem com o fim do livro: http://jornaldaparaiba.globo.com/)


Texto III


Ou seja, apesar de sua imagem idealizada

– as vezes, sacralizada de fonte de lazer, informação, conhecimento, fruição
 intelectual, o livro, enquanto objeto, é apenas „o suporte da leitura‟, o meio pelo
qual o escritor chega ao leitor. E assim

permanecerá até que „alguma coisa similar‟ o substitua. Saber quanto tempo essa transição
levará para se consumar é mero e
 certamente inútil exercício de futurologia. Até porque provavelmente não ocorrerá exatamente uma transição, mas apenas a
acomodação de uma nova mídia no amplo universo da comunicação. Tem sido assim ao longo da História. Tranquilizem-se
portanto, os amantes do livro impresso. Tal como „a colher, o martelo, a roda ou a tesoura‟, ele veio
para ficar, pelo menos até

onde a vista alcança. E não se desesperem os novidadeiros amantes de gadgets. Estes continuarão sendo inventados e
aprimorados por força da voracidade do business globalizado. E é possível até mesmo que algum eles venha a se tornar definitivo e entrar no time do livro, da colher, da roda...


(A. P. Quartim de Moraes.

É o fim do livro? Rir para não chorar. www.estadao.com.br/)


Proposição


Os

e-readers, aparelhos de leitura de livros digitalizados, e os chamados tablets, que incorporam outras funções além da leitura

de livros e revistas, estão conquistando cada vez mais usuários. Hoje já é possível, com um desses leitores digitais, ter uma
biblioteca de milhares de obras e, além disso, acessar para leitura imediata jornais e revistas do mundo inteiro. Diante dessa
nova realidade, caracterizada por uma competição muito grande entre empresas que pretendem criar o melhor aparelho
eletrônico de leitura, muitos estudiosos já preveem o fim dos jornais e revistas e o fim dos livros. Outros, porém, questionam
tais previsões e afirmam que o livro não desaparecerá. Que poderá acontecer de fato?
Com base nos textos apresentados na instrução e, se achar necessário, levando em consideração os textos acima, escreva uma
redação de

gênero dissertativo, empregando a norma-padrão, sobre o tema: O futuro do livro

MODELO DE REDAÇÃO

Novos tempos, novos suportes

Apesar de não nascermos leitores essa é uma das habilidades que tem acompanhado o homem em seu processo evolutivo. Assim, ler e o desenvolvimento humano passaram por transformações que permitem perceber que o livro – suporte do texto, não sobreviverá ao novo modelo social que substitui Gutemberg por Steve Jobs.
Do pergaminho aos tablets, o caminho de desenvolvimento humano passou por transformações grandes. As principais mudanças foram as de vivermos num tempo em que ler transpõe o texto escrito e alcança a interatividade conquistada pelo mundo das novas mídias, compiladas em hipertextos e as novas dimensões de espaço – elemento cada vez mais escasso numa sociedade rápida e compacta.  Desta maneira esse texto-caleidoscópio não pode esperar a impressão para o jornal de amanhã ou livro do próximo mês e nem ocupar prateleiras em livrarias que oferecem não mais centenas, mas milhares de publicações.
O diretor da Apple surge  para tornar o já existente, mas pouco conhecido, leitor de texto em fenômeno de venda. Seu Ipad passa a popularizar um novo suporte textual para tempos pós-modernos. Assim como museus, a leitura de livros acontecem hoje num mundo mais em rede – haja vista a biblioteca de Harvard  hoje tão importante porque pode ser acessada em qualquer lugar do mundo.  E, para ter uma semelhante não é preciso espaços tão grandiosos, apenas 2 quilos ( peso de um tablet) e alguns megas de memória.
É possível dizer que novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. Ler tomou então outra dimensão associada agora à visão e audição capturadas por uma informática cada vez mais avançada. Assim, o livro não é mais o suporte para tamanha mudança, mas sabemos - pelos milhares de anos que nos afasta dos escribas e das centenas que também existe entre nós e a máquina imprensa criadora do livro que tudo evolui e o livro se transforma em e-book.


Um comentário:

Prof. Valmir Luis disse...

Mara, de quem é esse texto? É uma Redação Nota 10 tirada do vestibular Unesp?