sábado, 28 de março de 2015

Redação identidade - É bom ler Roberto da Mata

Como se constrói uma identidade social ? Como um povo se transforma em Brasil ? A pergunta, na sua discreta singeleza, permite descobrir algo muito importante. É que no meio de uma multidão de experiências dadas a todos os homens e sociedades, algumas necessárias à própria sobrevivência, como comer, dormir, morrer, reproduzir-se etc. , outras acidentais ou  superficiais: históricas, para ser mais preciso - o Brasil foi descoberto por portugueses e não  por chineses, a geografia do Brasil tem certas características como as montanhas na costa do Centro-Sul, sofremos pressão de certas potências europeias e não de outras, falamos português e não francês, a família real transferiu-se para o Brasil no início do século XIX etc. Cada sociedade (e  cada ser humano) apenas se utiliza de um número limitado de "coisas" (e de experiências) para construir-se como algo único, maravilhoso, divino e "legal" ...
                Sei, então, que sou brasileiro e não norte-americano, porque gosto de comer feijoada e   não hambúrguer; porque sou menos receptivo a coisas de outros países, sobretudo costumes e ideias; porque tenho um agudo sentido de ridículo para roupas, gestos e relações sociais; porque vivo no Rio de Janeiro e não em Nova York; porque falo português e não inglês; porque, ouvindo  música popular, sei distinguir imediatamente um frevo de um samba; porque futebol para mim é um jogo que se pratica com os pés e não com as mãos; porque vou à praia para ver e conversar com os amigos, ver as mulheres e tomar sol, jamais para praticar um esporte; porque sei que no carnaval trago à tona minhas fantasias sociais e sexuais; porque sei que não existe jamais um  "não" diante de situações formais e que todas admitem um "jeitinho" pela relação pessoal e pela amizade; porque entendo que ficar malandramente "em cima do muro"  é algo honesto,  necessário e prático no caso do meu sistema; porque acredito em santos católicos e também nos orixás africanos; porque sei que existe destino e, no entanto, tenho fé no estudo, na instrução e no  futuro do Brasil; porque sou leal a meus amigos e nada posso negar a minha família; porque, finalmente, sei que tenho relações pessoais que não me deixam caminhar sozinho neste mundo, como fazem os meus amigos americanos, que sempre se veem e existem como indivíduos!
                Pois bem: somando esses traços, forma-se uma sequência que permite dizer quem sou, em contraste com o que seria um americano, aqui definido pelas ausências ou negativas que a  mesma lista efetivamente comporta. A construção de uma identidade social, então, como a    construção de uma sociedade, é feita de afirmativas e de negativas diante de certas questões.
   Tome  uma lista de tudo o que você considera importante - leis, idéias relativas a família, casamento e sexualidade; dinheiro; poder político; religião e moralidade; artes; comida e prazer em geral - e com ela você poderá saber quem é quem. (DaMATTA, Roberto. 1986. O que faz o brasil, Brasil ?)

Para ler mais, acessem;
http://www.submit.10envolve.com.br/uploads/eee522045a4423e5905401f9121e50c5.pdf

domingo, 22 de março de 2015

Redação Nota mil tema água



Água desafio do século XXI. A proposta deve sugerir soluções para problemas ocasionados pela má gestão dos recursos hídricos.
Redação Modelo
O ouro azul e a seca ética
A sociedade muda com o passar do tempo e com ela suas ações e ideais, permitindo afirmar que concepções alteram-se a todo instante no decurso histórico da humanidade. Tal verdade, aplica-se ao uso e gestão da água na pós-modernidade. Destarte, a mesma tem sido vedete de diversas discussões no âmbito sociopolítico, no qual figura o embate entre capitalismo versus visões humanitárias.
Nesse cenário, é preciso destacar, inicialmente, que o ideário que rege a sociedade contemporânea baseia-se fundamentalmente no olhar capitalista de mundo, uma vez que a visão do pequeno grupo que detêm o poder econômico e político mundial sobressai-se em detrimento dos ideais da parcela esmagadora que compõe todo o resto. Logo, bens que em décadas anteriores eram vistos como direitos de todos, passam a ser enxergados - pelo pequeno grupo - como meios econômicos, suscetíveis a privatizações e negociáveis no mercado capital. Nesse contexto histórico da atualidade, a água é analisada sob tais perspectivas, uma vez que sua disponibilidade futura é fruto de dúvidas, o que por vez a transformaria em produto de luxo, o chamado “ouro azul”.
Tal possibilidade não é causada por fatores ambientais, mas por ações antrópicas no meio ambiente. Sendo assim, do desperdício às extremas secas, da destruição ambiental às alterações climáticas, o homem parece não salientar que a pauta refere-se a um bem inalienável a sua vida. Dessa forma, persistem os debates sobre racionalização e gestão adequada da água, bem como o seu papel: de um lado vista como bem econômico, do outro como direito da humanidade. Enquanto isso, dezenas de pessoas morrem todos os anos devido à escassez de tal líquido vital, aliada a fatores como fome, pobreza e falta de higiene. Entretanto, os recursos hídricos continuam sendo utilizados de maneira predatória pelas empresas, agricultura e setores de energia.
Parafraseando o geógrafo Milton Santos, as grandes empresas não têm responsabilidades sociais nem morais, desorganizando desta forma o território tanto moral como socialmente. Partindo desse pressuposto, o controle capitalista dos recursos hídricos não é ético e não deve ser aceito pelas sociedades. Paliativos como a melhoria da infraestrutura e gestão da água, como também maior articulação e ação governamental devem ser tomados para amenizar os efeitos danosos causados pela escassez da mesma.

Ensaio de um novo consumo
Ao longo de seu curso histórico, a humanidade foi pautada na usurpação desordenada de seus recursos hídricos, sobretudo, os de matriz hídrica. No entanto, em ares da era da sustentabilidade, cuja demanda por água de qualidade aumenta e a população expande-se, o mundo caminha sob o desafio de estabelecer um novo paradigma de consumo para esse bem, em direção a um futuro de incertezas.
Assim, desde a Revolução Industrial, com o crescimento urbano e a instituição da água nos processos produtivos, o ciclo hidrológico vem sendo comprometido. Nesse âmbito, em países que vivenciam seu surto de metropolização, a exemplo da China, os riscos de escassez são cada vez maiores, graças ao alto consumo e à poluição dos mananciais decorrentes da ausência de saneamento básico. Aliados ao fenômeno da urbanização, a distribuição pouco equitativa dos afluentes e efluentes potencializa o algoz da falta de água, que de acordo com a ONU atinge cerca de 1/7 da população mundial, sobretudo, na África Subsaariana e no Oriente Médio.
Num mundo pós-moderno que assiste a um salto exponencial em sua população e vive a iminência de um colapso hídrico, grandes levas de água são empregadas na produção de alimentos. Seguindo essa lógica, no Brasil, 70% de seus recursos hídricos alimentam o agrobusiness - responsável por metade do PIB nacional. Mediante esse cenário, é preciso ressaltar que o desfecho para o fantasma da escassez pressupõe, a princípio, a desaceleração da máquina econômica do Estado e alterar seu panorama de desenvolvimento.
Para o teólogo Leonardo Boff, o paradigma da água consiste numa crise silenciosa e democrática – pois atinge a pobres e ricos – que enfatiza a proteção pelos recursos hídricos. Por este viés, é preciso repensar o mecanismo de exploração dessa matriz natural e persistir nas políticas de subsidio ao consumo racional desde as escola aos ambientes de trabalho, no sentido de garantir o aproveitamento racional da água no presente e, sobretudo, no futuro - ainda que isso represente uma retração econômica. Produzida por alunos do Curso Eu Quero Passar

domingo, 8 de março de 2015

O colegio Divina Providência realiza um encontro de pais e alunos do terceiro ano no Palace Hotel

Não existe vitória no vestibular sem a ajuda da família, foi assim que começou a palestra da professora Mara Rute dizendo aos pais que a ação do colégio Divina naquele domingo era providencial para a vida dos seus filhos. Em uma mescla de motivação conselhos e sobretudo troca de experiências o café da manhã promovido pela professora Silvana (diretora da escola) faz parte de uma série de ações dessa escola que agora faz parceria com o colégio Bernoulli, esse está no ranking de melhor escola do ENEM.

Assista ao vídeo com depoimento de pais e alunos e curta essa escola que tem feito a mudança em Itabuna!