domingo, 24 de abril de 2011

Klaus Vieira do Nascimento - Entrevista sobre a UFV e o curso de Engenharia Elétrica

Klaus Vieira do Nascimento  foi aprovado em Engenharia Elétrica numa das universidades mais conceituadas do país: a Universidade Federal de Viçosa - UFV. Assim que terminou o terceiro ano!!! Hoje faz mestrado na famosa Universidade de São Carlos - USP e, antes de completar 30 anos, bem antes... já pode ser apontado como um dos engenheiros mais promissores do país. Nasceu em Itabuna, mas é uma referência nacional. Conheça o jovem que estuda, usa a internet e, como você, já teve dificuldades, mas agora pode nos contar um pouco do segredo de seu sucesso. Klaus Nascimento. Guarde esse nome.

 
1. É legal entrevistar pessoas que você conhece porque sabe que as respostas delas são verdadeiras e preciosas. Considero você uma dessas pessoas.

Primeiramente obrigado pelo convite, me sinto honrado em poder contribuir com o euqueropassar.com e principalmente por passar para os futuros universitários as minhas experiências tanto na universidade quanto no pré-vestibular e hoje no mestrado.

Você é alguém que conseguiu algumas vitórias que muitos pré-vestibulandos não conseguem. O que acha que foi seu diferencial? Família? Escola? Amigos? Foco?

 
A minha aprovação no vestibular, eu credito principalmente a dois fatores, o primeiro deles é a família, que me deu todo apoio financeiro, emocional e logístico para que eu pudesse chegar aonde cheguei. Apesar de vir de uma família de administradores, não sofri nenhum tipo de pressão de parte alguma para a escolha tendenciosa de minha profissão, e olha que meu pai era professor de ADM, tinha tudo para me pressionar para seguir seus passos, mas pelo contrário, ele era a pessoa mais imparcial em casa. Na nas datas dos vestibulares, meus pais faziam questão de viajar comigo (São Paulo, BH, Salvador) e me deixar na porta dos locais de prova desejando-me sempre sorte, isso me deu muita segurança, esse apoio constante e incondicional. Outro fator, é a bagagem que eu trazia dos anos anteriores de ensino médio, sempre fui um aluno bem aplicado e com boas notas, essa bagagem me ajudou muito, pois todos sabem que o ano pré vestibular é bem corrido, ainda mais para uma aluno de terceiro ano que nunca viu boa parte daquela matéria que é dada para ele em forma de revisão, seguindo o ritmo do cursinho.
2. Porque engenharia? E Elétrica? Você considera essa uma das profissões do futuro?

Minha escolha foi bastante lógica, ao contrário de algumas pessoas, eu não tinha em minha mente a exata profissão que iria seguir, então foi por eliminação. Primeiro cortei as humanas, nunca fui fã de geografia, história, português e literatura, apesar de ter boas notas em todas, mas as imensas leituras e interpretações não me atraiam assim como as profissões derivadas dessas disciplinas (Direito, Geografia, Adm, Letras, etc.). As biológicas também foram cortadas, não gostava de jeito nenhum de biologia e seus milhões de nomes para decorar. Sobraram as exatas. Eu sempre fui uma pessoa que gostava de coisas práticas e eu adorava física e matemática, então já sabia que iria querer engenharia, mas o leque é muito grande, pois hoje em dia existem muitas engenharias (química, civil, mecânica, elétrica, automação, florestal, ambiental, alimentos, e etc), então elétrica eu escolhi porque tinha afinidade com o que fazia um engenheiro eletricista.

Quanto a Engenharia Elétrica, considero que ela já foi uma das profissões do futuro, mas hoje, como boa parte das engenharias, é uma profissão do presente, pois as engenharias principalmente elétrica, civil e mecânica são termômetros da economia, o Brasil está vivendo uma ascensão econômica muito boa, isso reflete muito no mercado de trabalho, está muito bom. O crescimento agudo do país tem levado a uma constante procura por engenheiros, no caso dos eletricistas, essa profissão está intimamente ligada a um dos pilares de um país, a energia, sem ela um país não cresce, ele precisa dela para poder impulsionar suas indústrias, mercados, etc. Para isso precisa de profissionais qualificados, para fazer todo o planejamento e operação da matriz energética do país.

3. Você acha que a escolha profissional deve envolver preocupações financeiras?

Comparo a escolha de uma profissão a um casamento, assim como no casamento, não se deve levar em conta apenas o amor, ninguém vive só de amor, precisa de dinheiro também, para manter as suas necessidades e desejos de consumo, Então, considero que na escolha de uma profissão é necessário levar em conta os dois aspectos, afinidade versus retorno financeiro, acho que essa mistura se faz necessária para que a pessoa seja realizada profissionalmente.

4. O que estuda quem faz engenharia? Só exatas? Se uma pessoa tiver deficiência em exatas pode cursar engenharia?

Nas engenharias, as exatas formam a base dos cursos, independente da engenharia, existe nos dois primeiros anos de curso o chamado ciclo básico, onde se cursa as matérias relativas à física e matemática, que normalmente é comum a todas as engenharias. Após esse ciclo básico, cada engenharia segue seu rumo, a depender de seu foco, mas sempre fazendo sempre uso da base em exatas. Para uma pessoa que tenha deficiência em exatas, aconselho que corra atrás, para que não haja maiores dificuldades durante a faculdade, infelizmente o índice de desistência dos cursos de engenharia ainda é muito alto devido a fatores ligados a deficiência em matérias como física e matemática.

5. Hoje há tantas opções para engenharia. Quais vc acha que são carreiras promissoras?

É difícil enumerar as mais promissoras, as engenharias estão muito ligadas entre si, e todas são muito impulsionadas pelo cenário atual da economia, elas fazem parte de um ciclo, e se completam. Por exemplo, a economia aquecida impulsiona o mercado imobiliário, a construção civil, logo engenheiros civis se fazem necessários, mas para construir, precisa de cimento, ferro, que vêem da indústria mineradora, a qual precisa de engenheiros de minas, e na manutenção de suas fabricas está uma gama enorme de profissionais engenheiros como engenheiros eletricistas, mecânico, de automação. Para construir, licenças ambientais são requeridas , assim como projetos de saneamento, aí é que entra o engenheiro ambiental. Então, por esse simples exemplo é possível ver que as engenharias se movem em bloco, uma puxa a outra, de forma que, considero qualquer engenharia promissora no cenário atual brasileiro.

Quer falar mais com Klaus?

Eng.Klaus Vieira do Nascimento - klaus@sc.usp.br

A entrevista completa no site http://www.euqueropassar.com/

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