quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Terra Estrangeira - Temas para as provas de História e Geografia


Como vocês sabem os filmes da UESB ( A Onda ano passado) também são cobrados em outras provas. O filme Terra Estrangeira traz em seu bojo entre questões possíveis a Era Collor e o Sistema que se adotou na política econômica que subsidiou o plano econômico de Zélia Cardoso. Segue um trecho do documentário de Milton Santos que trata dessa cartilha econômica. 
Vamos torcendo pessoal


O documentário passará a tratar então do Consenso de Wasghinton definido  a globalização como peversidade

Segundo o documentário,  em 1989, uma reunião organizada pelo Instituto  Intermacional de Economia em Washington  propôs reformas para que os países da America Latina retomassem a trilha do crescimento e do desenvolvimento. Nasceu aí o consenso de Washington. Uma espécie de bula com austeridade fiscal, elevação de impostos, juros altos para atrair investimentos estrangeiros e privatizações, essas em nome da boa adminsitração do setor privado  e da incapacidade dos Estados.
Após, o documentário apresenta reflexão de Milton:
O mesmo sistema ideológico que justifica o processo de globalização, ajudando a considerá-lo o único caminho histórico, acaba, também, por impor certa visão da crise e a aceitação dos remédios sugeridos. Na verdade, porém a única crise que os responsáveis desejam afastar é a crise financeira, não qualquer outra[1].
E o documentário traça então um perfil do caos criado na América Latina com o Consenso de Washington como no Equador – por causa da privatização de serviços estatais e da dolarização da economia.  Na Bolívia - propostas de privatização da água, revolta popular comandada por uma nação de maioria mestiça e de índios, morte de um jovem que comoveu o país. A Argentina - destruída pelos experimentalismos do neoliberalismo, pelas privatizações e abertura da economia. Ainda no América Latina os bolivianos ensinam que a apesar da globalização nos fazer esquecer do poder da democracia eles descobriram que ele existe.

Em seguida aparece um pronunciamento de Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de economia e economista chefe do Banco Mundial de 1997 a 2000. Ele afirma que esse receituário proposto pelo consenso de Washington não provem de análise econômica, mas de postura ideológica. Ainda afirma que tal consenso não foi necessário nem suficiente para o crescimento já que países como Bolívia seguiram os mandamentos e seguem até hoje esperando os lucros em oposição a países como a China que não seguiu o consenso e cresceu.
Também aparece no documentário Celso Amorim ex-ministro das Relações Exteriores que afirma ser essa história de que os Estados Nacionais estão diminuindo de importância uma história da carochinha que os países ricos nos contam porque o Estado Nacional, por exemplo, Norte-americano vai muito bem. Inclusive bem do ponto de  vista de  força do Estado com gastos militares como nunca  houve antes, com o empenho direto dos agentes comerciais do governo americano para defender os interesses das empresas americanas. Isso é normal. Mas aí eles nos dizem: “ o Estado não tem importância”. Logo, eles querem nos enganar.


[1] Aí está, na verdade, uma causa para maior aprofundamento da crise real _econômica, social, política, moral_ que caracteriza o nosso tempo.

Nenhum comentário: