quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Tema de Redação Bahiana 2016

Proposta Bahiana 4

A questão 8 tratava do tema  das tecnologias no cotidiano melhorando a qualidade de vida. Aproxima-se um pouco do tema que a FASA tentou fazer, mas que não conseguiu por não unir o texto de apoio com a proposta feita. Esse texto é um clássico nas provas da Consultec.














 Veja a prova da UniPê em que o texto estava na abertura:

Se quiser ler o texto na íntegra pode: É Perfeito!
Repensar o papel do médico, reavaliar sua importância inquestionável no enfrentamento da enfermidade e na política de resultados, assim como encontrar caminhos que viabilizem uma atuação relevante e salientem sua fundamental participação na atual medicina ocidental, é a proposta principal deste trabalho. Percorrendo, através da história, etapas definidas tanto pelos valores existenciais e compromissos sociais de cada época, quanto pelo progresso de uma ciência em contínua ascensão, testemunha-se a medicina em transformação. De um posicionamento primitivo de “arte de curar”, em que o médico detinha a magia dos remédios e o enfrentamento pessoal da enfermidade, a atuação médica chegou ao atual – e por vezes incômodo - posicionamento de profissão comum e sujeita às contradições sociais. O profissional da medicina, outrora endeusado e considerado um artista, atuando através da fusão de conhecimentos adquiridos e da experiência própria, foi aos poucos sendo destituído do glamour e do mistério que o caracterizavam, assumindo o papel de profissional sujeito a uma série de exigências antes desconhecidas. Se por um lado adquiriu a seu favor uma ciência que se renova a cada dia, por outro passou a enfrentar as expectativas de uma população informada e vigilante, somadas por sua vez a circunstâncias externas que interferem diretamente na atuação médica: políticas de saúde, carência de recursos, superlotação de serviços, desvalorização do trabalho médico, banalização de informações.
A importância do questionamento do papel do médico se torna relevante na medida em que a medicina ocidental deixa de ter sua centralização na figura do profissional e passa a depender de recursos, sem  os quais a atuação do médico se torna ínfima, quase nula. Surge assim a “medicina de recursos” que, movida por uma sociedade que valoriza excessivamente a comprovação documental e a burocracia, transforma o recurso em quesito mais importante do que o médico em si. As pequenas exigências do dia-a-dia na medicina, as disponibilidades terapêuticas, as viabilizações diagnósticas, as comprovações laboratoriais, a documentação, a burocratização das políticas de saúde adquiriram papel tão importante quanto a atuação terapêutica propriamente dita, e muitas vezes o médico utiliza mais tempo no preenchimento de papéis, do que no relacionamento com o paciente. A relação médico-paciente parece ter abdicado da excelência, superado por uma série de normas que controlam assustadoramente a atuação médica, moldando-a em conformidade com políticas assistenciais cabíveis aos recursos oferecidos, para conforto de setores que, de alguma forma, beneficiam-se com tais procedimentos.

A saúde a um toque dos dedos

O uso de aplicativos de medicina, treinamento físico, nutrição e bem-estar torna os celulares e os tablets os mais novos recursos para aprimorar os cuidados com o corpo e a mente

Mônica Tarantino e Monique Oliveira

ATUALIZADOS 

Sem saber, o epidemiologista bengalês Alain Labrique foi um dos pioneiros de uma revolução em curso na medicina que mudará para sempre a forma como médicos e pacientes gerenciam a saúde. Quando voltou dos Estados Unidos para Bangladesh, sua terra natal, em 2001, para coordenar um programa de prevenção de infecções em mulheres durante a gestação, o médico não conseguia sequer fazer uma ligação telefônica. “Levava um dia inteiro para falar com algum serviço médico central”, contou à ISTOÉ. Em Bangladesh, mais de sete mil gestantes morrem anualmente em decorrência de infecções que poderiam ser tratadas no pré-natal. “Elas moram em regiões precárias, de difícil alcance, sem condições de higiene, com serviço de saúde praticamente inexistente”, relatou. Com tamanha dificuldade, Labrique percebeu que apenas ajuda médica seria insuficiente. Era urgente criar um sistema para saber quantas mulheres necessitavam de auxílio e o que era preciso para atendê-las com rapidez e provê-las com informações básicas. Com a chegada do celular ao país em 2004, Labrique testou o “M-Labor”, processo de envio de mensagens que, em um teste, ajudou 500 mulheres a saber o que fazer na hora do parto.

Em 2011, já com os smartphones, o projeto evoluiu para o aplicativo “M-Care”. Nele, membros da comunidade inserem quem são as mulheres e quais problemas enfrentam. Também trocam mensagens com os médicos e recebem orientações de como agir. A equipe fica de sobreaviso e, numa situação de emergência, é acionada com rapidez. O sistema ajuda ainda a elaborar dados para o desenvolvimento de programas para diminuir a alta mortalidade entre mulheres. Com ele, foi possível chegar a tempo a 89% dos nascimentos e evitar infecções prévias em 65% dos casos – antes, apenas 12% das mulheres tinham acesso a serviços médicos.
http://timedicina.blogspot.com.br/2012/04/medico-de-bolso-da-isto-e.html




A influência da tecnologia na área médica
Texto 01
Células-Tronco e o Diabetes Tipo I
“Fim das picadas: a terapia com células-tronco promete eliminar as aplicações diárias de insulina”

Pesquisadores do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, em parceria com cientistas da Universidade Northwestern, em Illinois (EUA), revelaram que a partir do transplante de células-tronco do próprio paciente o pâncreas do diabético Tipo I pode voltar a produzir insulina eliminando a necessidade de aplicações diárias. A técnica vem sendo trabalhada há nove anos e é chamada de autotransplante de células-tronco saudáveis.
Durante o processo, as amostras de combinações de células-tronco são extraídas da medula óssea do paciente e depois aplicadas na corrente sanguínea para construir um novo sistema imunitário. Para isso, são realizadas antes do implante sessões agressivas de quimioterapia que ajudam a “desligar” o sistema imunitário do paciente, permitindo a implantação de um novo sistema pela inoculação das células-tronco. O papel delas não seria a reconstrução de um órgão (no caso do diabético, o pâncreas), mas o reparo do sistema imunitário doente que trata o órgão como inimigo. Dos 25 pacientes tratados com a nova terapia, 21 já não fazem as aplicações de insulina e há pacientes que estão livres das aplicações há mais de 05 anos.
O estudo conta com o apoio do Ministério da Saúde, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Sistema Único de Saúde (SUS). Revista QUANTA – Fev/Mar 2013 P. 14
Texto 02

Novo tratamento da leucemia

13. Março 2013 - 12:10
Há grandes avanços nos tratamentos capazes de enganar o sistema imunológico humano para combater o câncer. Um grupo de cientistas do Hospital Universitário de Berna, capital suíça, considera que pode utilizar esse método no para lutar contra a leucemia.
Recentemente, uma menina norte-americana foi a primeira menor que se curou de leucemia graças a um tratamento experimental que utiliza uma forma modificada do vírus da Aids (VIH) para reprogramar as células. O método que está sendo desenvolvido em Berna consiste em ensinar ao sistema imunitário a reconhecer e atacar as células cancerígenas, porém sem prejudicar as células e os órgãos sadios. (SRF/swissinfo.ch)  http://www.swissinfo.ch/por/ciencia_tecnologia/Novo_tratamento_da_leucemia.html?cid=35216334

Texto 03
Robótica e novas tecnologias permitem diagnósticos à distância
Uma nova geração de aparelhos que utilizam comunicação sem fio, softwares sofisticados e bancos de dados baseados na computação "em nuvem" promete um tipo de assistência médica antes imaginada apenas nos hospitais do futuro. 
Esses avanços, que variam desde sensores ingeríveis, monitores cardíacos sem fio, até braços robóticos que reproduzem os movimentos de um cirurgião prenunciam rápida queda de custos no exato momento em que os consumidores clamam por cuidados médicos menos dispendiosos. Monitoramento ininterrupto por meio de sensores sem fio, bioquímica avançada e o poder da computação remota, que investiga e combina dados de sintomas com causas prováveis, poderão ajudar os médicos a se unirem para realizar diagnósticos mais rápidos e corretos, onde quer que estejam.
"Esses desenvolvimentos agregam o trabalho de cientistas e tecnólogos de muitas disciplinas", diz Gordon Edge, inventor e ex-presidente do Conselho Diretor da Cambridge University-MIT. "Esse é o fruto da união de eletrônica, computação, química básica e microbiologia."
Tomando como referência as ideias transmitidas pelos fragmentos em destaque, redija um texto dissertativo-argumentativo refletindo sobre a influência dos progressos tecnológicos em diagnósticos e tratamentos mais precisos, dando ênfase na fragmentação da função médica e nos novos suportes que a contemporaneidade oferece.













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