Talles Thauan Leite Souza
Seguindo na produção de redações com base em imagem os alunos do curso da professora Mara Rute produziram uma redação com reflexões sobre o esporte e a política no Brasil. Apreciem o texto do aluno Talles Tauan.
Camisa 10 - confirma
Nenhum
outro esporte mobiliza tanto o brasileiro quanto o futebol. O envolvimento
emocional que o povo tem com esse
esporte é tão profundo, que mesmo em tempos difíceis, como o da ditadura, a
alegria dos gols amenizava a dor da tortura. Em 2014, além de lotar os estádios
para prestigiar a seleção, os brasileiros devem ir às urnas para exercer sua
cidadania. Só não pode votar no artilheiro e torcer pelo político.
“Noventa
milhões em ação. Pra frente Brasil. Salve a seleção!”. Este foi o hino que embalou a campanha da seleção brasileira,
tri-campeã da Copa de 70. Com versos que exaltavam um Brasil grande e forte,
que seguiria unido rumo o desenvolvimento e a modernização, a ditadura fazia campanha
publicitária usando a paixão nacional, o futebol, para fazer propaganda
política. Enquanto o Brasil era hipnotizado pelas imagens da seleção no México,
os meios de comunicação sofriam forte censura, presos políticos eram
torturados, mortos, exilados ou simplesmente desapareciam.
É evidente que a Copa do Mundo é mais que um evento esportivo
para os brasileiros, o futebol faz parte de nossa identidade e a copa é o
momento em que afirmamos nossa brasilidade. De certa forma é inexplicável como
um esporte pode mexer tanto com uma nação, mas independente disso em 2014, ano de
copa e de eleições no país do futebol, o brasileiro deve escolher com cautela
seus representantes. É preciso separar a festa da política, sendo um torcedor
apaixonado dentro do estádio e um cidadão consciente na urna.
Em tempos tão difíceis, como os dos
“anos de chumbo”, o futebol foi o meio usado pelos ditadores para desviar o
olhar das pessoas da violenta repressão para a alegre e campeã seleção
brasileira. Em 2014 a festa do futebol será aqui no Brasil, a seleção treinou
durante 4 anos para se apresentar, e o cidadão, será que ele aprendeu em 4 anos
em quem deve votar?
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