sábado, 9 de maio de 2015

Tema de redação Maioridade Penal e pena de Morte - Aula do Ten. Cerqueira Lima

Na última Quarta-feira os alunos do curso de Itabuna tiveram a oportunidade de assistir a palestra do Tem. Cerqueira Lima sobre Violência Urbana. Para a professora Mara  Rute, que vislumbra os temas de Maioridade Penal, Justiça com as próprias Mãos e  de Pena de Morte como as grandes possibilidades de temas ainda esse semestre é importante uma discussão mais aprofundada da questão. O tenente Cerqueira que é Especialista em Segurança Pública e em Direitos Humanos sugeriu como título de redação “instância última” já que quando o cidadão opta, ou a sociedade discute soluções tão drásticas quer, seguramente dizer, que houve falha do Estado em garantir a segurança do cidadão.
Acompanhe a síntese das discussões na anotação feita pela aluna Melissa e o vídeo com os slides da Aula do Tenente Cerqueira.

Papel do Estado na promoção da segurança
- Na ausência do Estado as pessoas entram em conflito
Crime = fator social
- Exerce sobre o indivíduo uma coerção exterior
- Existência própria, independente das manifestações individuais
Consciência coletiva: conjunto de crenças
- Durkheim: o crime é um fenômeno irrefutável
- Criminalidade patológica

O olhar Bauman: a busca pela individualidade
Direitos Humanos
“sujeito de direito”
O evento silencioso: segregação desfavorece a integração
                                 Tendência mundial
Cidades: depósito de problemas causadas pela globalização
A compreensão recíproca é obtida com uma “fusão de horizontes”

- Violência: fenômeno multicausal
            Pluridimensional
Multifacetado
Causas: ausência do Estado
Crise no sistema de justiça criminal (falta de políticas afetivas)

Notícias de uma guerra particular
Violência epidêmica: mapa da violência em 2014
- Transgressão humana
- Causas: padrão de concentração de riquezas

Disfunção social generalizada
Gradiente socioeconômico
A conexão da saúde com a pobreza não é ser pobre e sim se sentir pobre
Igualdade- fato decisivo Zeitgeist

- Sentimento de impunidade no meio social = grande sentimento de injustiça
- Pessoas opinam que as penas só são aplicadas a determinados grupos
Só 5% dos homicídios são elucidadas

- Cesare Beccaria (As finalidades das penas não é atormentar e afligir um ser sensível... O seu fim é apenas impedir que o réu cause novos danos aos seus concidadãos

Solução
Igualdade – justiça social
Interação da sociedade
Participação do estado
Garantia de direitos
Teoria da janela quebrada
Não há manutenção da ordem
Tolerância Zero
Rudolph – Ny prefeito
Guiliani
Ideia de sanção

Mudança de olhar
- Menor Infrator
- Sistema brasileiro: posição do Código Penal e da Constituição
- Biológico: presunção absoluta de incapacidade não se pesquisa a capacidade de entendimento

Política criminal
Imputabilidade diferente de impunidade – o individuo não sofre pena

Bonita a redução mas....
Não contribui para a diminuição da violência
Não terá efeito ressocializador da pena, apenas uma finalidade punitiva
As taxas da penitenciária reincidência ultrapassam 60%
- solução: melhoria de direitos e garantias sociais
Aplicar o ECA em sua integralidade>> também nas medidas protetivas
Crianças e adolescentes = prioridades >> efeito do sistema
*folha do poder executivo {conselhos tutelares frágeis; falta de casas de intervenção
A favor
Justiça de quem tinha capacidade discernimento
Busca da legislação simbólica, achando que uma lei resolverá problema sociais, não é falta de lei e sim a efetividade dele

Princípio da dignidade da pessoa humana fundamento da República Brasileira


sexta-feira, 8 de maio de 2015

Tema de redação Bahiana 2015.1 - Redação Modelo Acadêmico de Medicina Frente à morte

Empatia como conduta padrão
            Se a medicina fosse comparada ao corpo humano, a tecnologia seria seu membro inferior – parte imprescindível para sua caminhada – que tem como um dos objetivos a extensão da vida, e como único destino a tão temida morte. Essa última é uma constante no dia a dia do acadêmico de medicina, que por não saber lidar com os sentimentos desencadeados por ela, deixa de exercer uma medicina humanizada. Com relação a isso, importa analisar as causas dessa situação e os benefícios proporcionados por uma mudança de perspectiva, afinal morte faz parte do ciclo da vida.
            Os estudantes da área médica ao iniciarem o cuidado da vida, se vêem expostos a situações muito dolorosas, como a pobreza e a morte. Essas circunstâncias afetam o psicológico de todos os papéis envolvidos, principalmente, o desses acadêmicos, visto que na rotina dos mesmos essa realidade é mais frequente, fazendo com que eles “criem” interiormente um distanciamento afetivo como mecanismo de defesa. Tal realidade, em conjunto com a tecnificação da prática médica, aproximou a medicina da doença e afastou do doente, prejudicando a imagem destes na sociedade, já que esses sucessivos distanciamentos provocam um outro distanciamento na relação médico-paciente que deve ser estabelecida.
            Essa situação, no entanto, poderia ser modificada se esses universitários fossem instruídos não a fugir dos sentimentos desencadeados pela morte, mas a aprender a lidar com eles desde o início de suas formações. A mudança seria extremamente benéfica tanto para os indivíduos quanto para o enfermo. Basta perceber que o ilusório sentimento de impotência despertado no íntimo desses estudantes que faz com que eles se tornem indiferentes aos seus pacientes e se distanciem de casos críticos por medo do óbito, deixariam de existir, e dariam lugar para a formação de um médico holístico, capaz de ouvir, amparar e aliviar a dor, tornando a passagem mais leve, o que resgataria a imagem do médico amigo perdida no decurso do tempo.

            Tem-se, portanto, a percepção de que as escolas médicas devem criar programas nas universidades que façam com que o óbito seja encarado não como fim da vida, mas como parte dela, fazendo da empatia a conduta padrão. Dessa forma, esse sentimento poderá invadir e preencher o interior do “corpo” médico, promovendo o cuidado e o amor ao próximo até o último suspiro daqueles que precisam.

Um dia que vale a pena
             Do caminhar para a morte à um caminho em prol da longevidade, na contemporaneidade discute-se a inter-relação entre a morte e a medicina. Nesse contexto os médicos do amanhã em suas formações não são instruídos a encarar um estágio tão natural quanto a vida: a morte.
            Enfrentar a morte de um paciente é algo frequente na futura profissão de um estudante de medicina. Com isso, saber encará-la e ver como parte da vida é fundamental para não tornar tal evento uma frustração. Nesse sentido, um aprendiz deve estar ciente que é em vão, frustar-se com uma doença incurável, tendo em vista que o propósito da medicina é cuidar de pessoas e não de doenças isoladamente. E, que na vida só se morre uma vez, esse momento único requer todo o cuidado e atenção de um profissional capacitado.
            Por outro viés, todo homem é sabedor da sua finitude. Contudo, não se nega o fato de que a morte é simétrica à tristeza e que além de cuidar do enfermo, deve-se haver um cuidado com o sofrimento. Para isso, as unidades de ensino precisam se preocupar em fazer com que a condução da situação seja a mais humana e sensata possível, em função dos envolvidos. É preciso construir nos seguidores de Hipócrates uma visão eclesiástica onde há tempo para tudo, inclusive para morrer.
            É preciso, portanto, a construção de grades acadêmicas que ultrapassem dados epidemiológicos e se resumam no tecnicismo e em um modelo fadado de formação. Para além disso, o estudante deve atingir o lado mais humano e sensível do profissional.  Afinal, a morte é um dia que vale a pena viver.

Redações produzidas pelos alunos do Curso de Redação da prof. Mara Rute 

domingo, 19 de abril de 2015

Manual do Candidato da Bahiana 2015.2

SÍNTESE DO MANUAL DO CANDIDATO DO PROSEF 2015.2 DA BAHIANA DE MEDICINA.


 4.1 Processo Seletivo Formativo – Curso de Medicina
 Para o ingresso no CURSO DE MEDICINA, o candidato submeter-se-á a um Processo de Seleção compreendido por duas fases, complementares e obrigatórias, estruturadas da seguinte forma:
4.1.1 Primeira Fase – prova Objetiva de Conhecimentos Gerais Contemporâneos, que tem caráter eliminatório e habilita o candidato para a Segunda Fase.
 Será constituída por 50 (cinquenta) questões de múltipla escolha, elaboradas com base nas quatro áreas do conhecimento: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Língua Portuguesa e Língua Inglesa), Ciências Humanas e suas Tecnologias (História e Geografia), Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Física/Química/Biologia) e Matemática e suas Tecnologias. As questões dessa prova serão elaboradas a partir dos conteúdos das disciplinas estudadas ao longo da escolarização básica (e constitutivas das áreas citadas), de forma integrada, transversal e transdisciplinar, objetivando avaliar as habilidades e competências cognitivas desenvolvidas pelo candidato e sua capacidade de compreender, analisar, estabelecer correlações e fazer inferências com clareza, objetividade e coerência.
 Poderão ser contemplados, nessa prova, temas como: biodiversidade, ecologia, novos mapas sócio e geopolíticos, arte, sociologia e filosofia, políticas públicas, educação, habitação, saúde e segurança, redes sociais e sustentabilidade (setor público, privado, terceiro setor), relações interpessoais (respeito, cuidado, consideração e convivência), vida urbana e rural, inclusão x exclusão (inclusive digital), cidadania, mobilidade urbana, diversidade, violência, terrorismo, desenvolvimento tecnológico e relações de trabalho.
Essa Fase habilita o candidato a prosseguir no Processo Seletivo Formativo, após aplicação dos critérios de eliminação e classificação apresentados neste Manual.
4.1.2 Segunda Fase – constituída por dois momentos:
a) Primeiro Momento: de natureza vivencial e de participação obrigatória, durante o qual o candidato terá oportunidade de realizar atividades socializadoras e integradoras que possibilitem evidenciar habilidade nas relações interpessoais e criativas, senso estético, atitudes éticas, capacidade crítico-reflexiva de planejar e executar tarefas e, também, realizar atividades em ambientes de aprendizagem próprios ao desenvolvimento da prática médica, sob a responsabilidade de professores do curso de Medicina, tendo oportunidade de identificar habilidades potenciais requeridas para a sua capacitação profissional, a partir de discussões e reflexões sobre as situações ali vividas e sua relação com a prática profissional. Nesse momento de avaliação, todas as atividades buscarão exercitar valores humanos básicos e imprescindíveis à saudável convivência humana, a exemplo de respeito, solidariedade, cooperação, cuidado, numa perspectiva de aproximação do candidato com o mundo profissional. Será uma avaliação qualitativa, de caráter formativo, sem atribuição de nota ou conceito, mas eliminatória para o candidato que dela não participar.
 b) Segundo Momento: será constituído por duas Provas: uma Prova de Redação (eliminatória) que compreenderá uma produção de texto dissertativo-argumentativo em forma de prosa, a partir de um argumento dado, com ideias fundamentais, coerentes e claras, posicionamentos lógicos e críticos, devendo o candidato evidenciar o domínio do léxico e da estrutura da Língua Portuguesa. A proposta da Prova de Redação estimulará o candidato a buscar referências na sua história de vida, na percepção de mundo e do seu papel como futuro profissional da área da saúde e, também, nas experiências vividas no Primeiro Momento dessa Fase; e por uma Prova Discursiva (classificatória), com 15 (quinze) questões, elaboradas a partir dos saberes das áreas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Física/Química/Biologia) e de Matemática e suas Tecnologias, com abordagens da vida cotidiana e enfoque em aspectos ligados à saúde, contemplando um eixo temático definido.
Vagas: 100/semestral
Período de inscrições: 17/04 a 11/05/2015
Valor da inscrição: R$ 220,00 (duzentos e vinte reais)
Local e sala da prova: A partir as 17hrs do dia 21/05/2015 no site www.strixeducacao.com.br
Data da prova: 24/05/2015
Gabaritos: No dia imediato a aplicação da prova a partir das 12hrs www.strixeducacao.com.br
Segunda Fase – Prova de Redação e Prova Discursiva
 9.1.7 A Prova de Redação será corrigida por equipe de professores de Língua Portuguesa experiente, devidamente capacitada para a atividade, e será avaliada numa escala de 0 (zero) a 10 (dez) pontos (Nota Bruta da Prova de Redação), considerando-se os seguintes aspectos:
a) compreensão da proposta da redação;
b) clareza de argumentação/senso crítico;
c) seleção e organização das informações;
d) criatividade/originalidade;
e) domínio da norma padrão da Língua Portuguesa;
f) apresentação de uma proposta de solução para a situação apresentada.

 9.1.7.1 Será atribuída a pontuação 0 (zero) à Prova de Redação que se enquadrar em uma das seguintes situações:
a) fugir à proposta de tema apresentada;
b) apresentar texto padronizado quanto à estrutura, sequência e ao vocabulário, comum a vários candidatos;
 c) não obedecer à estrutura dissertativa-argumentativa;
d) apresentar texto sob forma não articulada verbalmente (apenas com desenhos, números e palavras soltas);
 e) for assinada fora do local proposto ou identificada de alguma forma;
 f) for escrita a lápis, em parte ou totalmente;
g) apresentar texto produzido com menos de 15 (quinze) linhas;
h) for redigida em folha que não seja a de Redação ou só na folha de Rascunho.
9.1.8 A Prova Discursiva, que terá como pontuação total (Nota Bruta da Prova Discursiva) 15 (quinze) pontos, será corrigida por uma equipe multidisciplinar, composta por professores do Ensino Médio de Física, Química, Biologia e Matemática.
9.1.8.1 Cada questão será avaliada numa escala de 0 (zero) a 1 (um) ponto, de acordo com parâmetros previamente estabelecidos, considerando-se o conteúdo, a pertinência das respostas, a adequação da linguagem, a clareza e a objetividade de expressão.
10. ESCLARECIMENTOS DE QUESTÕES
10.1 Caso o candidato tenha alguma dúvida em relação à publicação do gabarito, à homologação da inscrição ou às correções realizadas, poderá solicitar esclarecimento à Strix Educação, cumprindo os seguintes procedimentos e prazos:
a)      Acessar o mesmo sistema no qual se inscreveu para o processo seletivo, clicando no item “Minhas Inscrições” no site da Strix Educação: www.strixeducacao.com.br.
b)       Após acessar a área restrita, mediante o CPF e a senha já cadastrados (no ato da inscrição), deverá selecionar o botão interno “Minhas Inscrições” e escolher o processo seletivo correspondente.

c)        No fim da página, estará disponível o link para acesso ao sistema de solicitação de esclarecimentos. 

Tema de redação Índio no século XXI

Tema A questão da Identidade Indígena no  século XXI 

Novos Guaranis
O senso comum do cidadão brasileiro entende que as culturas nativas para serem respeitadas e vistas como tal, devem ainda hoje configurar-se da mesma forma que estavam quando do advento da chegada dos europeus aqui. No entanto, as culturas são dinâmicas, influenciam-se mutuamente e se constroem também nos contatos com outras culturas, o que não significa absolutamente perda de identidade e configura-se como o paradoxo da identidade indígena na atualidade.
O ideal de pele parda e beleza exuberante cristalizou-se no imaginário da cultura brasileira e tem impedido os índios de conquistarem seus direitos originários. Ainda nesse sentido é fundamental destacarmos a importância da terra para as sociedades indígenas, mas isto não pode tornar-se uma prisão, um condicionamento das identidades, pois a liberdade para escolher onde cada um ou cada grupo quer viver também é muito importante. A cidade não é uma invenção das culturas indígenas que habitam atualmente o Brasil, mas o confinamento em áreas demarcadas tampouco é uma invenção das mesmas, e no entanto não se questiona a identidade dos índios que se conformam à elas.
Portanto, no limiar do século a categoria “indígena”, que inicialmente foi uma classificação identitária atribuída pelo colonizador, passou a ser uma categoria de luta e uma identidade que, de atribuída tornou-se politicamente operante, justamente por somar sob uma única classificação grupos étnicos diferenciados, que tiveram nesta soma, sua força aumentada.
Parafraseando Roberto da Matta índio de “Iphone” não significa, de forma alguma que estes estejam abrindo mão de suas identidades específicas.  Pelo contrário, é a partir desta união que a luta por seus direitos tem atingido maiores êxitos, e são exatamente estes êxitos que lhes permitem conseguir viver cada vez melhor de acordo com suas pautas culturais.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

O significado da Páscoa - PESSACH

Neste final de semana comoraremos a Páscoa, mas o que ela realmente significa? Qual é o seu sentido? Onde nasceu essa festa?
É costume que datas especiais percam seu sentido original no mundo capitalista onde tudo é motivo de consumo. Por isso, nós cristãos não podemos nos esquecer de que os ovos de páscoa que ocupam todos os supermercados, não são o símbolo máximo do que devemos mesmo comemorar. Sobretudo porque essa comemoração foi ordenada por Deus:


“Conserveis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra a Adonai: fareis isto de geração em geração, pois é instituição perpétua”. Ex.12:14

Os festejos nasceram para comorar a passagem (Pessach - páscoa) do povo de Israel da condição de escravo para liberto. Foram os primeiros passos para alcançar a terra prometida. Uma prova de que Deus não os abandonou.
 Comemoremos. É Páscoa!!!!

Lembrar-se disso é saber que existe um Deus que cuida do seu povo. A festa é perpetuada e ampliada porque marca também – já na Era Moderna Cristã, a Ressurreição de Cristo – não mais é preciso um profeta, Deus nos deu um cordeiro que foi morto, mas ressuscitado.


Por isso, no dia 04 não se esqueça de comer pão e vinho (pode ser suco de uva) para lembrar-se da dor daquele que se fez carne por nós amar. Coma ovos de páscoa, mas lembre-se que o verdadeiro símbolo é a Cruz de Cristo. E, de presente, compre uma vela - símbolo muito mais importante do que os ovos. Ela é a prova de que “Cristo é a luz dos povos” e os nomes Alfa e Ômega devem ser gravados nela são para que você não se esqueça que “ Deus é o Princípio e o fim de Tudo.”

Feliz Páscoa!

Equipe Eu Quero Passar

Um dia bem verdadeiro para os alunos de Itabuna na palestra de Delney Lima

Apesar de ser “o dia da mentira” o Curso Eu Quero Passar, promoveu um dia bem verdadeiro regado a lágrimas, sonhos e emoções. Delney Lima proferiu uma comovente palestra para os alunos de Itabuna sobre superação como condição para vencer. Os alunos que participaram julgaram a evento como um dos mais proveitosos do seu ano. Para Fernanda “ é importante saber que não será a minha redação ou assistir aulas que garantirá a minha vitória.” Pedro que já está há três anos tentando medicina viu no encontro “uma oportunidade para reanimar-se numa trajetória tão difícil e solitária.” O Palestrante Delney Lima especialista em jornadas empresariais disse que participar de eventos com jovens é “sempre uma oportunidade de aprender que para vencer lá na frente é preciso construir a meta já nessa fase.” A tarde foi abrilhantada com dinâmicas e até mesmo uma reflexão que levou alguns alunos a lágrimas. Quem foi, de verdade, sentiu que valeu a pena.

Assista o vídeo com melhores momentos da Palestra!

sábado, 28 de março de 2015

Redação identidade - É bom ler Roberto da Mata

Como se constrói uma identidade social ? Como um povo se transforma em Brasil ? A pergunta, na sua discreta singeleza, permite descobrir algo muito importante. É que no meio de uma multidão de experiências dadas a todos os homens e sociedades, algumas necessárias à própria sobrevivência, como comer, dormir, morrer, reproduzir-se etc. , outras acidentais ou  superficiais: históricas, para ser mais preciso - o Brasil foi descoberto por portugueses e não  por chineses, a geografia do Brasil tem certas características como as montanhas na costa do Centro-Sul, sofremos pressão de certas potências europeias e não de outras, falamos português e não francês, a família real transferiu-se para o Brasil no início do século XIX etc. Cada sociedade (e  cada ser humano) apenas se utiliza de um número limitado de "coisas" (e de experiências) para construir-se como algo único, maravilhoso, divino e "legal" ...
                Sei, então, que sou brasileiro e não norte-americano, porque gosto de comer feijoada e   não hambúrguer; porque sou menos receptivo a coisas de outros países, sobretudo costumes e ideias; porque tenho um agudo sentido de ridículo para roupas, gestos e relações sociais; porque vivo no Rio de Janeiro e não em Nova York; porque falo português e não inglês; porque, ouvindo  música popular, sei distinguir imediatamente um frevo de um samba; porque futebol para mim é um jogo que se pratica com os pés e não com as mãos; porque vou à praia para ver e conversar com os amigos, ver as mulheres e tomar sol, jamais para praticar um esporte; porque sei que no carnaval trago à tona minhas fantasias sociais e sexuais; porque sei que não existe jamais um  "não" diante de situações formais e que todas admitem um "jeitinho" pela relação pessoal e pela amizade; porque entendo que ficar malandramente "em cima do muro"  é algo honesto,  necessário e prático no caso do meu sistema; porque acredito em santos católicos e também nos orixás africanos; porque sei que existe destino e, no entanto, tenho fé no estudo, na instrução e no  futuro do Brasil; porque sou leal a meus amigos e nada posso negar a minha família; porque, finalmente, sei que tenho relações pessoais que não me deixam caminhar sozinho neste mundo, como fazem os meus amigos americanos, que sempre se veem e existem como indivíduos!
                Pois bem: somando esses traços, forma-se uma sequência que permite dizer quem sou, em contraste com o que seria um americano, aqui definido pelas ausências ou negativas que a  mesma lista efetivamente comporta. A construção de uma identidade social, então, como a    construção de uma sociedade, é feita de afirmativas e de negativas diante de certas questões.
   Tome  uma lista de tudo o que você considera importante - leis, idéias relativas a família, casamento e sexualidade; dinheiro; poder político; religião e moralidade; artes; comida e prazer em geral - e com ela você poderá saber quem é quem. (DaMATTA, Roberto. 1986. O que faz o brasil, Brasil ?)

Para ler mais, acessem;
http://www.submit.10envolve.com.br/uploads/eee522045a4423e5905401f9121e50c5.pdf