quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Tema de redação: violência com Mari Rosas

Ela imita Lady gaga, mas tem um dom muito grande para escrever e um olhar singular para o mundo. essa menina mulher vai fazer muita história ainda.
Veja a sugestão de texto para o tema violência que ela fez:


Não frutificarás
A maioria das medidas tomadas ao longo da vida humana são para a solução de embates, sejam eles internos ou externos. Pensar num possível fim da violência é mais uma dessas medidas, necessárias, para uma vida menos conflituosa e afeta diretamente tanto os seres, como o meio. À violência física, agressões como resposta e encarceramento não são soluções. E o bombardeio à dignidade humana acelera o processo de opressão. Violentados violentarão.
Contrariando mitos urbanos, Nova York reduziu significativamente os índices de criminalidade, aumentando somente o número de policiais nas ruas. Essa redução não veio atrelada ao aumento de encarceramento, nem a redução do uso de drogas, nem tão pouco a índices de pobreza e desemprego.  É intensa a atividade policial nos hotsposts. A redução nos homicídios e assaltos mostrou que o ambiente no qual as pessoas crescem não determina uma vida fora da lei. Contudo, Nova York não é modelo de comunidade. A segregação racial ainda violenta a cidade.
A diminuição da violência só será possível por meio de uma outra globalização, como ressalva Milton Santos. Esse limite está atrelado ao fim da precária inserção das pessoas. A notoriedade da literatura marginal no Brasil revela o início de um processo de fusão e valorização da cultura e, portanto, dos indivíduos que sempre tiveram, na historia brasileira, um contexto de exclusão. A expressão dos Mc’s ganha cada vez mais vigência, de modo a revelar um Brasil que se liberta da tiraria da diferença e indiferença.
Há a forte possibilidade de mudança numa discriminação enraizada à história do país. Investir somente na redução da criminalidade não surte efeito à violência de fato. Tal problema ´pe fruto – gerados e consequente. É importante permitir voz e dar a alimento e saúde aos agredidos socialmente. E sem esse fornecimento não se pode exigir respostas positivas. Por abranger não só um grupo, mas toda a sociedade, espera-se a verdadeira evolução, de modo ao fruto não germinar mais. Assim, condições básicas devem ser, religiosamente, prioridade.


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