Foi no meio duma noite,
indo para a madrugada, todos estavam dormindo. Mas cada um sentiu, de repente,
no coração, o estalo do silenciozinho que ele fez, a pontuda falta da toada, do
barulhinho. Acordaram, se falaram. Até as crianças. Até os cachorros latiram.
Aí, todos se levantaram, caçaram o quintal, saíram com luz, para espiar o que
não havia. Foram pela porta da cozinha. Manuelzão adiante, os cachorros sempre
latindo. – Ele perdeu o chio... Triste duma certeza: cada vez mais fundo, mais
longe nos silêncios, ele tinha ido s’embora, o riachinho de todos. Chegado na
beirada, Manuelzão entrou, ainda molhou os pés, no fresco lameal. Manuelzão,
segurando a tocha de cera de carnaúba, o peito batendo com um estranhado
diferente, ele se debruçou e esclareceu. Ainda viu o derradeiro fiapo d’água
escorrer, estilar, cair degrau de altura de palco a derradeira gota, o bilbo. E
o que a tocha na mão de Manuelzão mais alumiou: que todos tremiam mágoa nos
olhos. Ainda esperaram ali, sem sensatez; por fim se avistou a estrela d’alva.
O riacho soluço se estancara, sem resto e talvez para sempre. Secara-se a
lagrimal, sua boquinha serrana. Era como se um menino sozinho tivesse morrido.
Guimarães Rosa, em “Uma estória de amor”
Guimarães Rosa, em “Uma estória de amor”
Sobre
o autor...
Segundo o próprio Guimarães; “ nasci no ano
de 1908, você já sabe. Você não deveria me pedir mais dados numéricos. Minha
biografia, sobretudo minha biografia literária, não deveria ser crucificada em
anos. As aventuras não têm princípio nem fim. E meus livros são aventuras; para
mim são minha maior aventura”.
É importante lembrar também sua genialidade
no estudo das línguas começou a aprender a primeira sozinho aos 7 anos e depois
dominou muito bem a sua além do alemão, francês, inglês, espanhol, italiano,
esperanto e um pouco de russo; ainda aventurava-se pelo sueco, holandês, latim e
grego. Esse conhecimento de outras línguas e do funcionamento de suas
gramáticas foi um dos instrumentos que garantiu ao Guimarães um grande
conhecimento de nosso próprio idioma.
Formou-se em
medicina e exerceu pouco a profissão trocando-a pela carreira de diplomacia
quando foi considerado um herói pelos judeus por proteger e facilitar a fuga de perseguidos pelo Nazismo. Por isso foi
homenageado em Israel, em abril de 1985, com a mais alta distinção que os
judeus prestam a estrangeiros. O seu nome e de sua esposa foi dado a um bosque
que fica ao longo das encostas que dão acesso a Jerusalém.
Três dias antes da morte o autor decidiu,
depois de quatro anos de adiamento, assumir a cadeira na Academia Brasileira de
Letras. Os quatro anos de adiamento eram reflexo do medo que sentia da emoção
que o momento lhe causaria. Ainda que risse do pressentimento, afirmou no
discurso de posse: "...a gente morre é para provar que viveu."
O escritor faz seu discurso de posse na
Academia Brasileira de Letras com a voz embargada. Parece que pressentiu que algo de mal lhe
aconteceria. Com efeito, três dias após a posse, em 19 de novembro de 1967, ele
morreria subitamente em seu apartamento em Copacabana.
“Em
1967, João Guimarães Rosa seria indicado para o prêmio Nobel de Literatura. A
indicação, iniciativa dos seus editores alemães, franceses e italianos, foi
barrada pela morte do escritor. A obra do brasileiro havia alcançado esferas
talvez até hoje desconhecidas. Quando morreu tinha 59 anos. Tinha-se dedicado à
medicina, à diplomacia, e, fundamentalmente às suas crenças, descritas em sua
obra literária. Fenômeno da literatura brasileira, Rosa começou a publicar aos
38 anos. O autor, com seus experimentos lingüísticos, sua técnica, seu mundo
ficcional, renovou o romance brasileiro, concedendo-lhe caminhos até então
inéditos. Sua obra se impôs não apenas no Brasil, mas alcançou o mundo”.
GÊNERO LITERÁRIO
A crítica não chegou a uma
conclusão definitiva sobre o gênero, mas é certo que na obra a prosa pode ser
aproximada da poesia, se pensarmos no
estilo poético de Rosa, repleto de aliterações, onomatopeias, ritmo característico e trabalho sugestivo com a
linguagem. Dessa forma, uma estória de Amor pode também ser cobrado pela forma
da escrita do autor e não somente pela narrativa.
A história ainda traz algumas
outras personagens que são citadas por terem ido à festa, mas elas não são de maior importância para o
desenvolvimento da narrativa.
TEMPO E ESPAÇO
Em Uma Estória de Amor toda a
narrativa é construída às vésperas da saída de uma boiada e tem exatamente esta duração: desde os
preparativos da festa organizada por Manuelzão até sua realização e seu término.
FOCO NARRATIVO
Tem um narrador onisciente em terceira pessoa. Há,
porém, grande utilização do discurso
indireto livre (a personagem exprime seus pensamentos e sentimentos em meio à fala do narrador) e, portanto, os
discursos de narrador e personagem confundem-se, característica do estilo
roseano.
Em Uma Estória de Amor, o
narrador parece falar pela boca de Manuelzão, o qual filtra não somente a linguagem como também o ponto de
vista da narração. A segunda história da obra, assim como a primeira, é conduzida
sem divisão em capítulos, tangida como
uma boiada, o que faz o leitor relacionar a própria forma (disposição e
linguajar sertanejo) com o mundo das
Gerais.
Outras questões
importantes
A novela “Uma estória de amor”,
de Guimarães Rosa, é modelar quanto à utilização da matéria oral, popular
tradicional. Guimarães Rosa deliberadamente se apropria não apenas de motivos e
de estruturas do conto e do romance tradicional. Mas integra uma variedade de outras
formas desse acervo à sua narrativa de maneira tão natural que, por vezes,
torna-se difícil dissociar um discurso do outro.
Em “Uma estória de
amor”, intercalam-se duas estórias: a de Manuelzão, apresentada por um narrador
onisciente, e a do “Boi Bonito,” transmitida pelo Velho Camilo, que se encaixa à primeira,
completando-a.
A vida de Manuelzão consiste numa
estória trivial, sem grandes emoções, que reflete o realismo da vida. Para encontrar a ilusão
necessária à alimentação do espírito, ele recorre ao espaço mágico do faz-de-conta, através da inserção
de o “Romanço do Boi Bonito” à sua estória:
“Para bem narrar uma
viagem, quase que se tinha necessidade de inventar a devoção de uma
mentira (ROSA, 1977,
126).2
Através desse encaixe, o espaço mágico do faz-de-conta se
instala e Manuelzão, vicariamente, vai
realizar-se através das aventuras, das emoções, da vitória e das honrarias
do vaqueiro do romance, que passam a ser
as suas próprias.
A estória de Manuelzão esboça-se
como um conto de fadas; mas, na realidade, vai ser um anti-conto sem final feliz.
A contadora de histórias....
Valendo-se do tema central desse
conto – “o do vaqueiro que não mentia”
–, Joana Xaviel narra um anti-conto popular, pois sua estrutura não se assemelha à estrutura canônica, referendada
pela tradição para esse tipo de conto. A estória narrada distorce o tema, ao apresentar um
vaqueiro que é mentiroso, contrariando o desfecho de todo conto de exemplo – uma lição de moral.
Na matriz, a coragem do vaqueiro em dizer a
verdade, independentemente do que lhe pudesse acontecer, é valorizada a
ponto dele receber como recompensa a
fortuna que caberia a seu patrão pela aposta ganha. No conto narrado por Joana, a fortuna que o casal vem a possuir
decorre de atos que contrariam a moral popular. A sua estória é anti-conto, pois o modelo canônico
desse tipo de narrativa tem como final o julgamento do ato infrator, que encerra uma lição de
moral em que o Bem é sempre o triunfante. A
consciência e o domínio que o povo tem do saber tradicional, o faz
reagir contra o final da estória. A
narração se acaba sem a personagem má ser punida pelos crimes que praticara:
A estória se acabava aí, de-repentemente, com o mal não tendo castigo;
[...]
Todos que ouviam, estranhavam
muito: estória desigual das outras, danada de
diversa. Mas essa estória estava errada, não era toda! Ah, ela tinha de
ter outra parte [...]. (p. 134) Se a contadora não soubesse ou tivesse
esquecido o final da estória, era preciso “mandar enviados” por aí atrás do verdadeiro final,
da parte mais importante: a que justamente, no nível da estrutura, dá fecho a esse tipo de conto,
quando o Bem prevalece sobre o Mal. Se o conto é de exemplo, seu final não pode
deixar de conter o julgamento da malfeitora, a “Destemida”, fecho que dentro do
senso de justiça do povo é o mais importante. Desse entendimento parte a reação
das personagens. Caso a segunda parte não fosse encontrada, “a gente podia,
carecia de nela acreditar, mesmo assim sem ouvir, sem ver, sem saber. Só essa
parte é que era importante”.
(p134).
Características da escrita – MUITO IMPORTANTE....
O texto de Guimarães Rosa
reproduz também, de maneira bastante fiel, a estrutura do romance de tradição
oral, no tratamento dado à temática do Ciclo do Boi. Ao escolher como narrador
o velho Camilo, na realidade mantém a tradição ao entregar a voz a um homem. A utilização
de procedimentos mnemônicos para facilitar a memorização do texto, torna
evidente a sua procedência oral. Ainda a
rima e o ritmo do verso, que a elaboração em prosa não conseguiu impedir, e a
presença do bordão, na parte apresentada em verso, ajudam a memorização do
texto:
Levanta-te, Boi
Bonito, ó meu mano,
Com os chifres que
Deus te deu!
Algum dia você já
viu, ó meu mano,
Um vaqueiro como eu?
(p. 190)
Guimarães
Rosa também no desenrolar da estória lembra ao leitor que ele está presenciando uma performance. Para isso
intercala à estória uma série de apelos feito pelo contador que servem para checar o canal: “Me
oiçam bem?” e para chamar a atenção do
“ouvinte” para a recepção da estória: “Que todos me oiçam, que todos me
oiçam: o seguinte é este.” (p.181).
Ainda há explicações várias, palavras e expressões, como recursos de apoio
à continuidade da transmissão: “A pois”,
como também palavras que procuram reproduzir, através de dêiticos, a direção a seguir: “Antão, aqui
a gente se aparta. Você vai p’r’aqui, eu p’r’ ali, este p’r’ acolá’, outro
pr’acoli...”(p.186)
Ou através de construções
onomatopaicas imitando o trote do cavalo: “Se esparramaram em despenque, morro a fundo, por todo o lado:
qualequal, qual e qual, qual-e-qual, qual-e-qual, quale-qual, qual, qual, qual,
qual, qual, qual... Sobaixo de tantas patas, a terra sotrateava.” (186)
O trabalho de recriação do
romance tradicional é tão consciente que Rosa, através da prosa poética, conduz
a leitura para um ritmo que reproduz a métrica e a rima desse texto da tradição
em versos septissilábicos, com uma
fidelidade quase perfeita, podendo-se extrair dessa prosa estrofes inteiras: “Nos verdes onde ele
pasta, cantam muitos passarinhos. Das aguada onde bebe, só se bebe com carinho. Muito bom vaqueiro e
morto por ter ele frenteado. Tantos que chegaram perto, tantos desaparecidos. Ele fica em pé e
fala, melhor não se ter ouvido...”(p. 184)
O exagero, como procedimento
estilístico, é também explorado. Recorre-se à hipérbole visando chamar a atenção do ouvinte para
determinada coisa ou acontecimento a que se deseja dar destaque, ou que se julga importante:
Por mais de mil se
ajuntaram, ali na baixa vertente, fervença de tanta gente: –
“Rendam armas,
companheiros! Vamos derribar esse Boi!”
Alvoroçou, aquilo,
aos altos. Se engrossou com mais milheiro, e dúzia e grosa e
milhão. Mundo que
gente pariu. Várias presenças e praças, sortida regra e nação.
As questões
Na novela “Uma história de amor”
(Festa de Manuelzão), de Guimarães Rosa, o enredo, entendido como o
encadeamento de ações, é praticamente anulado. Já que a ênfase não está
propriamente no enredo, aponte e analise dois recursos da
narrativa, os quais, ao aparecer
em destaque no texto, privilegiam uma narração pouco convencional.
Em Uma Estória de Amor, a personagem principal é Manuelzão, vaqueiro de mais de sessenta anos, que tem a sua trajetória lentamente reconstituída em meio à festa que oferece para a “inauguração” da capela. Seu perfil marca-se pela dedicação ao trabalho de vaqueiro e de administrador da Samarra: “Ele Manuelzão nunca respirara de lado, nunca refugara de sua obrigação. Todo prazer era vergonhoso, na mocidade de seu tempo” Ao longo da narrativa, porém, percebe-se uma necessidade do protagonista por reconhecimento e admiração, como sendo homem de valor: “Ah, todo o mundo, no longe do redor, iam ficar sabendo quem era ele, Manuelzão, falariam depois com respeito.”
Ao contrário de Campo Geral, o universo de Uma Estória de Amor é muito grande. Muitas pessoas povoam a narrativa. Adelço: filho de Manuelzão com “um caso rápido”, era um “rapagão cabeludo, escurado, às vezes feio até, quando meio zarolho remirava, com Manuelzão nada se parecia. A mãe morrera pontual, Manuelzão não se lembrava do nome dela.” Não contava com a simpatia do pai: “Carecia de um filho, prosseguinte. Um que levasse tudo levantado, sem deixar o mato rebrotar. Não o Adelço — ele sabia que o Adelço não tinha esse valor. Doía, de se conhecer: que tinha um filho, e não tinha. Mas esse Adelço saíra triste ao avô, ao pai dele Manuelzão, que lavrava rude mas só de olhos no chão, debaixo do mando dos outros, relambendo sempre seu pedacinho de pobreza, privo de réstia de ambição de vontade. Desgosto... Como ter um remédio que curasse um erro, mudasse a natureza das pessoas?” Visto como mesquinho e maldoso, era “um homem aguardando para ser ruim”. Tinha muita afeição (apenas) pelos filhos e, principalmente, pela esposa, de quem não gostava de se separar, contrariando o que era normal para o seu povo, já que não ter lua de mel é, para um vaqueiro, motivo de orgulho, um sinal de que se trabalha arduamente: “Por conta disso, para não se separar da Leonísia (...) não se oferecera insistido para chefiar a comitiva da boiada — deixara que a ele mesmo, Manuelzão, competisse aquela ida. O Adelço tinha-se feito peso-mole de melhor não ir: pois queria era ficar, encostelado, aproveitando os gostos de marido, o constante da mulher, o bebível, em casa com cama.”
Leonísia: esposa de Adelço, era linda e formosa. Ao contrário do marido, era “boa, uma sinhá de exata, só senhora. Aquela tinha um sinal de um sabido anjo-da-guarda — pelo convívio que ela encorajava, gerência de companhia.” Até mesmo a mãe de Manuelzão, criatura tão estimada por ele, reconheceu seu caráter: “Sobre Leonísia, ela redisse: — ‘Esta procede produzindo de si, certa no esquecível e no lembrável...’-; e não dosou o bem querer, que era para uma neta, para uma filha.” Durante a festa, ela ficou sendo a “dona-de-casa”. Dona Quilina: mãe de Manuelzão, já falecida desde o início da narrativa. Foi por ela que o filho mandou construir a capela.
Seo Camilo: velho, com mais de oitenta anos, era pobre e vivia de esmolas. “À vista, não se percebia fosse tão idoso. (...) Seria talvez de todas as criaturas dali o mais branco, e o de mais apuradas feições, talvez mesmo mais que Manuelzão.” Era uma criatura boa e humilde tal qual a mãe de Manuelzão. Ganha importância ao fim da narrativa ao contar a história do “Boi Bonito”.
Joana Xaviel: a contadora de histórias da festa. Não tinha morada fixa, “morava desperdida, por aí, ora numa ora noutra chapada”. Demonstrava grande entusiasmo ao contar suas histórias.
Federico Freyre: dono da Samarra, chefe de Manuelzão. Não pôde ir à festa e mandou para o seu organizador uma carta se desculpando, o que fez a estima do vaqueiro por ele aumentar ainda mais.
Frei Petroaldo: padre que fora chamado para benzer a capela, celebrar a missa e batizar e crismar o povo da Samarra. “Estrangeiro, alimpado e louro, com polainas e culotes debaixo do guarda-pó, com o cálice e os paramentos nos alforjes.”Promitivo: ajudante de Manuelzão, muito querido por este. Alegre, era muito parecido, na opinião de Manuelzão, com Leonísia, “um o retrato da outra. Porém ele era “valdevinos, no tanto que ela era trabalhadeira”. Ajudara Manuelzão a montar a festa.
José de Deus: mulato surdo-mudo que foi assim apelidado por não saberem qual era o seu nome.
João Urúgem: eremita que fora viver no “pé-de-serra” após ser acusado de furto. Guardava raiva da população de todo o baixio “por conta do falso que contra ele tinham em outro tempo acusado”. Urúgem acreditava que Manuelzão fosse castigar todos que viviam por lá em seu nome. Vivia em uma choupana em meio a árvores e moitas e “fedia a mijo de cavalo”. Saiu de sua morada apenas para ir à festa.
Seo Vevelho: “sitieiro abastado” conhecido de Simião Faço e Jenuário, era “tocador de música” e foi com seus filhos, os quais exerciam esse mesmo ofício, tocar na festa de Manuelzão.
Chico Bràabóz: “o preto da rabeca”. Com feições de mouro e nariz pontudo, Chico gostava de beber e tinha muita memória para músicas, danças e cantigas: “Chico Bràabóz, preto cores pretas, mas com feições. Ô homem da pólvora quente! Se chegava, animante, simples social, o mundo inteiro pregado na ponta de seu nariz. (...) Já estava meio chumbado, bebeu mais do que o copo manda. Chico Bràabóz tocava rabeca, sua rabeca sarafina escura, como de um preto zinco, de folhão”. Falava tudo em versos: “Meu repertório, eu tenho ele no cocoricó...”
Acizilino: velho companheiro de Manuelzão; haviam trabalhado juntos na juventude, mas agora aquele era empregado deste. Manuelzão o descreve como sendo tão trabalhador quanto ele: “Acizilino, depois do casamento, podia ter tomado de folga, de gala, de repouso; se tanto, se duvidar, uns dias. Mas fez questão de sair com a gente, ele casou num sábado e se saiu na segunda (...) por fora de uns mais de quarenta e cinco dias, ida e volta só.”
Pruxe: violeiro que animou a festa de Manuelzão.
Maçarico: sobrinho de Pruxe, era “o maior dançador”.
João Orminiano e Queixo-de-Boi: dois vaqueiros de Federico Freyre em outra fazenda, a Santa-Lua. Trouxeram para o dono da festa recados do patrão, o qual se desculpava em uma carta por não ter podido ir à festança. Ambos acabaram ficando para a festa que, apesar de estar no final, ainda estava animada.
Seo Lindorífico: “valioso fazendeiro, mas homem amigo, sensível no sentimental”. Muito educado, era “homem de gestos”, admirado por todos por sua fineza.
( Material retirado de artigos sobre a obra disponíveis na internet)
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