Stephanie dos Anjos
De coadjuvante à protagonista
A pré-história moldou os princípios de
uma ideologia patriarcalista que ficaria marcada pela desigualdade social com
prejuízo para a figura feminina. Partindo dessa premissa, a atuação da mulher
foi completamente apagada diante de uma sociedade submissa ao sexo masculino. Contudo,
o perpassar histórico evidenciou a intensidade de uma força capaz de inverter
papéis e promover o recomeço para a humanidade desencantada consigo mesma.
Desde
a primeira organização social proposta pelos hominídeos, o desnivelamento entre
homens e mulheres esteve presente. Enquanto o gênero masculino preponderava
soberanamente, ao feminino só restavam as tarefas do âmbito doméstico. Seguindo
essa égide, denominavam-se de sexo frágil as mães e esposas que abrigavam a
marca da inferioridade natural, subvertendo suas identidades em torno dos
estereótipos estabelecidos. Com a iminência da Revolução Industrial e dos
vorazes movimentos feministas, a desarticulação desses princípios possibilitou
a proposta de um novo capítulo.
Diante desses indícios, a capacidade de
enfrentar séculos de repressão desmedida consagrou real o que parecia uma
utopia. E, no limiar do século XXI, a presença
feminina encontra-se acentuada nas mais variadas esferas da sociedade
contemporânea. Dos cargos de comando antes redutos dos
ternos e gravatas, às múltiplas prestações de
serviço, evidenciam as contribuições da reviravolta conseguida por verdadeiras
guerreiras. Assim como Joana d’Arc, as mulheres da era cibernética devem ser
forças geradoras de transformações.
A Revolução Sexual incendiou os
paradigmas de uma sociedade machista. E, sob a cinza
dessa fogueira, a mulher permitiu o alcance de novos caminhos, desfalecendo
os valores impostos pelo grupo dominante. Hoje, as
filhas de Eva configuram-se como personagens principais na revolução
pós-moderna em busca de uma sociedade mais equitativa e menos desumana.
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