RECEBI MUITOS E-MAILS COM DÚVIDA SOBRE O LOCAL DAS PROVAS. EIS O QUE ENCONTREI NA PÁGINA DA UESB.
No próximo domingo, 3, começa mais um Processo Seletivo de Vestibular da Uesb. As provas serão realizadas por mais de nove mil candidatos, nas cidades de Itapetinga, Jequié e Vitória da Conquista. Se você faz parte deste rol de aspirantes a uma formação superior de qualidade, acesse o site da Consultec e confira o local dos exames.
Para a consulta, é necessário ter em mãos o número de inscrição ou CPF, além da data de nascimento. Em caso de dificuldades para encontrar o local de prova na página da Consultec, basta entrar em contato com a Comissão Permanente de Vestibular (Copeve), através do Disk Vestibular: (77) 3424-8757.
Raissa Consenza está na luta pelo sonho de ser médica e aceitou o desafio de uma guerra de redação até o vestibular da UESB. Veja a produção dela para um dos temas transversais. Inimigos tremam....rs....
Preservação, sinônimo de vida.
A exploração do meio ambiente é uma condição constante da sociedade mundial. A introdução do modelo capitalista associado à ganância dos homens além de resultar na devastação da biodiversidade, acentuou os problemas sociais. As consequências de tanta exploração vieram refletir na atualidade, onde preservar significa evoluir.
A degradação do ambiente natural está presente na história do mundo desde a Era das Grandes Navegações, em que as concepções imperialistas e o modelo metrópole e colônia foram disseminadas na sociedade do século XV até a Revolução Industrial em que a cobrança abusiva do meio ambiente se tornou mais acentuada, pois a sede por matérias primas provocava o extermínio da biodiversidade dos países do Terceiro Mundo.
Na Era da Globalização são as poderosas empresas multinacionais que além de sugar toda potência natural, também prejudica as populações de pequenos agricultores de subsistência. Sem moradia, esses trabalhadores buscam oportunidades nos centros urbanos contribuindo para o inchaço das metrópoles e agravamento dos problemas sociais, ou então adentram em movimentos de disputa de terras com denominação MST.
Em frente a tantas catástrofes naturais e de mudanças climáticas, a sociedade do século XXI se encontra no embate em desenvolver ou preservar. A Conferência de Copenhague foi uma das medidas adotadas para conscientizar e despertar o mundo para uma realidade que parecia ser tão distante. A atual corrida por energias renováveis mostra o caráter da nova ordem mundial, onde acima de tudo o que se procuraé a sustentabilidade da economia.
A história planetária foi marcada pela degradação ambiental. Em frente da proliferação das práticas globais e o auge do aquecimento da economia, os países enfrentam uma mudança radical no conceito de desenvolver, onde preservar é sinônimo da perpetuação da vida na terra.
Muitos alunos tem expressado suas dúvidas sobre como produzir uma redação sobre orientação sexual, um dos temas transversais. Melhor resposta? Uma redação bem interessante. Aprenda com Kaique.
TEMA: A geração da tolerância: Jovens brasileiros começam a derrubar o preconceito contra os homossexuais e nunca foi tão natural ser diferente quanto agora.
Sol lucet Omnibus
Por Kaíque Mercini
Cada vez mais a orientação sexual caracteriza um ponto de discussão em que os que apóiam a igualdade sexual são, em sua maioria, jovens. Apesar de todos os recentes episódios de expresso preconceito sexual, o Brasil tem conquistado avanços, mediados principalmente pela educação e pela mídia.
Como não bastavam as densas discussões sobre a questão racial e de gênero, a questão da sexualidade vem se acoplando em mesmo nível de importância às outras duas. Aceitar o relacionamento amoroso entre indivíduos do mesmo sexo já provou ser um desafio no mundo todo e deixar as particularidades desses novos modelos familiares e considerá-los como iguais tem sido uma tarefa atribuída principalmente aos jovens brasileiros. Talvez por estarem em um período de identificação pessoal, os adolescentes são os campeões da tolerância sexual, 60% dos jovens brasileiros já consideram a homossexualidade como um comportamento natural, ao contrário do mesmo percentual da década de 1990 que rejeitava os homossexuais abertamente.
A despeito da participação de jovens protagonizando os recentes episódios de violência contra gays em São Paulo e no Rio de Janeiro, a população de quase dezoito milhões de gays vem conquistando não só a empatia da nação como também direitos reais, fato evidenciado pela aprovação do reconhecimento da união estável entre homossexuais. Duas instituições podem ser consideradas responsáveis, ao menos em parte, por essas mudanças no quadro da cidadania nacional: a educação e a mídia. Nas escolas, por todo o país, atitudes de cunho preconceituoso têm sido recriminadas como forma de bullying, a mídia faz sua parte por demonstrar situações de superação de preconceitos nas novelas, filmes e seriados. Ao invés de punir e aguçar a raiva do jovem preconceituoso lhe é provida orientação adequada para quebra do preconceito.
Por fim, mesmo que o objetivo de uma nação 100% desprovida de qualquer preconceito seja utópico, a esperança de um ambiente mais justo em que raça, gênero, opção sexual ou classe social não imponha barreiras entre as pessoas não deve morrer. É perceptível que a juventude de hoje fará que a tolerância sexual passe a ser um valor transmitido de geração para geração.
Mais uma vez a UESB dá mostras de como é criteriosa nas escolhas de suas obras e de como tem interesse em convidá-los a refletir sobre grandes questões que devem passar pela mente daqueles que, ao concorrer a uma vaga na universidade pertencerão a um grupo minoritário no Brasil. Se aprovados serão produtores dos passos para um país melhor - mais desenvolvido. Pensando nisso, uma das questões principais de uma sociedade mais desenvolvida sem dúvida é a educação. Mas, essa questão tem sido esvaziada de sentido uma vez que a maioria esmagadora dos alunos apregoa a educação como uma solução para tudo ou como um eterno problema, sem avaliar seus avanços no Brasil e os atores do processo. Então, compra-se sempre o discurso “a educação do Brasil vai mal” ou " educação é a solução" sem ao menos discutir de que maneira e, sem ouvir os que contribuem para que ela esteja dessa forma ( boa ou má). Esse documentário contribuirá muito para que você monte um tabuleiro de xadrez sobre essas questões. Isso porque terá a oportunidade de ouvir as variadas partes do processo: professores, alunos e o que é mais interessante - de distintas classes sociais. Inclui também outros problemas que afetam a educação como a violência na escola e a falta de ajuda da família no processo de formação.
Antes de seguir em frente com a análise do filme, convido-lhe para um mergulho mais profundo nas questões da educação brasileira. Existe um estudioso que tem uma opinião sobre educação que merece ser lido: Esse é um link para um artigo dele: http://veja.abril.com.br/140410/brasil-primeira-potencia-semiletrados-p-118.shtml. Outra opção é segui-lo no twitter (@gioschpe). Você vai ler e saber a opinião dele sobre educação em primeira mão.
Pensada a questão da educação acho importante você ler também o material produzido pela própria UESB. Chama-se “Leituras de Cinema” para o Vestibular - parte do projeto Janela Indiscreta. Segundo informa a própria universidade: “Em seu conteúdo, o livreto traz uma breve apresentação do projeto e dos filmes já exibidos e, é claro, dos que serão cobrados este ano - “Linha de Passe”, de Walter Salles e Daniela Thomas; “A Onda”, de Dennis Gansel; e “Pro Dia Nascer Feliz”, de João Jardim”. E o principal: apresenta leituras sobre estes últimos, feitas pelos convidados para comentar os filmes nas sessões e por outras pessoas que aceitaram colaborar com a proposta. Sem dúvida, é um excelente complemento para os estudos. http://www.uesb.br/evidencias/2010/11/livreto.pdf
Eis também a sinopse oficial do filme:
"Pro Dia Nascer Feliz" é o segundo longa-metragem do diretor João Jardim, diretor do cultuado documentário "Janela da Alma" que, em 2002, bateu recordes de público no gênero. Através de uma investigação do relacionamento do adolescente com a escola - ambiente fundamental em sua formação - o diretor traz à tona, além de questões comuns a qualquer adolescente dentro do ambiente escolar, questões como a desigualdade social e o impacto da banalização da violência no desenvolvimento de muitos desses jovens.
Assista aqui a aula comentada da obra pela prof. Mara Rute
“Às vezes acho que é um pouco violento, sei lá, o jeito como se vive no mundo e, às vezes, eu acho que as pessoas realmente têm que deixar de lado as coisas que acreditam para conservar a vida.”
O FILME COMEÇA com uma impressão:
Não parece um começo de um filme que vai falar sobre educação. Mas é. Importa ressaltar que o filme não trata do tema educação de forma generalista, e mais: denuncia mesmo essa educação mínima que temos recebido para conservarem-se a escola - instituição de quem esperamos muito, mas que tem oferecido muito pouco. Assim, as pessoas - professores, diretores, alunos vão deixando de lado a educação em que acreditam para continuarem “educando”. Assim, é comum ver no filme professores que aceitam passar o aluno pelo conselho sem saber o conteúdo e alunos que, aprovados, admitem não saber nada da disciplina.
Em seguida, como uma forma de dizer que o problema da educação ou a preocupação com ela não é recente, o documentário apresenta uma gravação de 1962:
“Até quando essas manchetes serão habituais? A culpa será da juventude dita transviada, ou somos nós que não lhe oferecemos um caminho?
Esse menino, saberá votar amanhã? Saberá escolher os dirigentes da pátria?
Alguém já ensinou a este jovem que os seus problemas não se resolvem desta maneira? (roubando) alguém lhe deu uma escola, uma oportunidade, um futuro?
Se para votar bem é necessário favorecer a educação. O problema do Brasil é alterar para melhor esse panorama sombrio. De 14 milhões de brasileiros em idade escolar apenas metade chega a frequentar aulas e aprender a ler”.
Então o filme apresenta o seguinte dado: 44anos depois, 97% das crianças em idade escolar entram na escola. Com o passar dos anos muitos abandonam, 41% não concluem a oitava série. Segundoavaliações do próprio MEC, metade dos alunos do ensino fundamental nãolêou escreve corretamente.
O filme foca adolescentes de três três estados, de classes sociais distintas, que contam sobre suas vidas na escola, seus projetos e inquietações. Em conhecer como pensam, somos levados a um perfil da educação brasileira.
Inicialmente visitamos as precárias condições da escola Cel. Souza Neto, na cidade de Manari, em Pernambuco.