quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Editorial na Prova da UFES, como proceder


Vamos Lá....
É texto do Wikipédia, mas é isso mesmo....
Os editoriais são textos de um jornal em que o conteúdo expressa a opinião da empresa, da direção ou da equipe de redação, sem a obrigação de ter alguma imparcialidade ou objetividade. Geralmente, grandes jornais reservam um espaço predeterminado para os editoriais em duas ou mais colunas logo nas primeiras páginas internas. Os boxes (quadros) dos editoriais são normalmente demarcados com uma borda ou tipografia diferente para marcar claramente que aquele texto é opinativo, e não informativo. Editoriais maiores e mais analíticos são chamados de artigos de fundo.
E no vestibular? Como proceder?
Sobre a temática exigida preocupe-se menos com a informação, dados e mais com sua opinião. Tente ser singular nela e é claro ela por ela não tem valor.
Exemplo. O Brasil vai mal é um país muito desigual. Prove. Sem seguir a ordem da dissertação vc pode inovar na abertura do seu texto e não precisa fazer o parágrafo introdutório ser a  apresentação da sua ideia.
Dizem a gente aprende lendo. Segue alguns editoriais interessantes....
Editorial jornalístico, discutindo a seguinte questão: pré-sal, copa de 2014, olimpíadas de 2016: o futuro finalmente chegou?
Preparados ou não, tanto faz

Chegamos ao futuro. Aquele futuro brilhante que cercava o Brasil e do qual sempre ouvíamos falar. Ainda não sabemos por completo se somos capazes de desfrutá-lo[V1]  da maneira mais igual possível, porém é certo que há muito para ser discutido[V2] .
Se de fato a descoberta do pré-sal for uma conquista enriquecedora, capaz de tornar o país um grande produtor e se beneficiar dos conseqüentes investimentos sociais - frutos do trabalho engajado de cientistas e administradores brasileiros, estaria o Brasil livre da maldição do petróleo?
Se de fato a copa de 2014 for um estímulo ao turismo no país, que moverá a economia, gerará empregos e maior capacitação profissional, estaria o Brasil livre da má administração que culmina em escândalos de corrupção?
Se de fato as olimpíadas trata-se de um evento mundialmente importante e o Brasil for também responsável por alimentar os sonhos de crianças e adolescentes que fazem do esporte uma salvação, seria o Brasil capaz de gastar os mesmos milhões resgatando os sonhos dos outros milhares de habitantes que sofrem com as péssimas condições na  educação, saúde e  emprego?[V3] 
São muitas perguntas e poucas respostas. As que temos são tão óbvias, tendo em vista que o Brasil não chegou preparado para fazer do futuro mais uma alavanca para o sucesso. È muito problema e pouca solução. Mesmo assim, tanto faz, seguimos acreditando que o futuro chegou. Futuro é mais oportunidade para todos.[V4] 

Texto produzido por Fernanda Porto que vai arrasar esse final de Semana da prova da UFES. Uma vaga de medicina já é dele e outra de Adriano o resto vocês dividem.




A falta que Sócrates faz  - Mino Carta

Este país é de poucos heróis definitivos, mesmo porque raros são os indiscutíveis. Getúlio, digamos. Visões e realizações de estadista, mas um largo período de ditadura. Não faltará quem sugira Pelé. Excepcional na prática da sua arte, exposto, porém, a graves reparos como figura pública, pronto a aceitar o papel de preto de alma branca, e bem sabemos o que significa alma branca nas nossas paragens.
Descrição: http://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2011/12/socrates2-300x211.jpg
Nos deixou um dos nossos raros heróis populares definitivos. Foto: J.F. Diorio/AE
Não hesito em propor Getúlio ao lado de Pelé, falo dos heróis do povo. Ocorre-me Machado de Assis, obviamente definitivo, receio, contudo, popular até certo ponto. Lula sim, o divisor de águas, o operário nordestino que muda a história do País, altera-lhe profundamente o curso com a sua simples eleição, de certa forma antes que pelo desempenho na Presidência.
E então Sócrates. Fosse da época da cavalaria medieval, seria outro Bayard, o cavaleiro sem jaça e sem medo. O luto costuma vestir os paramentos da retórica, quando não do pieguismo. Tenho certeza de não escorregar por tal ladeira ao enxergar no cidadão Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira um herói definitivo, de notável talento no trato da Leonor, inovador até, e extraordinário como figura pública, a comprender-lhe responsabilidades e alcances.

Falou-se bastante nestes dias de uma de suas façanhas, politicamente mais importante do que seus gols memoráveis, a criação da Democracia Corintiana, hoje celebrada em todo o mundo. Excluída a percepção de alguns analistas inclinados a examinar os fatos dentro da moldura histórica, entendeu-se o fenômeno como forma de rebelião contra dogmas impostos por cartolas e técnicos, e de consagração de um futebol feito de imaginação e picardia.
Pois o tempo era de ditadura, e aquela específica democracia configurava, antes de mais nada, um claro desafio ao regime imposto manu militari pelos eternos donos do poder, a serem entendidos, creio eu, como cartolas no sentido mais vasto e abrangente. Deste ângulo, no entendimento das vicissitudes políticas e das carências sociais do País, Sócrates é extraordinariamente incomum no nosso futebol, e no esporte em geral.
Trata-se de alguém capaz de colocar sua popularidade de craque a serviço de uma causa que vai muito além da autonomia dos profissionais do futebol, é a da liberdade e da igualdade do povo brasileiro, valores indispensáveis a uma democracia autêntica, aquela que ainda não atingimos. Há tempos conheci Sócrates, por dez anos privei com ele na sua qualidade de colunista de CartaCapital, e nunca duvidei da nitidez dos seus propósitos e dos seus ideais.
Sócrates se foi muito antes do tempo, soube viver a vida, no entanto, e de vários pontos de vista. Não lhe faltaram, por exemplo, boas leituras, matriz da boa escrita, própria da sua coluna, e da sua fala, na lida escorreita com o vernáculo e na exposição precisa das ideias. Era de conversa afável e colorida, ficava-se com ele no papo sem perceber a passagem das horas, misturavam-se pensamentos impregnados pela consciência da cidadania com a evocação de refregas pindáricas e todo um anedotário sorridente e às vezes nostálgico.
Alguém surpreendeu-se ao ler um breve texto que escrevi no domingo 4 para o site deCartaCapital, entregue à comoção do momento logo após ter sido informado a respeito da morte de Sócrates. Ali dizia ter tomado vinho com ele, na sua casa paulistana, de uma garrafa de decentíssimo cabernet aberto pela mulher dele, suave e devotada. Pois esta era a cortesia em Sócrates, sabia da minha preferência pelo vinho em lugar da cerveja e muitas vezes fez questão de adequar-se ao meu gosto.
Houve outras, em que me antecipei na escolha da loira borbulhante. Recordo a noite de um bar habilitado a servir também carne-seca com abóbora e arroz de bacalhau, fui de vinho, ele de cerveja, a bem da alegria de ambos. Sinto muita falta de noites iguais.

O público e o privado
O Estado de S.Paulo
"É Natal!", brincou o presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Maia, ao comentar o fato de que a Casa deve aprovar nos próximos dias mais um daqueles pacotes de bondades que nessa época são quase uma tradição nas casas legislativas brasileiras - a tradição do descaso com o dinheiro dos contribuintes. Desta vez a brincadeira vai custar cerca de R$ 386 milhões aos cofres públicos, aos quais poderão ser somados mais R$ 200 milhões de uma conta relativa à controvertida questão pendente da vinculação dos vencimentos dos funcionários da Câmara aos salários dos deputados federais. Já os nobres senadores, por sua vez, adiaram novamente a implantação da reforma administrativa que está engavetada há seis meses. Essa reforma propiciaria uma economia anual de R$ 150 milhões ao acabar com a aberração de um em cada cinco funcionários efetivos do Senado ganharem acima do piso, além de outros descalabros. É Natal, enfim!
Mas o que chama a atenção em mais esse episódio da farra com os recursos do erário é o fato de que, na Câmara, uma parte da conta a ser debitada à viúva refere-se à criação de 60 a 70 novos postos para atender às necessidades do recém-criado PSD, que já se instala no Parlamento com o mesmo apetite das demais legendas pelas benesses do Tesouro. O número de contratações previstas para dar conforto aos pedessistas é até modesto, se comparado, por exemplo, aos 124 funcionários (24 efetivos e 100 militantes) que estão alocados no gabinete da liderança do PT; os 98 (29 e 69) do PSDB ou os 129 (37 e 92) do campeão PMDB.
O custo previsto das contratações para o PSD é de R$ 10 milhões. Mas não se trata de saber se o custo é alto ou baixo, mas até que ponto ele é realmente devido, considerando a necessidade de estabelecer uma distinção muito clara entre a atividade parlamentar e a atividade partidária. Da mesma forma que um deputado é pago pelo Estado para exercer sua atividade parlamentar - basicamente, legislar em benefício do povo e fiscalizar as ações do Executivo -, todo o aparato de recursos humanos e materiais de que ele precisa para fazer esse trabalho deve ser bancado pelo poder público. Mas a atividade partidária não tem nada a ver com isso. Os partidos políticos são entidades privadas que entre nós já contam com a generosa contribuição do Fundo Partidário, constituído com recursos do Tesouro, para subsidiar seu funcionamento. A linha que divide a atividade parlamentar, que é pública, da partidária, que é privada, costuma ser muito tênue, principalmente para políticos paternalistas e patrimonialistas que não conseguem, e nem desejam, distinguir o público do privado.
Um magnífico exemplo desses abusos está configurado exatamente nos quadros de funcionários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Os primeiros estão na iminência de serem contemplados com novos afagos graças ao trem da alegria do próximo Natal. Os da Câmara Alta passarão as festas de fim de ano tranquilizados pela garantia da manutenção de privilégios indevidos, graças à benevolência da Mesa Diretora presidida pelo senador Sarney.
Só na Câmara são mais de 15 mil funcionários, entre estáveis e os que exercem cargos de livre provimento. Quem conhece as dependências da Casa diria que é impossível caber tanta gente ali, trabalhando, se esse problema já não tivesse sido recentemente esclarecido pelo líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza: boa parte desse enorme contingente "nem sequer pisa em Brasília", porque atua nos Estados de origem dos parlamentares em cujos gabinetes estão alocados. E isso ocorre até com os funcionários que, pela natureza das funções que exercem, são obrigados por lei a dar expediente na sede do Parlamento.
Resta saber que tipo de trabalho é feito pelos funcionários da Câmara nas "bases eleitorais" de seus chefes, para usar o jargão consagrado dentro dos próprios gabinetes. Ou mesmo se esses funcionários sabem qual é ou se importam com a diferença entre atividade parlamentar e trabalho partidário. A única dúvida que absolutamente ninguém tem é sobre quem paga essa conta.



 [V1]Essa é a opinião e ficou interessante.
 [V2]Brinque com isso. Todo mundo diz que há muito para ser discutido. Que tal dizer, mas ainda há muitas e muitas conversas.....ou outra imagem melhor do que essa.....
 [V3]No geral deve-se evitar perguntas, uma vez que espera-se no editorial respostas, mas nesse caso o que se produz aqui são perguntas  produzidas ao propósito de um final interessante. Pode!!!!!!!
 [V4]É muito importante sinalizar seu ponto de vista final. Fica massa. 

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