Tema: entre mudanças lentas e rápidas, a humanidade vai
construindo o futuro.
“ se a gente quiser, ele vai pousar”
Entre
passos e voos o homem construiu um mundo de possibilidades. Tais construções
garantem que as decisões do presente sejam produções de um amanhã pautado na
melhor condição de vida ou fim da espécie humana. Decidir qual trilha seguir
depois de tantas estradas é a condição de produção da aquarela do século XXI.
Dos
primeiros passos do Homo erectus até a
chegada do homem na lua, avançamos sem precedentes. Em alguns aspectos as lutas
foram quase invisíveis – das mulheres em séculos de busca por igualdade de
gênero, ou mesmo da transição do período feudal para o tecnológico. Ainda
assim, foram passos-batalhas para que chegássemos ao tempo em que a geografia e
as conjunturas socioeconômicas permitem o delineamento de futuros melhores.
Na
rapidez acelerada dos dois últimos séculos andamos em veículos automotores e
descobrimos o poder de voar. No bojo desses desvendamentos também destruímos, em
segundos, cidades japonesas e em um século utilizamos mais recursos naturais
que outras gerações. Rápidos e mortais caminhamos para o mundo de pausa e
reflexão ou avanço e destruição – decisão que produzirá “ nosso sol amarelo” e
“ nossas chuvas e guarda-chuvas”
enquanto caminhamos para o muro onde “ o futuro está.”
Para
Milton Santos, os futuros são muitos e são produzidos com armas do presente.
Com esses instrumentos, entre acelerados passos podemos produzir “novas
aquarelas de um futuro-astronave que tentamos pilotar” afinal, mesmo não
podendo adivinhar o tempo que virá, temos ao menos o direito de imaginar como
queremos que seja. Preferencialmente fácil
como o castelo de Vinicius.
O que está
por vir
Anna Beatriz Alcântara
O mundo é formado não apenas pelo que
existe no presente, mas pelo que pode efetivamente existir. Durante o perpassar
histórico o homem foi capaz de fazer das ferramentas
vigentes instrumentos para projetar para o futuro um mundo que atenda às suas
aspirações. Portanto, da Era medieval à pós-modernidade, as mudanças, sejam
elas rápidas ou lentas, permitem sonhar com um futuro possível.
A humanidade convive com a possibilidade de
construção de muitos futuros. Os anseios franceses de liberdade, igualdade e
fraternidade fizeram como que a clarividente sociedade, submissa ao desmonte do
Estado de bem estar social, lutasse por mudanças que possibilitariam um futuro
melhor. Partindo de tal égide, diante das mais diversas realidades, existem condições
favoráveis para a realização de mudanças que planejem para o futuro o
atendimento dos anseios da sociedade.
A dinâmica das transformações sociais ao
longo da história constrói o que está por vir. Da estagnação cultural e
econômica presente da Idade Média ao Boom demográfico que modificou os centros
urbanos, o homem provoca mudanças que constroem seu próprio futuro. Portanto, o
mundo de hoje, é apenas um longo caminho do desenvolvimento histórico, uma vez
que, diante da lógica do capitalismo globalizado, está sujeito a mudanças
possivelmente mais rápidas e intensas.
Fica claro que, o futuro é, para a
humanidade, o resultado das mudanças em todas as esferas sociais ao longo a
história. Portanto, atitudes novas de novos homens fazem, a partir do presente,
projetar um futuro que garanta a manutenção do estado de bem estar social aos
cidadãos e o atendimento de suas aspirações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário