SIMBIOSE
É fato que os avanços da
hodiernidade se tornaram alvos de constantes de setores da publicidade
brasileira. Parindo de tal verdade, tem-se a implementação excessiva e abusiva
de estratégias publicitárias com o intuito de convencer as crianças a se
tornarem abjeto de alienação dentro do pensamento capitalista. Contrariando
essa lógica, surge diante dessa intensa publicidade para com os detentores da
primeira infância a luta por parte do Estado
e da sociedade para tentar
diminuir os efeitos perversos da publicidade infantil no Brasil.
Com o perpassar histórico,
sempre foi inerente ao capitalismo usar de todas as possibilidades para alienar
a população a comprar. Por esse viés, as crianças se tornaram um importante
setor social de convencimento e para isso são usados os mais diversos meios
publicitários para tal proposito. Nesse contexto, é incessante a enorme
quantidade de propagandas televisivas, nas revistas infantil, na internet e,
principalmente, nas praças de alimentação de shoppings, hoje principal reduto
atrativo para esse público. Configurando dessa forma, novos protagonistas do
futuro como simples instrumentos de subversão ao consumismo.
Em meio às conquistas sociais,
são deflagradas constantes lutas por uma libertação plena de nossos infantes
aos olhos da publicidade. Nessa égide, O Estado em consonância com a sociedade
almeja inserir políticas de contenção à intensiva publicidade infantil no Brasil.
diante desse cenário, a educação surge
como principal ferramenta simbiótica para uma reeducação de nossas crianças, para que estas se tornem mais aptas
a viverem no mundo atual. Pois, cuidar de nossas crianças é cuidar do futuro.
Para o sociólogo Milton Santos,
nunca na história da humanidade houve condições técnicas, científicas e sociais
tão pertinentes à construção de uma outra realidade para as crianças
brasileiras. Nessa premissa, é preciso que medidas sejam tomadas para conter as
ações da publicidade infantil no Brasil. Dessa forma, cabe ao Estado criar leis
que regulamente tais publicidades e multas àquelas infratoras. É importante o
papel da escola nessa luta com a inserção de conteúdos relativos ao papel
alienador da publicidade. Somente assim, nossas crianças serão atores sociais
responsáveis por construírem um futuro melhor, para si e para o Brasil.
1 – 160 V – 160 = 920 – Mário
Aguiar
Pátria Amada Brasil
No limiar do século XXI, a
sociedade contemporânea brasileira ainda não possui a plena cognoscibilidade
dos efeitos da publicidade infantil divulgada através dos meios de comunicação.
Seguindo essa perspectiva, apesar dos debates e decisões já tomadas em outros
países, o Brasil não possui leis que delimitem as ações de empresas
publicitárias direcionas às crianças.
Da Revolução Industrial aos
atuais carteis capitalistas, a humanidade presenciou mudanças técnico
científicas que a levaram a hodierna conjuntura político-social. Nesse cenário,
o capitalismo atrelado à publicidade despertou em determinadas sociedades um
ensinamento do livro O Pequeno príncipe: a disciplina tornará o mundo melhor.
Sendo assim, de acordo com a OMS, países como Noruega e Reino Unido já se
posicionaram com relação à propaganda direcionada para crianças.
Em contrapartida, a nação verde
e amarela debate sobre o tema e não possui legislação específica. Seguindo esse
viés, uma resolução, a qual crítica a publicidade infantil em território
nacional, gerou controvérsias. Por um lado, setores da sociedade como pais e
ativistas a apoiam, já outros como donos de empresas e diretores de industrias
vinculados ao público infantil não a legitimam. Nesse contexto, a não proteção da criança em relação às leis de
mercado é um calcanhar de Aquiles para o pleno desenvolvimento da sociedade
brasileira, retratando a realidade segundo o geógrafo Milton Santos: não como
fábula, mas como ela realmente é.
Parafraseando o sociólogo Emile
Durkheim, o indivíduo só poderá agir na medida em que conhecer o locus social
no qual está inserido. Partindo dessa égide, faz-se necessário para solucionar
tal problemática da publicidade infantil no Brasil que o governo, juntamente
com a sociedade e especialistas na área intervenham criando leis e ensinando a
criança a dinâmica de se viver em sociedade. Para atingir tais objetivos, é
condição “sine qua non” a implementação de programas educacionais infantis,
instrumentalizar os páis para educar a criança, mostrando-a o verdadeiro valor
dos produtos e que o essencial é invisível aos olhos. Assim, o Brasil será
efetivamente Mãe Gentil.
1-
160 – 960 – Marcos Santanna
Por uma conduta para a diferença
A publicidade direcionada a crianças representa
uma questão multifacetada no contexto da modernidade. Isso ocorre porque a
sociedade atual foi construída e moldada por ideais antagônicos que constituem
uma problemática: a necessidade de manter os elos capitalistas e a obrigação de
formar cidadãos que sejam conscientes para construir o mundo porvindouro.
A máxima de que a propaganda é a alma do negócio
foi testada e comprovada por grande parte dos cidadãos. O problema é que essa
conduta capitalista pode trazer problemas para o desenvolvimento social no que
tange ao público infantil, já que esforços não têm sido poupados para convencer
as crianças de que o prazer está necessariamente atrelado à compra. A intenção
de persuadir um público que não tem a personalidade solidamente construída é
sim abusiva ao disseminar e pregar o consumo compulsório. De fast-foods que
atraem por conter brindes a brinquedos relacionados a tecnologias de alto
custo, a publicidade apelativa influencia hábitos que, segundo a OMS, podem
causar problemas de ordem alimentar e cognitiva nas crianças.
Nos tempos em que sustentabilidade é a palavra de
ordem, incentivos que induzem sempre ao acúmulo de bens não duráveis,
produtores de grandes quantidades de lixo, são prejudiciais tanto ao meio
ambiente quanto às crianças. A extrema valorização do capital não permite que
estas consigam discernir o que realmente existe por trás das divulgações que
apregoam o consumo associado ao bem-estar. Portanto, a adoção de modelos de
proibição da publicidade para as crianças, inspirados na Noruega e no Canadá,
pode permitir que os pais decidam, com responsabilidade e prudência, o que é
realmente necessário para os seus filhos.
Para o sociólogo Zygmunt Bauman a felicidade está
à venda, mas só ocupa as embalagens. Nesse sentido, é preciso educar as
crianças para que a realidade do futuro destoe desta constatação, tão
prejudicial ao planeta e à saúde dos cidadãos, cada vez mais afetada pela
adoção de maus hábitos alimentares e por estilos de vida sedentários, muitas
vezes incentivados por propagandas que acompanham as pessoas desde a infância.
Para tal mudança, é viável que o Conar controle com rigidez os abusos
publicitários, de forma que seja regulamentada a proibição, para que este seja
um paradigma esclarecido sob a luz constitucional. Além disso, é necessário que
os pais fiscalizem o cumprimento dessa responsabilidade social, já que nem
todos os pontos de um problema complexo passam pelo crivo dos legisladores.
Dessa forma, as crianças poderão ser criadas para se tornarem a diferença e o
exemplo como consumidoras de um futuro permeado de rupturas sociais,
psicológicas e ambientais.
180 – C I
- Camila Azevedo – 980
Desejos Orientados
Os fundamentos que regem a publicidade
contemporânea servem também de base para a fluidez da economia, assim com as
crianças de hoje são consideradas o futuro da humanidade. Diante disso, a
integração das duas ideias, apesar de aparentar simplicidade, traz aspectos
diversos. A proibição das propagandas infantis mostra consequências e ao mesmo
tempo questionamentos direcionados à necessidade de tal extremo.
Existem hoje no Brasil economias voltadas para a
publicidade infantil. O eminente veto de tal atividade coloca em risco não
somente setores comerciais, como também bases do discernimento do que é ou não
necessário à crianças. Relacionando a geografia e sociologia, um país de
economia capitalista deve estabelecer medidas de consumo consciente para
aqueles que são o futuro da sociedade, evitando assim, a existência de adultos
impulsivos nos seguintes anos.
A necessidade do controle sobre as propagandas
para o público infantil é notória. Partindo dessa máxima, surgem interrogativas
sobre qual o melhor meio para o alcance do domínio da solução. No estudo do
Direito é possível destacar que qualquer cidadão tem sua liberdade assegurada;
mesmo se tratando de infantis, existe a abertura para conhecer e decidir entre
querer ou não um produto da marca Estrela, ou um alimento da franquia Bob's.
Cabe aos seus responsáveis o exercício de autoridade, decidindo o que fazer.
Parafraseando Milton Santos, nunca na história da
humanidade houve condições técnicas e sociais tão favoráveis para aliar ideias
complementares. Controlar a publicidade infantil se faz uma alternativa viável,
desde que seja atrelada à instrução dos responsáveis, para que haja o devido
controle do consumo infantil. O poder de compra de crianças não deve ser ditado
em televisores; seus desejos devem ser orientados por seus mentores da forma
devida.
180 – C V
- 980 - Tainá Nogueira
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