Como vocês sabem os filmes da UESB ( A Onda ano passado) também são cobrados em outras provas. O filme Terra Estrangeira traz em seu bojo entre questões possíveis a Era Collor e o Sistema que se adotou na política econômica que subsidiou o plano econômico de Zélia Cardoso. Segue um trecho do documentário de Milton Santos que trata dessa cartilha econômica.
O documentário passará a tratar então do Consenso de Wasghinton
definido a globalização como peversidade
Segundo o documentário, em
1989, uma reunião organizada pelo Instituto
Intermacional de Economia em Washington propôs reformas para que os países da America
Latina retomassem a trilha do crescimento e do desenvolvimento. Nasceu aí o
consenso de Washington. Uma espécie de bula com austeridade
fiscal, elevação de impostos, juros altos para atrair investimentos
estrangeiros e privatizações, essas em nome da boa adminsitração do setor
privado e da incapacidade dos Estados.
Após, o documentário apresenta
reflexão de Milton:
O mesmo sistema ideológico que justifica o processo de globalização,
ajudando a considerá-lo o único caminho histórico, acaba, também, por impor certa
visão da crise e a aceitação dos remédios sugeridos. Na verdade, porém a única
crise que os responsáveis desejam afastar é a crise financeira, não qualquer
outra[1].
E o documentário
traça então um perfil do caos criado na América Latina com o Consenso de Washington como no Equador – por causa da privatização de serviços
estatais e da dolarização da economia. Na
Bolívia - propostas de privatização da água, revolta popular comandada por uma
nação de maioria mestiça e de índios, morte de um jovem que comoveu o país. A Argentina
- destruída pelos experimentalismos do neoliberalismo, pelas privatizações e
abertura da economia. Ainda no América Latina os bolivianos ensinam que a
apesar da globalização nos fazer esquecer do poder da democracia eles
descobriram que ele existe.
Em seguida aparece
um pronunciamento de Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de economia e economista chefe do
Banco Mundial de 1997 a 2000. Ele afirma que esse receituário proposto pelo
consenso de Washington
não provem de análise econômica, mas de postura ideológica. Ainda afirma que
tal consenso não foi necessário nem
suficiente para o crescimento já que países como Bolívia seguiram os
mandamentos e seguem até hoje esperando os lucros em oposição a países como a
China que não seguiu o consenso e cresceu.
Também aparece no documentário Celso Amorim ex-ministro das
Relações Exteriores que afirma ser essa história
de que os Estados Nacionais estão diminuindo de importância uma história da
carochinha que os países ricos nos contam porque o Estado Nacional, por
exemplo, Norte-americano vai muito bem. Inclusive bem do ponto de vista de
força do Estado com gastos militares como nunca houve antes, com o empenho direto dos agentes
comerciais do governo americano para defender os interesses das empresas
americanas. Isso é normal. Mas aí eles nos dizem: “ o Estado não tem
importância”. Logo, eles querem nos enganar.
[1]
Aí está, na
verdade, uma causa para maior aprofundamento da crise real _econômica, social,
política, moral_ que caracteriza o nosso tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário