O conto de fadas mudou
O talento para trabalhar e
sofrer de Cinderela dá lugar a mitos que lutam pela própria felicidade.
As princesas estão de volta –
mas desta vez elas não ficam adormecidas aguardando um beijo. Ao descobrir a
demanda das mulheres de hoje por novos modelos de comportamento (heroínas
independentes e poderosas), as indústrias de entretenimento e de brinquedos
repaginaram as personagens para que deixassem de se parecer com donas de casa.
O sucesso foi impressionante. A linha Princesas, da Disney, lançadas em 2001,
uniu Cinderela, Branca de Neve, Bela Adormecida, Ariel, Bela e Jasmine na mesma
série para movimentar US$ 2 bilhões ao ano. Até Cinderela, ícone infantil de
submissão que lavava, passava e cozinhava, empresta seu rosto a produtos como
laptops para garotas que brincam de ser executivas.
(...)
As novas princesas – como a dos
filmes Diário de uma Princesa, 1 e 2 – são adolescentes com interesses pop como
quaisquer outras e podem até terminar o filme nos braços de um grande amor mas
porque o escolheram (e, não raro, o conquistaram). Qualquer semelhança com a
vida atual das mulheres reais modernas não é mera coincidência. “A felicidade
não é mais delegada a outro. Não é necessário que algo ou alguém as torne
especiais”, diz a professora do Instituto de Psicologia da USP, especialista em
relaçõe humanas, Sueli Damergian.
(Texto adaptado, Revista Época, 29/11/2004)
Reportagem do Fantástico
"Esta semana, a Secretaria
de Segurança Pública de São Paulo divulgou dados inéditos sobre a violência
doméstica que atinge o Estado. Os números assustam: a cada hora, pelo menos
oito mulheres são agredidas." - 26/10/2011 - Em SP, uma mulher é agredida
a cada 7 minutos
"No mundo real, as
brasileiras contam com o apoio da Central de Atendimento à Mulher. É só ligar
para o número 180. Em cinco anos, o serviço recebeu quase dois milhões de
ligações. A maior parte feita por mulheres de São Paulo, Bahia e Minas
Gerais." - 27/10/2011 - Reportagem sobre violência congestiona o serviço
Ligue 180
"Segundo dados do governo
federal, 40% das vítimas que fazem a denúncia convivem com o agressor há mais
de dez anos. A atriz Dira Paes, que faz o papel de Celeste, acredita que
denunciar o companheiro é mais difícil do que parece. 'A pergunta que eu mais
ouvia nas ruas era: ‘Quando é que você vai denunciar esse homem? Quando é que
você vai parar de apanhar?’. E eu acho isso incrível, porque é o desejo de todo
mundo, mas não é fácil para quem está dentro do furacão', comenta Dira."
"Desde 2006, quando a Lei
Maria da Penha entrou em vigor, mais de 11 mil homens que agrediram suas
companheiras foram parar na cadeia no Brasil."
"A juíza Elaine Cavalcante
só julga casos envolvendo crimes contra as mulheres na cidade de São Paulo. É
em uma sala que ela faz as audiências e fica frente a frente com agressor e
vítima. 'Eles raramente chegam a pedir perdão para a mulher. Acho que a maioria
nega, poucos acabam admitindo e sentindo arrependimento e vergonha pelo ato
cometido', afirma Elaine."
Proposta 1 :
Pensando no antagonismo dos textos propostos produza um artigo de
opinião sobre os desafios e conquistas
da mulher no século XXI.
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