sexta-feira, 11 de abril de 2014

Redação Bahiana 2014. 1 - Aprendendo com Lucas Marciel

Não sabemos se esse ano a Bahiana vai voltar aos seus fantásticos temas voltados para a Medicina. Se for....
Aprendam com Lucas Marciel 

                                                        Do envelhecer a eterna novidade
      Recentemente, um amigo, ao qual tenho bastante estima, formou-se em medicina e convidou-me para sua formatura . Conversamos sobre os desafios da velhice e da infância no século XXI. No decorrer da conversa, lembramos de Hipócrates e de sua medicina humanista em que muitas foram as transformações que convergiram para a construção da medicina pós-moderna.
      Falei para este tal amigo que a Organização Mundial da Saúde recomenda investimentos na ordem de 7% do PIB, mas, no Brasil, não passam de 3% a 4% do PIB. Frente a essa situação, a medicina, através de seus aparatos de acesso, precisa de reformulações e adequações a realidade atual, desse modo, dos planos de saúde aos hospitais torna-se essencial uma melhoria e ampliação dos serviços a serem ofertados a terceira idade. Assim sendo, tal reformulação impõem desafios não somente a medicina, mas também abarca o envolvimento do Estado, do setor privado e da sociedade. 
      Por outro lado, Paulo Freire ensina que devemos olhar para as crianças como produtoras e transformadoras da sociedade . Diante dessa verdade, os direitos da saúde e da cidadania das crianças já assegurados nas Convenções das Nações Unidas(ONU) e nas Metas do Milênio e ratificado pelo Brasil, permanece como uma marca importante para medicina contemporânea. Convém lembrar, que a médica Zilda Arns  apregoava que nunca em toda a história assistimos a possibilidade da construção de uma saúde possível para as crianças, como agora. Porém, não se pode esquecer que muitos vezes ela é enclausurada por atitudes arbitrárias.

       Ao meu amigo, falei que somos fisicamente um corpo, mas, psicologicamente uma memória . Logo, conhecer o curso histórico da medicina nos faz entender a situação médica presente e em qual direção devemos caminhar em busca de novos progressos. Portanto, mesmo sabendo que não dá para mudar o começo, através de melhorias no presente teremos um envelhecer seguro e preservaremos a eterna novidade.

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