Vamos Lá....
É texto do Wikipédia, mas é isso mesmo....
Os
editoriais são textos de um jornal em que o conteúdo expressa a opinião da
empresa, da direção ou da equipe de redação, sem a obrigação de ter alguma imparcialidade ou
objetividade. Geralmente, grandes jornais reservam um espaço
predeterminado para os editoriais em duas ou mais colunas logo nas primeiras
páginas internas. Os boxes (quadros) dos editoriais são normalmente demarcados
com uma borda ou tipografia diferente para marcar claramente que aquele texto é opinativo, e não
informativo. Editoriais maiores e mais analíticos são chamados de
artigos de fundo.
E no vestibular? Como proceder?
Sobre a temática
exigida preocupe-se menos com a informação, dados e mais com sua opinião. Tente
ser singular nela e é claro ela por ela
não tem valor.
Exemplo. O
Brasil vai mal é um país muito desigual. Prove. Sem seguir a ordem da
dissertação vc pode inovar na abertura do seu texto e não precisa fazer o
parágrafo introdutório ser a apresentação
da sua ideia.
Dizem a gente
aprende lendo. Segue alguns editoriais interessantes....
Editorial jornalístico, discutindo a seguinte questão: pré-sal, copa de
2014, olimpíadas de 2016: o futuro finalmente chegou?
Preparados ou não,
tanto faz
Chegamos
ao futuro. Aquele futuro brilhante que cercava o Brasil e do qual sempre
ouvíamos falar. Ainda
não sabemos por completo se somos capazes de desfrutá-lo[V1] da maneira mais
igual possível, porém é certo que há muito para ser discutido[V2] .
Se
de fato a descoberta do pré-sal for uma conquista enriquecedora, capaz de
tornar o país um grande produtor e se beneficiar dos conseqüentes investimentos
sociais - frutos do trabalho engajado de cientistas e administradores
brasileiros, estaria o Brasil livre da maldição do petróleo?
Se
de fato a copa de 2014 for um estímulo ao turismo no país, que moverá a economia,
gerará empregos e maior capacitação profissional, estaria o Brasil livre da má
administração que culmina em escândalos de corrupção?
Se
de fato as olimpíadas trata-se de um evento mundialmente importante e o Brasil for
também responsável por alimentar os sonhos de crianças e adolescentes que fazem
do esporte uma salvação, seria o Brasil capaz de gastar os mesmos milhões
resgatando os sonhos dos outros milhares de habitantes que sofrem com as
péssimas condições na
educação, saúde e emprego?[V3]
São
muitas perguntas e poucas respostas. As que temos são tão óbvias, tendo em
vista que o Brasil não chegou preparado para fazer do futuro mais uma alavanca
para o sucesso. È muito problema e pouca solução. Mesmo assim, tanto faz,
seguimos acreditando que o futuro chegou. Futuro é mais oportunidade para todos.[V4]
Texto produzido por Fernanda Porto que vai arrasar esse final
de Semana da prova da UFES. Uma vaga de medicina já é dele e outra de Adriano o
resto vocês dividem.
A
falta que Sócrates faz - Mino Carta
Este país é de poucos
heróis definitivos, mesmo porque raros são os indiscutíveis. Getúlio, digamos.
Visões e realizações de estadista, mas um largo período de ditadura. Não
faltará quem sugira Pelé. Excepcional na prática da sua arte, exposto, porém, a
graves reparos como figura pública, pronto a aceitar o papel de preto de alma
branca, e bem sabemos o que significa alma branca nas nossas paragens.
Nos deixou um dos nossos raros heróis
populares definitivos. Foto: J.F. Diorio/AE
Não hesito em propor
Getúlio ao lado de Pelé, falo dos heróis do povo. Ocorre-me Machado de Assis,
obviamente definitivo, receio, contudo, popular até certo ponto. Lula sim, o
divisor de águas, o operário nordestino que muda a história do País, altera-lhe
profundamente o curso com a sua simples eleição, de certa forma antes que pelo
desempenho na Presidência.
E então Sócrates. Fosse
da época da cavalaria medieval, seria outro Bayard, o cavaleiro sem jaça e sem
medo. O luto costuma vestir os paramentos da retórica, quando não do pieguismo.
Tenho certeza de não escorregar por tal ladeira ao enxergar no cidadão Sócrates
Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira um herói definitivo, de notável
talento no trato da Leonor, inovador até, e extraordinário como figura pública,
a comprender-lhe responsabilidades e alcances.
Falou-se
bastante nestes dias de uma
de suas façanhas, politicamente mais importante do que seus gols memoráveis, a
criação da Democracia Corintiana, hoje celebrada em todo o mundo. Excluída a
percepção de alguns analistas inclinados a examinar os fatos dentro da moldura
histórica, entendeu-se o fenômeno como forma de rebelião contra dogmas impostos
por cartolas e técnicos, e de consagração de um futebol feito de imaginação e
picardia.
Pois o tempo era de
ditadura, e aquela específica democracia configurava, antes de mais nada, um
claro desafio ao regime imposto manu militari pelos
eternos donos do poder, a serem entendidos, creio eu, como cartolas no sentido
mais vasto e abrangente. Deste ângulo, no entendimento das vicissitudes
políticas e das carências sociais do País, Sócrates é extraordinariamente
incomum no nosso futebol, e no esporte em geral.
Trata-se de alguém capaz
de colocar sua popularidade de craque a serviço de uma causa que vai muito além
da autonomia dos profissionais do futebol, é a da liberdade e da igualdade do
povo brasileiro, valores indispensáveis a uma democracia autêntica, aquela que
ainda não atingimos. Há tempos conheci Sócrates, por dez anos privei com ele na
sua qualidade de colunista de CartaCapital, e
nunca duvidei da nitidez dos seus propósitos e dos seus ideais.
Sócrates se foi muito
antes do tempo, soube viver a vida, no entanto, e de vários pontos de vista.
Não lhe faltaram, por exemplo, boas leituras, matriz da boa escrita, própria da
sua coluna, e da sua fala, na lida escorreita com o vernáculo e na exposição precisa
das ideias. Era de conversa afável e colorida, ficava-se com ele no papo sem
perceber a passagem das horas, misturavam-se pensamentos impregnados pela
consciência da cidadania com a evocação de refregas pindáricas e todo um
anedotário sorridente e às vezes nostálgico.
Alguém
surpreendeu-se ao ler um breve
texto que escrevi no domingo 4 para o site deCartaCapital,
entregue à comoção do momento logo após ter sido informado a respeito da morte
de Sócrates. Ali dizia ter tomado vinho com ele, na sua casa paulistana, de uma
garrafa de decentíssimo cabernet aberto pela mulher dele, suave e devotada.
Pois esta era a cortesia em Sócrates, sabia da minha preferência pelo vinho em
lugar da cerveja e muitas vezes fez questão de adequar-se ao meu gosto.
Houve outras, em que me
antecipei na escolha da loira borbulhante. Recordo a noite de um bar habilitado
a servir também carne-seca com abóbora e arroz de bacalhau, fui de vinho, ele
de cerveja, a bem da alegria de ambos. Sinto muita falta de noites iguais.
O público e o privado
O Estado de S.Paulo
"É
Natal!", brincou o presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Maia, ao
comentar o fato de que a Casa deve aprovar nos próximos dias mais um daqueles
pacotes de bondades que nessa época são quase uma tradição nas casas
legislativas brasileiras - a tradição do descaso com o dinheiro dos
contribuintes. Desta vez a brincadeira vai custar cerca de R$ 386 milhões aos
cofres públicos, aos quais poderão ser somados mais R$ 200 milhões de uma conta
relativa à controvertida questão pendente da vinculação dos vencimentos dos
funcionários da Câmara aos salários dos deputados federais. Já os nobres
senadores, por sua vez, adiaram novamente a implantação da reforma
administrativa que está engavetada há seis meses. Essa reforma propiciaria uma
economia anual de R$ 150 milhões ao acabar com a aberração de um em cada cinco
funcionários efetivos do Senado ganharem acima do piso, além de outros
descalabros. É Natal, enfim!
Mas o que chama a
atenção em mais esse episódio da farra com os recursos do erário é o fato de
que, na Câmara, uma parte da conta a ser debitada à viúva refere-se à criação
de 60 a 70 novos postos para atender às necessidades do recém-criado PSD, que
já se instala no Parlamento com o mesmo apetite das demais legendas pelas
benesses do Tesouro. O número de contratações previstas para dar conforto aos
pedessistas é até modesto, se comparado, por exemplo, aos 124 funcionários (24
efetivos e 100 militantes) que estão alocados no gabinete da liderança do PT;
os 98 (29 e 69) do PSDB ou os 129 (37 e 92) do campeão PMDB.
O custo previsto
das contratações para o PSD é de R$ 10 milhões. Mas não se trata de saber se o
custo é alto ou baixo, mas até que ponto ele é realmente devido, considerando a
necessidade de estabelecer uma distinção muito clara entre a atividade parlamentar
e a atividade partidária. Da mesma forma que um deputado é pago pelo Estado
para exercer sua atividade parlamentar - basicamente, legislar em benefício do
povo e fiscalizar as ações do Executivo -, todo o aparato de recursos humanos e
materiais de que ele precisa para fazer esse trabalho deve ser bancado pelo
poder público. Mas a atividade partidária não tem nada a ver com isso. Os
partidos políticos são entidades privadas que entre nós já contam com a
generosa contribuição do Fundo Partidário, constituído com recursos do Tesouro,
para subsidiar seu funcionamento. A linha que divide a atividade parlamentar,
que é pública, da partidária, que é privada, costuma ser muito tênue,
principalmente para políticos paternalistas e patrimonialistas que não conseguem,
e nem desejam, distinguir o público do privado.
Um magnífico
exemplo desses abusos está configurado exatamente nos quadros de funcionários
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Os primeiros estão na iminência de
serem contemplados com novos afagos graças ao trem da alegria do próximo Natal.
Os da Câmara Alta passarão as festas de fim de ano tranquilizados pela garantia
da manutenção de privilégios indevidos, graças à benevolência da Mesa Diretora
presidida pelo senador Sarney.
Só na Câmara são
mais de 15 mil funcionários, entre estáveis e os que exercem cargos de livre
provimento. Quem conhece as dependências da Casa diria que é impossível caber
tanta gente ali, trabalhando, se esse problema já não tivesse sido recentemente
esclarecido pelo líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza: boa parte desse
enorme contingente "nem sequer pisa em Brasília", porque atua nos
Estados de origem dos parlamentares em cujos gabinetes estão alocados. E isso
ocorre até com os funcionários que, pela natureza das funções que exercem, são
obrigados por lei a dar expediente na sede do Parlamento.
Resta saber que
tipo de trabalho é feito pelos funcionários da Câmara nas "bases
eleitorais" de seus chefes, para usar o jargão consagrado dentro dos
próprios gabinetes. Ou mesmo se esses funcionários sabem qual é ou se importam
com a diferença entre atividade parlamentar e trabalho partidário. A única
dúvida que absolutamente ninguém tem é sobre quem paga essa conta.
[V1]Essa
é a opinião e ficou interessante.
[V2]Brinque
com isso. Todo mundo diz que há muito para ser discutido. Que tal dizer, mas
ainda há muitas e muitas conversas.....ou outra imagem melhor do que essa.....
[V3]No
geral deve-se evitar perguntas, uma vez que espera-se no editorial respostas,
mas nesse caso o que se produz aqui são perguntas produzidas ao propósito de um final
interessante. Pode!!!!!!!
[V4]É muito
importante sinalizar seu ponto de vista final. Fica massa.
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