segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Tema de Redação Políticas Afirmativas


Tema: Políticas afirmativas para o Brasil: do racismo as  cotas

Para  colher  amanhã
Sim para o não.  A designação das  cotas se  contextualiza como uma  ação afirmativa que  visa  preencher os abismos na educação pública, na história do negro no Brasil associado a escravidão e, ao genocídio indígena. Nesse sentido tais medidas ajudam o Brasil a avançar para uma democracia que garantirá, em certo tempo, igualdade de direitos com garantias de acesso.
Em sua obra “O homem que Calculava” Malba Tahan nos ensina que existe “o matematicamente  correto” e a matemática pautada em princípios éticos, essa segunda é que rege as divisões das cotas no Brasil.  As reservas de vaga aparecem para favorecer os que carregam deficiências escolares fruto de uma educação que durante séculos foi  sufocada por um processo colonizador e,  no século XX,  por  um regime ditatorial  que  impediu as escolas de  se transformarem  em espaço de conhecimento para todos em igual medida,  como almejamos.  O que não dizer dos dois séculos da descoberta e  colonização em que se  dizimou uma  população indígena  que contava entre 3 e 5 milhões de habitantes e hoje, segundo o IBGE, não ultrapassa 400 mil, quase todos marginais sociais sem nível quase algum de escolarização.
Os negros não são nesse processo um caso a parte,  talvez sejam, ao contrário, parte mais integrante e alvo de maior discussão para os que veem a medida afirmativa como designação de preconceito racial. Esses, seguramente tem seu ponto de  vista pautado numa visão estereotipada dos que enxergam, mas não querem deixar que outros vejam. Para os filhos da África e construtores do Brasil as  cotas aparecem para ser uma oportunidade na produção de  um novo Brasil  que não renega sua origens, sua formação, sua africanidade.
Se desconhecer e ignorar o passado, o brasileiro não se fará presente. Apesar  dos ecos dos que não entendem que a igualdade é socialmente  construída  vamos fazendo ensaios de um Brasil pautado na equidade  e com seus abismos  sociais perfeitamente preenchidos por politicas públicas que ensaiam um país melhor. Ação não fácil  já que contrariamos a lógica do individualismo  como valor absoluto e aplicamos a ideia do pensamento a longo prazo   Aristotélica -  numa sociedade desigual é preciso produzir desigualdades de oportunidades para, no futuro conseguir igualdade.

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