segunda-feira, 3 de junho de 2013

Redação Nota dez da Bahiana de Jéssika Morais

Redação  Modelo
Tema 4 – SUS e os seus impasses

Salvador, 03 de maio de 2013

Ilustríssimo Senhor Ministro da Saúde Alexandre Padilha,
           
Em 1988, votamos a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), e com ele afirmamos a integralidade, universalidade e a equidade da atenção em saúde. Porém, é inegável que persistem problemas a serem enfrentados para consolidá-lo como um sistema público universal que teve sua base construída nos moldes dos tradicionais sistemas de proteção social existente nos países europeus.
Na prática, os propósitos de universalização, integralidade e equidade prevista constitucionalmente não foram atingidos e os recursos governamentais destinados à sua manutenção têm sido cada vez mais insuficientes e degradantes. Reconheço o protagonismo do Ministério da Saúde em prol da luta para fazer valer o direito do povo brasileiro. Porém, o senhor deve concordar que os atuais gastos com a saúde pública no país ficam muito abaixo do que é investido por nações que também oferecem esse serviço de forma gratuita, como Reino Unido, Alemanha e Canadá.
Apesar das mudanças significativas como a queda da mortalidade infantil e da eliminação de várias doenças infecciosas, o impasse entre o público e o privado mina o conceito do SUS. Como deve ser do seu conhecimento, os investimentos no nosso Sistema de Saúde, quando comparado aos dos países desenvolvidos, apresenta uma defasagem de 30 anos, relativamente. E, quando comparado por números absolutos, em PIB per capita, talvez tenha uma defasagem de 50 anos. Assim, apesar de ter sido inspirado no modelo de saúde britânico, percebo que a falta de profissionais, de infraestrutura e as filas gigantescas para conseguir atendimento fazem da saúde pública brasileira um sistema que deixa de atender as necessidades da população. 
O modelo atual de prestação de serviços de saúde, apesar de toda a evolução do SUS, ainda é ineficiente e não cumpre o desiderato apontado na Constituição, de que é dever do Estado oferecer ao cidadão todos os meios para que ele goze desta com plenitude; Assim, diante de tais fatos, é de suma importância que o senhor repense conceitos, possibilidades, objetivos e necessidades da saúde nacional por uma nova dorma de cuidar deste gigante chamado Brasil.
Atenciosamente,

                       


Junho, revisando antes da Revisão ENEM....


Junho, mês da revisão de literatura


sábado, 1 de junho de 2013

Redação Bahiana 2013 - Escolha da Profissão Médica

Tema 3 – Escolha da profissão médica

Bruna  Carolina Vieira 

Médica de azul

Drummond dizia que o amor perde o seu sentido e se torna inútil diante da insensibilidade do mundo. Para ele, há momentos em que se perdem as emoções e as pessoas se tornam mecânicas, automatizadas. Apesar de reconhecer, na fala do poeta, a impassibilidade e o mecanicismo na prática médica atual, eu escolhi contrariar a realidade e fazer da Medicina a minha arte de fazer o bem.

Mesmo acreditando na importância do conhecimento técnico incorporado a área da saúde, a meu ver, é irrefutável a necessidade da manutenção de conceitos humanísticos e bioéticos na profissão. Seguindo essa lógica, espelho-me em médicos como Hunter Adams, personagem interpretado por Robin Willians em “Pacth Adams – o Amor é contagioso”, que não aceita a postura biologista e mecanicista proposta por Abraham Flexiner no início do século XX por acreditar que somente o tratamento humanizado pode produzir a beneficência. Portanto, optar pela profissão médica foi optar por uma entre muitas formas de ajudar o próximo.

Apesar de reconhecer a rotina do médico cansativa e de abdicações em outras instâncias da vida, a vontade de cumprir meu papel social ao final de cada jornada de trabalho me faz querer ainda mais ser médica. Condição essa que passa por promover a beneficência, respeitar a autonomia do paciente e manter uma relação harmoniosa e de confiança com eles, além de buscar  soluções assistivas ou paliativas que visem melhor à qualidade de vida dos mesmos. Logo, a minha função na sociedade passa por proporcionar o equilíbrio biopsicossocial aos necessitados.

Para Manoel de Barros, as coisas não querem mais ser vistas por pessoas razoáveis: elas desejam ser olhadas de azul. Seguindo essa lógica, desejei a Medicina por ela me permitir encontrar no próximo as respostas de diagnósticos, a compreender que buscar o doente é mais importante do que curá-lo. Para isso esquadrinharei no dia a dia da minha profissão ser uma médica vestida de branco e com o olhar azul.
·       
Eela utilizou um bom jogo de palavras, e atribuiu em seu texto tanto poetas quanto cientistas.



sexta-feira, 31 de maio de 2013

Redação Bahiana 2013 - Aprendendo com quem já sabe


Redação Modelo:
Tema 2 – Função social do médico
Por uma outra conduta

Carol Alcântara 
        
            Amenizar a dor é uma obra divina. Dita por Hipócrates e propagada durante o curso histórico da medicina, tal máxima entra em desuso na era de relatividade e liquidez. Seguindo essa ótica, os profissionais da saúde do século XXI tendem a privilegiar os aspectos técnico-científicos da esfera terapêutica em detrimento dos valores e virtudes humanos inerentes a profissão, ou seja, o ethos de cuidar. No bojo desse dilema, surge o equilíbrio entre a autonomia do paciente e beneficência médica como alicerces para uma relação interpessoal ética.
       
  A banalização da vida, marca da modernidade líquida, torna a relação médico-paciente carente de solidariedade e dos princípios éticos e humanistas idealizados por Hipócrates. Partindo desse pressuposto, adequar-se ao próprio ser humano, mostrando-se sensível às suas angústias e a seu sofrimento não se destaca como conduta modelo entre os profissionais da saúde do século XXI. Desde a violação do juramento médico ao atendimento superficial oferecido àqueles que dependem do serviço público, a égide contemporânea suscita a dissociação entre os aspectos científicos e afetivos na intervenção terapêutica. D1
           
A procura por fazer o bem está na essência do respeito à vida humana. Para além dessa verdade, a Medicina Paliativa ensina: a busca por um atendimento humanizado e não massificado dos sistemas privado e público de saúde emerge como possibilidade de uma intervenção médica baseada nas necessidades que o paciente apresenta no momento do diagnóstico e não somente no conhecimento teórico sobre sua deficiência. Tendo em vista essa premissa, a assistência médica durante a dinâmica do tratamento torna-se essencial para que se estabeleça uma relação de confiança e evite cuidados negligenciados.
           
Em um mundo imerso em crises e incertezas, o relacionamento médico-paciente torna-se alheio aos aspectos subjetivos da condição humana. Diante dessa realidade, a formação técnico–científica aliada à humanização dos profissionais de saúde pode favorecer o atendimento e garantir maior eficácia no serviço. Portanto, mudanças clarividentes no presente poderão fazer com que o médico do século XXI realize com êxito a missão que lhe foi confiada: a de salvar vidas.



Reflexão sobre a Educação para a Vida


Como reflexão deixo as palavras de Bill Gates. 



 11 regras de Bill Gates

 [o que as escolas não ensinam]


Bill Gates, apontado por vários anos como o homem mais rico do mundo, e fundador da Microsoft, foi convidado por uma escola secundária para uma palestra. Chegou de helicóptero, tirou o papel do bolso onde havia escrito onze itens. Leu tudo em menos de 5 minutos, foi aplaudido por mais de 10 minutos sem parar, agradeceu e foi embora em seu helicóptero.
Os itens eram segundo Bill Gates, onze regras da vida que as escolas não ensinavam. Confira:
* Regra 1 – A vida não é fácil: – acostume-se com isso.
* Regra 2 – O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.
* Regra 3 - Você não ganhará R$ 20.000 por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.
* Regra 4 - Se você acha seu professor rude, espere até ter um Chefe. Ele não terá pena de você.
* Regra 5 - Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.
* Regra 6 - Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.
* Regra 7 - Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos”. Então antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.
* Regra 8 - Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real. Se pisar na bola, está despedido… RUA !!!!! Faça certo da primeira vez!
* Regra 9 - A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.
* Regra 10 – Televisão NÃO é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.
* Regra 11 - Seja legal com os CDFs (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas). Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar PARA um deles.

proposta de Redação Contos de Fadas

Para fazer a proposta primeiro leia a coletânea:

Texto I

O conto de fadas mudou
O talento para trabalhar e sofrer de Cinderela dá lugar a mitos que lutam pela própria felicidade.
As princesas estão de volta – mas desta vez elas não ficam adormecidas aguardando um beijo. Ao descobrir a demanda das mulheres de hoje por novos modelos de comportamento (heroínas independentes e poderosas), as indústrias de entretenimento e de brinquedos repaginaram as personagens para que deixassem de se parecer com donas de casa. O sucesso foi impressionante. A linha Princesas, da Disney, lançadas em 2001, uniu Cinderela, Branca de Neve, Bela Adormecida, Ariel, Bela e Jasmine na mesma série para movimentar US$ 2 bilhões ao ano. Até Cinderela, ícone infantil de submissão que lavava, passava e cozinhava, empresta seu rosto a produtos como laptops para garotas que brincam de ser executivas.
(...)
As novas princesas – como a dos filmes Diário de uma Princesa, 1 e 2 – são adolescentes com interesses pop como quaisquer outras e podem até terminar o filme nos braços de um grande amor mas porque o escolheram (e, não raro, o conquistaram). Qualquer semelhança com a vida atual das mulheres reais modernas não é mera coincidência. “A felicidade não é mais delegada a outro. Não é necessário que algo ou alguém as torne especiais”, diz a professora do Instituto de Psicologia da USP, especialista em relações humanas, Sueli Damergian.
(Texto adaptado, Revista Época, 29/11/2004)
Texto II



Texto III

Ao expressar em palavras e ações os contos de fadas falam das coisas que se passam nas mentes infantis. No conto de “João e Maria” os irmãos são abandonados no meio da floresta por seus pais, por alegarem não ter mais condição para sustentá-los. Os irmãos ficam assustados e com medo. Ao ler esse conto para a criança, oferece-se a ela segurança no que diz respeito a esses medos vividos no dia a dia, pois, os irmãos saem vitoriosos no final da história. Bettelheim (2007) afirma que ao discutir “João e Maria”, o empenho da criança se agarrar aos pais ,  a angustia de separação - o medo de ser abandonado — e o medo de passar fome, incluindo a voracidade oral, não estão restritos a um período particular de desenvolvimento. Tais medos ocorrem em todas as idades no inconsciente; e, assim sendo, esse conto também tem significado e oferece encorajamento a crianças mais velhas (...) os contos de fadas tem um valor importantíssimo ao oferecer novas descobertas na imaginação da criança, o que por si só seria incapaz de descobrir de forma tão verdadeira. Portanto, os contos são importantes para cada etapa da vida da criança, não apenas por serem atraentes e divertidos, mas, também por contribuírem para o desenvolvimento de suas habilidades e conflitos na sua vida adulta.  ( http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/3860790)
Proposta de  Redação:
A partir da leitura do texto e considerando sua experiência com o tema e a leitura da obra A Psicanálise dos Contos de Fadas escreva um texto dissertativo sobre o seguinte tema:
As mudanças de valores refletidas nas mudanças do contos de fadas
Você também pode optar pela escrita de um texto narrativo fazendo uma adaptação de um conto clássico para a versão que você imagina que representaria a sociedade do século XXI.

A leitura do livro não precisa ser feita em sua integralidade (bom seria que o fosse). Observe o índice e escolha o capítulo que mais tem interessa. O conto João e Maria está explicado na página 172 e o livro está disponível no endereço abaixo: