Depressão[1]
Texto I
Para
o Dia Mundial da Saúde de 2017, lembrado em 7 de abril, a Organização Mundial
da Saúde (OMS) deu início a uma campanha sobre depressão, transtorno que pode
afetar pessoas de qualquer idade em qualquer etapa da vida. Com o lema “Let’s
talk” (“Vamos conversar”, em português), a iniciativa reforça que existem formas
de prevenir a depressão e também de tratá-la, considerando que ela pode levar a
graves consequências. Conversar abertamente sobre depressão é o primeiro passo
para entender melhor o assunto e reduzir o estigma associado a ele. Assim, cada
vez mais pessoas poderão procurar ajuda.
Principais fatos
A
depressão é um transtorno mental frequente. Globalmente, estima-se que 350
milhões de pessoas de todas as idades sofrem com esse transtorno.
Depressão
é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma muito
importante para a carga global de doenças. Mais mulheres são afetadas pela
depressão que homens. Existem vários tratamentos eficazes para a doença.
A
condição é diferente das flutuações usuais de humor e das respostas emocionais
de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa
duração e com intensidade moderada ou grave, a depressão pode se tornar uma
séria condição de saúde. (http://www.paho.org)
Considerando
a leitura dos textos motivadores, os fatos propostos pela OMS e as reflexões a
respeito da depressão como uma doença em ascendência do século vigente, produza
uma dissertação argumentativa, na norma-padrão da língua portuguesa, defendendo
a importância da atuação médica como facilitadora do convívio humano e como
referência fundamental para a diminuição da depressão no mundo por meio de
cuidados providos por ele e demais profissionais de saúde, especialistas ou não
em saúde mental.
Redação
Modelo
Pilares
No despontar da contemporaneidade, a industrialização
fordista do sistema de saúde, traz consigo o afastamento das relações
médico-paciente tornando essa uma das causas da persistência da depressão como
transtorno mental de maior ocorrência nos homens coevos. Essa verdade induz uma
reflexão: a importância da atuação dos vocacionados da saúde como ponte entre a
convivência harmônica e o bem-estar do paciente, bem como a caracterização de
habilidades médicas como referência de cuidado para a diminuição da depressão.
A indústria da saúde segue uma linha fordista de
assistência em massa. Nesse sentido, os pacientes tornam-se apenas números
dentro de metas a serem cumpridas. Entretanto, para que essa realidade não seja
elemento indutor da doença, os vetores da saúde - das escolas médicas até os hospitais
- devem promover uma relação de confiança, que proporcione conversas abertas
sobre depressão, visando a sua prevenção ou seu possível tratamento. Dessa
forma, o perito em saúde pode - assim como Augustos confortou Hazel Grace -
confortar os sentimentos dos enfermos macambúzios.
"Não permitirei que concepções racionais, nacionais,
religiosas, partidárias ou sociais intervenham entre meu dever e meu
paciente". Partindo desse princípio, a vontade de cuidar do egresso de
medicina, e a busca pela diminuição da dor, respeitando a autonomia e
integridade do adoentado, é indispensável na prática de uma medicina
complementar. Isso porque, além das habilidades técnico-científica, o
profissional deve saber ouvir, acolher e cuidar, de forma que o cuidado ultrapasse
a dimensão biológica do doente, e a rotineira prescrição de antidepressivos, e
seja capaz de compreender o ser nas suas angústias, medos e incertezas.
Portanto, cabe ao médico honrar seu juramento e promover o bem-estar
biopsicossocial na cura ou prevenção da depressão.
Isto posto, o resgate da medicina humana e ágape é a
chave é a chave para que a depressão não ultrapasse as barreiras do cuidar.
Seguindo essa linha, é necessário que as Escolas de Medicina incluam na sua
matriz curricular não somente o saber teórico, mas, em matérias como psicologia
médica, ensinem o saber dialogar e respeitar os limites do paciente de forma
que essa relação conceda um sentimento de positivo para ambas as partes. Assim,
a medicina transcenderá o curar ao se aplicar na perspectiva da arte do cuidar, e o vocacionado da saúde terá por trás do jaleco
branco, a referência de altruísmo e resiliência como pilares para diminuição da
depressão, exercendo holisticamente sua profissão. (Felipe Araújo)
Herdeiros de Hipócrates
A medicina transcende o curar quando aplicada na perspectiva da arte do
cuidar. Essa verdade Hipocrática enseja uma reflexão: a importância da
humanidade nos vocacionados da saúde como ponte entre a convivência harmônica e
o bem-estar do paciente, bem como as habilidades fundamentais para a pratica da
medicina integrativa e complementar que combatem diretamente a depressão,
doença a qual está em ascendência no século vigente.
No limiar do século XXI, com a democratização das informações, a relação
médico-ativo e paciente-passivo
perdeu lugar para uma aliança terapêutica positiva para ambas as partes. No
entanto, a figura do médico como orientador do seu paciente sobre as causas e
consequências das suas escolhas é de fundamental importância na conjuntura da
medicina paliativa, na eminência de prevenir e tratar doenças psicoativas que
afetam pessoas de qualquer faixa etária e levam a graves quadros depressivos.
Partindo dessa premissa, através da multidisciplinaridade da saúde o indivíduo
poderá construir uma autoimagem real e positiva e, a partir disso, tenha
condição de se responsabilizar de forma consciente por seu próprio corpo e
mente, evitando assim debruçar no abismo do isolamento e baixa autoestima ocasionada
pelo mundo marcado por relações cada vez mais fluídas. Dessa forma, a opinião
do paciente sobre os procedimentos aos quais seu próprio corpo é sujeito de
nada serve se não houver uma integridade mental do enfermo que possibilite tal
consciência, a qual, esta fundamentalmente ligada aos cuidados providos pelo
profissional de saúde.
“Não permitirei jamais que questões religiosas, nacionais, partidárias
ou raciais intervenham entre meu dever e meu paciente”. Partindo desse
princípio, a humanidade do egresso de medicina e o saber reconhecer seus
limites, respeitando - em primeira linha - o bem-estar do assistido, contemplando a
substituição da dor pela anestesia e a transformação do curandeiro barroco pela
amnesia, possibilitando que o ser humano entenda que o médico mais do que
promover a possibilidade da cura posiciona-se como crucial propulsor do
bem-estar psicossocial. Isso por que, além das habilidades técnico-cientificas,
o profissional deve saber ouvir, acolher e cuidar, bem como ultrapassar o
horizonte das barreiras biológicas do enfermo e ser capaz de orientá-lo diante
das suas angústias e medos. Portanto, cabe ao médico honrar seu juramento e
proporcionar o bem-estar biopsicossocial fundamentando-se principalmente no
respeito a uma medicina com base complementar.
O entendimento da medicina terapêutica, portanto, garante a eficiência
dos procedimentos medicinais em virtude da arte do cuidar sobre o pilar da
afetividade. No cenário da medicina, entende-se que a função dos herdeiros de
Hipócrates pressupõe a empatia e prevenção. Assim sendo, compreender as
renovações dos valores sociais exige exatidão médica nos procedimentos práticos
e, fundamentalmente, afetivos, para validar o profissionalismo e, a cima de
tudo, garantir o ethos da cura. A conquista dessa cognoscibilidade se dará pela
parceria Estado e Escola na criação de projetos educacionais voltados para
fundamentos holísticos na formação dos acadêmicos de saúde. (José Ramiro
Ferreira)
[1]
Lembre-se das camadas da redação, portanto, além de responder ao tema tente
referências de Van Gogh/ Machado de Assis e Clarice Lispector para lembrar da
primeira fase.
Nenhum comentário:
Postar um comentário