segunda-feira, 12 de março de 2012

Tema: Violência: novas formas, novos atores


 

                                               Violare humanum est


Produzimos essa redação para servir como amparo a produção de vocês, mas lembre-se. Você deve ter seu acervo. 




O século XXI trouxe em seu cerne mudanças substanciais na forma de relação e trabalho. O mundo virtual, a diminuição das fronteiras e o relativismo de valores também produziram maneiras “evoluídas” de violência. No entanto, uma análise um pouco mais profunda revela que seu princípio é o mesmo e está na raiz da formação do homem em sociedade. A violência assume formas associadas à identidade do grupo social.
Nos  tempos de  armas  biológicas,  invasões a países para guerras preventivas e  inimigos não declarados explodindo prédios, não é espantoso ter Suzanes matando os pais ou policiais comandando o tráfico. O mundo, hoje cada vez mais sem fronteiras, uniformiza práticas violentas que se proliferam com cliques produzindo cyber-bullying ou viagens para derrubar aviões. Bem diferente dos complôs para matar Alexandres ou os macabros rituais de Hitler em seus campos de concentração.
No entanto, os confrontos entre israelenses e palestinos ganham, a cada dia, capítulos repetidos de violência, intolerância e revanchismo, marcados apenas por breves períodos de trégua. Suzane, apontada como fruto do século XXI não  difere muito dos Cains  ou Brutus da história. Uma prova de que o que tem acontecido não são mudanças radicais de práticas e  representações sobre violência, mas talvez uma plataforma maior para a difusão desta ou mesmo uma mídia que nos alimenta de sangue todos os dias nos telejornais.
A violência contemporânea, manifesta com diferentes formas de fanatismo, terrorismo, crescimento da xenofobia, atos de homofobia e serial killers, demonstra que a globalização não criou um caminho para a compreensão do outro ou para a pacificidade mundial. Em tempos de relativismo sequer se discute ideia de bem ou mal, no entanto querer um mundo pacífico é um ideal que a história nunca deu conta de mostrar -  Somos violentos e evoluímos com  isso.


Trabalhar a ideia de Camões também teria sido massa!
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
             Todo o mundo é composto de mudança,
              Tomando sempre novas qualidades.

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